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Gestão Escolar: O papel da equipe gestora na construção de uma escola participativa

Resumo

                   Quando a gestão escolar estabelece fatores de fortalecimento da qualidade de ensino, da aprendizagem, da estrutura pedagógica e envolver o professor, o engajamento do aluno de forma a este se sentir pertencente, protagonista do processo da aprendizagem, cria mecanismos estruturantes da qualificação da escola. Neste artigo veremos de que maneira as ações protagonistas dos alunos podem enriquecer o aprendizado de todos os atores do processo educacional, ou seja, é importante que o aluno, em seu papel de agente construtor da escola, estabeleça parâmetros para que toda a equipe escolar possa refletir, planejar e replanejar sobre as ações.

Palavras-chave:  Gestão Escolar. Escola democrática. Melhoria da qualidade e aprendizagem. Aluno participativo.

Abstract

                   When school management establishes factors to strengthen the quality of teaching, learning, the pedagogical structure and involves the teacher, the student’s engagement so that they feel like they belong, are protagonists of the learning process, create structuring mechanisms for the school’s qualification. In this article we will see how the protagonist actions of students can enrich the learning of all actors in the educational process, that is, it is important that the student, in his role as building agent of the school, establishes parameters so that the entire school team can reflect, plan and replan actions.

Keywords: School management. Democratic school. Improving quality and learning. Participative student.

INTRODUÇÃO

         O presente estudo objetiva o entendimento de quem são os atores do processo Ensino/Aprendizagem nas escolas. Notadamente, as unidades escolares da Rede Pública vivenciam momentos de transformação desafiadora em que as condições estruturais ainda são pontos a serem discutidos, no entanto os integrantes e atores das ações educativas ao ficarem de braços cruzados diante das instituições Governamentais é um ato passivo e retrai a formação das crianças e dos jovens. Desta forma, o que fazer pela construção de uma escola justa e igualitária?

Descrição da Unidade escolar em estudo

                   O bairro em que a Unidade Escolar está inserida é localizado próximo ao centro da cidade de Guarulhos, com ampla infraestrutura de mobilidade urbana, tráfego intenso, comércios, indústrias de grande e médio porte. A população residente basicamente em casas térreas, todas com saneamento básico, ruas asfálticas, áreas de lazer, 3 (três) quadras esportivas para a comunidades, Unidade Básica de Saúde que atende os moradores do bairro e adjacentes, está próximo ao Terminal de Ônibus Urbano e ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. A população é em sua maioria de idosos e pelo fato da faixa etária já adiantada, a minoria dos alunos matriculados na Unidade Escolar são moradores do bairro, desta forma muitos estudantes são oriundos de bairros periféricos, que muitas das vezes se locomovem por meio de ônibus num trajeto que perdura aproximadamente 50 minutos até a escola.

A estrutura da escola como elemento importante para o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos e o trabalho pedagógico

                   A instituição de ensino foi fundada no mês de outubro de 1979, no governo de Paulo Salim Maluf e em 1993, quando a escola se tornou padrão – projeto vigente na rede estadual – os integrantes da Unidade Escolar iniciaram discussões e leituras que pudessem embasar novas práticas de ensino e esclarecer atuais dúvidas em relação a questões mais emergentes. Aquele momento, com a elaboração do Projeto Político Pedagógico, foi o marco para uma reflexão que levaria a compreender melhor as relações interpessoais e o processo ensino – aprendizagem. Ao iniciar a história de um grupo com pretensões de se transformar em uma equipe, mas que não conhecia, ainda, as implicações dessa transformação e a importância do papel de cada na mudança que teria pela frente, o longo caminho e muitos obstáculos para alcançar a meta. À luz de muitas leituras e contínuos encontros, foi possível entender o que o grupo queria e o que fazer para atingir os objetivos. Para isso, foi necessário identificar os reais problemas e dificuldades tanto em relação aos alunos, quanto às práticas de ensino desenvolvidas pelos profissionais da educação. Aprender a investigar e diagnosticar a realidade e a entender a função social da escola junto à sua comunidade, bem como compreender que não caberia julgar e reprovar pessoas em suas condutas e conhecimentos pois, a escola não é um organismo de coerção e autoritarismo, mas, um local de aprendizagem constante, com espaços democratizados funcionando como verdadeiras oficinas de conhecimentos. Definiu diretrizes e objetivos gerais para a superação de dificuldades e iniciou-se a construção de proposta pedagógica. Ao verificar que a proposta apontava para outro lado, retomou discussões para avaliar as práticas, percepção de currículo e buscar novos rumos.

