Nair Lúcia de Britto
Foi no final da tarde de hoje. Dei uma tigela de comida para o meu gato, no horário costumeiro. Quando ele começou a comer, trovões soaram no céu, um pouco antes da chuva que caiu, logo depois. Assustado, ele parou de comer e foi correndo para a caminha dele, se enfiar debaixo dos cobertores. Lá ficou, bem quietinho.
Eu o chamei, chamei; mas cadê ele? Não queria saber de nada; de nada mesmo! Respeitei sua privacidade e fui atrás dos meus interesses.
Liguei a televisão para assistir a “Bênção da Noite”, com o Padre Robson. Assim que ouviu a voz do Padre, meu gato saiu do esconderijo e se plantou no sofá, a meu lado.
Ele não liga muito pra televisão, mas ao ouvir a voz bonita e macia do Padre Robson, ele se pôs de frente para a tevê. Sentadinho e interessado, ficou ouvindo tudo que o padre Robson dizia, prestando muita atenção.
“Será que ele está entendendo o que o Padre está falando?”, pensei eu com meus botões. “Claro que não”, refleti. Eram os bons fluídos que o Padre Robson estava passando com suas orações!
É gente! Meu gato sabe das coisas!