Narciso atualizado Mara Rovida* Logo cedo, firmou pacto com a vaidade e descobriu nas redes sociais um espaço para alimenta-la. Eram poses e mais poses elegantes, em meio ao charme de festas, taças de vinho, citações invejáveis, plateias de grandes teatros e análises profundas sobre a vida. Distribuía conselhos e pequenos comentários que, como biscoito […]
Crônicas
Universo feito de papel
uNIVERSO FEITO DE PAPEL Margarete Hülsendeger Uma história, um romance, um conto – essas coisas assemelham-se a seres vivos, e talvez o sejam de fato. Elas têm sua cabeça, suas pernas, sua circulação sanguínea e sua roupa, como pessoas de verdade. Erich Kästner E se os personagens dos livros pudessem falar? E se eles pudessem […]
O susto
O susto Gilda E. Kluppel Em um anoitecer tipicamente curitibano, nebuloso e úmido, no qual as sombras e os vultos predominam, ao voltar para casa, resolvi abastecer o automóvel. Aproveitei também para levar alguns salgadinhos, recomendados e classificados, por uma colega de trabalho, como “divinos”, encontrados na loja de conveniência do posto de gasolina. […]
Quanto vale ou é por quilo? Onde está sua indignação?
Quanto vale ou é por quilo? Onde está sua indignação? Mara Rovida* O nome pomposo do evento – Seminário Internacional sobre Violência contra Jornalistas – não parecia condizente com o “volume” da plateia. Poucos estudantes, uma jornalista da grande imprensa e alguns comunicadores independentes resumiam as participações. Nada que pudesse preencher os espaços disponíveis para […]
Porta de escola
Mara Rovida* Uniformes, mochilas, lancheiras e o burburinho vai se instalando. Portas de carro batem; crianças falam e riem ao mesmo tempo; o porteiro pede calma aos apressados que desatam a correr; a professora vai atrás de quem esqueceu o caderno sobre a carteira do quarto ano B; a inspetora avisa aos da perua, “o […]
Violência sem fim
VIOLÊNCIA SEM FIM Margarete Hülsendeger Por sutil que seja uma agressão vinda do homem, por indireta, camuflada, por premeditada que seja, revela suas origens inexpiadas. Um pequeno filamento animal vive no menor dos ódios. Gaston Bachelard (A Poética do Espaço) ” – Por que este homem não é preso antes que o pior aconteça?” – […]
Quando a gentileza assume a direção
Mara Rovida* Não estava com pressa e nem poderia estar num dia como esse. Choveu forte durante a madrugada e a garoa caprichada mantinha as pistas molhadas e os para-brisas embaçados. Esse é o típico dia de trânsito caótico. Semáforos param de funcionar – desconfio que substituem os componentes de metal por açúcar […]
No subsolo do trânsito paulistano
Mara Rovida* O sinal de abertura das portas soa. As pessoas descem, sempre apressadas, e seguem para as escadas que dão acesso a saída da estação. Os que vão embarcar permanecem ao lado da porta e na primeira oportunidade pulam para dentro do vagão do metrô. Estamos na “estação terminal Tucuruvi”, como indica pelo autofalante […]
Reflexão do Dia
Quando a gentileza assume o volante, um dia chuvoso como hoje pode ser perfeito para circular pela cidade em segurança e sem estresse. Duas “passagens” concedidas gentilmente em menos de 200 metros têm mesmo de ser comemoradas!!! Mara Rovida
Quando a beleza é forjada
QUANDO A BELEZA É FORJADA Margarete Hülsendeger Dizes que a beleza não é nada? Imagina um hipopótamo com alma de anjo… Sim, ele poderá convencer os outros de sua angelitude – mas que trabalheira! Mario Quintana O verso de Vinícius de Morais, “As muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental” sempre […]