                   Quando tudo parecia caminhar bem, no ano de 1996, a Unidade Escolar em estudo iniciou o processo de reorganização e a equipe sofreu algumas mudanças estruturais, porém, continuou o trabalho enfatizando os princípios que nortearam as ações propostas inicialmente. No ano de 2003, com a mudança do sistema de atribuição de aulas, a equipe sofreu o impacto de uma grande modificação em sua formação e, novamente, foi necessário resgatar a história e os princípios que a norteiam para que a diversidade da clientela não prejudicasse a realização de seus propósitos. A partir daí, desenvolveu-se discussões constantes e reflexões sobre as práticas para alcançar novas metas e direcionar o trabalho pedagógico. Como novamente a Unidade Escolar passou por reestruturação, proponho descrever um pouco sobre a história da transformação da Escola Padrão ao atual Programa de Ensino Integral iniciado em 2021.

Participação da equipe Gestora na análise dos dados sobre os resultados da aprendizagem nas avaliações internas e externas. Reflexão/Ação/Reflexão

                   Na questão participativa da equipe gestora, tentarei descrever de maneira bem elucidativa para chegar ao ponto crucial no entendimento do papel do Trio Gestor na construção da qualidade de ensino. De acordo com Libânio, a escola pode ser reprodutora de desigualdade, mas a escola pode ser um espaço de formação da cidadania e desenvolvimento de conhecimento, passou a valorizar o entendimento nas análises globais. O autor afirma que, pelo ideário neoliberal, a escola passa a liberar boa parte das políticas das responsabilidades do Estado. A organização e a gestão escolar passam a ter um sentido mais amplo, sendo além das questões burocráticas e administrativas. O estilo da Gestão vai influenciar nas ações e nas interações das pessoas. A escola é o espaço de reproduzir a cultura, como se dá a convivência, como resolvem as divergências é a identidade da escola e participar ativamente na gestão e organização da escola significa conhecer os objetivos, o funcionamento da escola, cooperar e isso vai formar a identidade escolar, ou seja, como colocar em prática o projeto político pedagógico, da reflexão da prática sobre a prática.

                   Muitos desafios surgiram no processo educacional ao longo dos anos, no Brasil não foi diferente, haja vista que enfrentávamos grande índice de defasagem nas habilidades básicas no campo da Linguagem e suas tecnologias e na Matemática. As escolas públicas estaduais de São Paulo debruçaram-se nos índices de aprendizagem na tentativa de buscar soluções e engajamento da comunidade escolar. Nesse novo olhar, em 2017 implantou-se a plataforma para análise de dados e qualidade de ensino pelo método chamado (MMR) Método Melhoria de Resultados, mas o que seria esse método? Para dar seguimento ao estudo apresentado, detalharei essa metodologia de análise de resultados. MMR faz parte do Programa Gestão em Foco1 da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, cujo objetivo visa a melhoria contínua da qualidade do aprendizado por meio da implementação de um método de gestão nas Diretorias de Ensino e escolas. Diante dos resultados das avaliações externas SARESP em que engloba o desempenho na avaliação externa oferecida pela SEDUC-SP aos alunos das séries finais do Fundamental 1, Fundamental 2 e 3 Anos do Ensino Médio, bem como ao fluxo de evasão e frequência. Junto com todo o Índice final, a gestão escolar analisou esses dados para traçar objetivos de melhorias, mas quais seriam essas melhorias? Para chegar a esta resposta, os integrantes da Comissão de Análise de Resultados sendo professores, responsáveis de alunos, alunos e Gestão Escolar discutiram para a busca de respostas e a partir daí estabelecer ações de acordo com a necessidade e em busca da “Escola que Queremos”. A base dessa análise dentro da plataforma foi usada a ferramenta chamada Diagrama de Ishikawa, mais conhecida como Diagrama de Peixe que tem a finalidade de orientar o grupo a identificar possíveis causas para determinado problema, ou seja, refletir sobre o processo de aprendizagem entender as causas e buscar soluções para assim superar os problemas encontrados.

