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Eu sou paulistana, 42 anos de fuligem paulistana no rosto. Aprendi a amar o corre corre das vias, e desaprendi a sentir o cheiro das ruas, os olores dos gases que saem dos veículos, aprendi a chegar mais rápido fazendo caminhos de rato, aprendi no trânsito observar as pessoas, algumas afitas, outras felizes. Experiencias paulistanas do trânsito. Aprendi também achar que o caos é normal, mais um dia. Ai eu vim morar e Valinhos, e aquela cortina de fumaça sumiu. Hoje eu aprendo a contemplar as nuvens, me eduquei em dar passagem ao pedestre independente da Lei, percebi que o caos que o trânsito estavam em mim, mas mudar ajudou.
Vai, vai, até aprece que em Valinhos não há trânsito…..
Existe trânsito, mas não está dentro das pessoas ainda.
Mas você sabia que quando o trânsito entra na pessoa ela fica em transe????
Na verdade quando o trânsito entra na pessoa ela fica na contra mão. Mas o pior é quando a pessoa se transforma no caos do trânsito. aí é uma batida frontal.
Eu aproveito o trânsito para fazer coisas que me dão prazer, no meu carro tenho uns 20 cds do Chico Buarque, o Chico sempre tem uma musica que cura a gente, As vezes eu faço ginástica facial, pareço uma louca fazendo careta, mas eu me diverto imaginando o que as pessoas imaginam de mim, algumas dão passagem, acho que sentem receio de mim, ah, eu reflito também, penso e problemas e tento administrá-los com antecedência. Eu deixo a coisa fluir. Vou contar uma história real que acontece comigo todos os dias.
Me levanto as 6h, dou café da manhã para meus filhos, um beijo no meu marido, eu saio de casa 6h30min para leva´los a escola. Os deixo no colégio ás 7h. Bem na hora em que eu ouço o Ricardo Boechat, eu sou fissurada nele, aí como aqui em casa não pega a rádio rádio, eu faço assim, veio na faixa da direita, me meto atras do caminhão mais pesado e lento que tiver, só para ganhar tenho e ouvir a programação. rsr