Onde surgiu esse conceito Diagrama de Ishikawa?

                   O conceito da ferramenta de análise de dados e estabelecer processo de qualidade em meados dos anos 1940, quando o Engenheiro Químico, nascido em Tóquio, no Japão, estabeleceu o método de melhoria de resultados na área de Gestão de Qualidade na Companhia de Combustível Líquido Nissan. Posteriormente, foi membro da União Japonesa de Cientistas e Engenheiros (JUSE), sendo um dos maiores estudiosos da Qualidade no Japão. Esse método ainda é muito usado em vários setores por contribuir também para a melhoria dos aspectos humanos da qualidade. (https://www.8quali.com.br/quem-foi-kaoru-ishikawa/

                   De que maneira essa Ferramenta orientou a equipe gestora na busca de melhoria de resultados na aprendizagem? Durante o processo de uso da ferramenta de análise de dados Método de Melhoria de Resultados na obtenção da qualidade de ensino aprendizagem dos alunos que apresentavam competências e habilidades abaixo do básico e baixa frequência na escola, observou-se durante a discussão do Comitê de Análise em que integravam a equipe gestora, professores, pais e alunos o entendimento sobre a escola a qual cada integrante idealizava e na medida que a gestão percebesse, bem como escutava o posicionamento sobre a qualidade de ensino em diversos aspectos pelos representantes da comunidade escolar, notou-se a mudança conceitual de pertencimento e desta forma uniram-se para a busca da excelência do ensino e aprendizagem. Essa prática constante de escuta fomenta o envolvimento de todos na medida que cada integrante replicou aos pares sobre os resultados obtidos e a meta a ser alcançada. De acordo com cada encontro e no ato de cada reflexão, houve a necessidade de manter registros comprobatórios acerca dos dados levantados pelos participantes da Gestão de Qualidade da Escola.  Durante o ano de 2018, momento inicial de uso da ferramenta MMR, toda a comunidade escolar tomou ciência das ações que ocorreriam no ano vigente e os passos a serem tomados posteriormente. O envolvimento da comunidade escolar como um todo é importante para o entendimento da Escola Ideal. Desta forma, apresento alguns registros os quais pontuam a sequência de ações das análises de resultados do MMR.

Figura ilustrativa: Participação da comunidade escolar na visualização dos resultados em 2017 para iniciação da análise do MMR 2018

Próximos passo após o Método de Melhoria de Resultados e o surgimento da Pandemia COVID-19

                   Tudo atendia de maneira viável e de acordo com as necessidades pedagógicas pertinentes à época até que em 2020 iniciamos o ano com a Pandemia COVID-19 “Coronavírus”. O que a escola continha de estrutura e equipamentos, já não supria mais. Novos métodos pedagógicos precisavam ser colocados em prática imediatamente para assim atender as necessidades de aprendizados dos alunos, o isolamento social que todos pensavam que ocorreria em no máximo 30 dias, estendeu-se por longos meses, e nessa perspectiva, o aluno, bem como o aprendizado de acordo com a idade série deste aluno ficaria comprometido, visto que a interação entre o professor ficaria prejudicada devido ao distanciamento social. A Escola nesse contexto teve que construir meios para atender à continuidade dos estudos, do processo pedagógico e de que forma? Ampliar o processo tecnológico com equipamentos, melhorar a estrutura escolar, promover a comunicação entre alunos e professores de todas as formas possíveis para que pudessem interagir, mesmo que à distância. Uma das medidas a serem tomadas foi ampliar a rede de internet. A escola passou a mudar o formato da metodologia de aprendizagem de maneira midiática, com equipamentos tecnológicos com a intenção de atender às novas demandas interativas dentro do que fora implementado pelo protocolo sanitário e do distanciamento. Toda essa ampliação estrutural e tecnológica veio com a necessidade de atendimento pós pandemia e na implementação do Programa de Ensino Integral, bem como na iniciação do Curso Técnico em Desenvolvimento de Sistemas. A caracterização na Gestão de Pessoas do sistema de aulas do Programa de Ensino Integral, a jornada dos professores de 40 horas semanais, as aulas distribuídas de forma em que a Equipe Gestora distribui aos professores de acordo com a formação acadêmica na licenciatura e pelo perfil do docente. Outro ponto importante a ser destacado é que no Programa de Ensino Integral o processo pedagógico anual é pautado pelo Plano de Ação. O Plano de Ação é um documento redigido pela Equipe Gestora, juntamente com o Diretor que norteia as ações de toda a equipe escolar. Esse documento, permeia todas as ações, detalha os pontos a serem destacados para melhoria na qualidade de ensino e de aprendizado dos alunos, traçando métodos num panorama qualitativo e quantitativo. Desta forma, cada professor, inclusive a equipe gestora, deverá redigir o Programa de Ação, analisar os resultados obtidos nas avaliações externas sendo as principais (SAEB-PROVÃO PAULISTA) e as avaliações internas. Para tanto, todos os integrantes  deverão revisitar constantemente este documento e elaborar o Guia de Aprendizagem, documento este que é de acesso ao aluno para que tenha a clareza do Programa de Ensino de cada disciplina a ser estudada, ou seja, cada profissional da educação deve ter acesso aos documentos norteadores do ano vigente, na medida que o Gestor apresenta o Plano de Ação da escola, sendo que em 2022 a Escola apresentou em seu Plano como Prioridades/Causas os resultados o IDESP da escola, sendo no Ensino Fundamental em 4,31 e para o Ensino Médio 2,76. Na Meta simulada para o ano de 2023 o Ensino Fundamental deveria atingir o resultado no IDESP em 4,48, já o Ensino Médio 2,96. Porém a Unidade Escolar ultrapassou a meta no IDEB a qual obteve o resultado no Ensino Fundamental em 5,20 e o Ensino Médio 4,80, conforme tabela abaixo.

Ao esclarecer toda a transformação ocorrida na Unidade Escolar, o memorial descritivo fundamenta como se deu o papel do Gestor na construção e melhoria da aprendizagem dos alunos. Para isso, foi importante que toda a comunidade escolar compreendesse o papel de cada um nas tomadas de decisões e principalmente, de que forma o Diretor Escolar produziu meios para que o alunos fossem atores do processo de construção na transformação escolar, discutirem os resultados da escola que querem para assim traçar metas não somente para si, mas para o coletivo, bem como conhecer e compreender o papel de cada instituição escolar em que posso destacar: Associação de Pais e Mestres, Conselho de Escola. O Diretor deve incentivar aos alunos participarem desses segmentos além do que usualmente participam como protagonistas críticos. A questão da participação dos alunos ocorre com mais ênfase na escola Programa de Ensino Integral onde há alguns grupos de alunos que têm o propósito principal promover o protagonismo, a criticidade, a responsabilidade, a replicabilidade de maneira colaborativa que são: Grupos de Acolhimentos, Clubes Juvenis, Líderes de Turma, Conselheiros de Escola, Gremistas, Comissão de Direitos Humanos, Comitê Eleitoral do Grêmio Estudantil. Cada grupo deve ser desenvolto, participativo, em que a voz de cada um promove a construção do processo pedagógico de todos os integrantes da Unidade escolar.  O aluno vê uma escola estruturada de maneira dinâmica para que possa interagir com as novas tecnologias, com o outro e com o mundo perfaz o perfil atual da comunidade estudantil. Heloisa Luck afirma que para uma Gestão por competência envolve a interação entre todos os componentes. São as pessoas que fazem a diferença, o Gestor Escolar deve fazer com que a equipe gestora compreenda os perfis que compõem o papel na ação pedagógica, compreendendo em especial o relacionamento humano, a forma de se comunicar com os participantes do processo educacional, entender o formato e atuação de uma liderança em grupo. Todos têm a responsabilidade para a formação e aprendizagem dos alunos, a fim de desenvolverem competências socioemocionais. Há a necessidade de uma aprendizagem sobre gestão democrática para que desenvolvamos as competências relacionadas a autonomia que é a capacidade de tomar decisões. Heloisa Huck explica que as avaliações internas e externas não são para ranquear e sim para identificar onde estão os problemas de aprendizagem dos alunos para que assim, possam desenvolver ações pedagógicas. A escola democrática é a que todos os alunos devem ter iguais possibilidades de aprendizagens e constantemente trazer a indagação sobre o que a escola pode fazer para que todos os alunos possam aprender. O papel da avaliação é verificar quais são as possibilidades de fazer com que os alunos tenham a oportunidade de aprendizagem.

                   Professor Vitor Henrique Paro elucida que o papel político da escola é se debruçar para a formação do ser humano e histórico, no fato de que esse homem é ser um ser autônomo, que tem vontades, ideias e interesses. Nessa sociedade há seres que possuem interesses diversos e que podem entrar em divergência de opiniões uns com os outros. Uma escola política tem o papel de criar meios em que esses seres políticos possam trocar experiências e ideias das quais transformam troca em saberes e produzir convivência dialógica livremente e democrática.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

                   É fundamental que a equipe gestora crie condições para que os integrantes da comunidade escolar possam ser motivados. Essa mediação entre gestão e comunidade deve ser construída por meio de resultados através de autonomia, confiança e cumplicidade, por parte dos estudantes, e assim será possível uma aprendizagem significativa, pois haverá respeito aos conhecimentos que possuem dentro e fora do ambiente escolar. Cabe a gestão atender às questões que envolvem o processo de ensino e de aprendizagem diretamente relacionadas ao respeito às diferenças, por meio de ações planejadas e com equidade. Valorizar os espaços, as ações e as individualidades de cada um de maneira variada, dentro do contexto das expectativas de aprendizagem que possam surgir nos espaços de aprendizagem. Quando a gestão promove um ambiente em que os alunos tenham diálogos, a construção dos espaços perfaz a consolidação da criatividade, da criticidade e se constitui situações de maneira a corroborar positivamente as adversidades, colaborando com a gestão da sala de aula e com a aprendizagem significativa dos(as) estudantes. Nesse sentido, a compreensão do papel que o diálogo desempenhado no processo de ensino e de aprendizagem vai colaborar com a formação de estudantes criativos a tal ponto de mobilizar para a transformação da realidade em que estão inseridos. Esse contexto transformador permite que o aluno seja mais engajado na própria construção da aprendizagem ao longo do percurso escolar e na vida após estudos. Vitor Henrique Faro afirma que o conceito de gestão escolar é entender os fins universais, mediação entre os integrantes e essa é a discussão que define a escola como lugar educativo em que não poderá ocorrer dominação. Na construção de saberes e trocas de ideias, não perpassa o conceito de soberania entre um ator em detrimentos dos demais entes que a constituem. A escola deve visar o ser humano histórico, sujeito numa busca pela própria formação não apenas como ator, porque vai além na transformação da identidade como autor desse processo ao criar valores, crenças, cultura, ciência para existir como ser humano ao longo da formação da sociedade e se apropriar disso na medida em que surgem novos autores na criação da própria personalidade.

Referência Bibliográfica

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SANT’ANNA. Geraldo José. Planejamento, gestão e legislação escolar. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014.

Iara de Oliveira Borges*
* Professora licenciada em Letras – Português e Inglês da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo. Vice-Diretora de Escola na Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo. Graduada em Língua Portuguesa, Inglês e Literatura pela Universidade Guarulhos. Graduada em Pedagogia pela Universidade Guarulhos. Pós-graduada em Língua Portuguesa e Literatura pela Faculdade UNIP. Pós-graduada em Língua Portuguesa pela Unicamp – REDEFOR. Especialização em metodologias pela Unicamp. E-mail: iaralimf@gmail.com

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