Espiritualidade

ARTE MEDIÚNICA

Nair Lúcia de Britto
Escrevi este texto em janeiro de 2013 e retomo-o presentemente com algumas observações.

 Segundo informe do Centro de Artes e Estudos Transcendentais Antonio Francisco Lisboa – CENART –, em Brasília, a ARTE MEDIÚNICA é a oportunidade que os artistas (que estão no mundo espiritual) têm de continuar expressando a sua arte na Terra, através dos médiuns, chamados de médiuns especiais.

Sendo que o homem constitui-se de corpo, perispírito e espírito o que ocorre, no desempenho da obra de arte, é que o perispírito do artista une-se ao perispírito do médium; e, nessa fusão admirável, realizam-se grandes prodígios na pintura, na música, na literatura ou outro tipo de arte. 

“Através da arte mediúnica renovam-se tendências deletérias, consolidando o despertar de consciências à libertação de antigos estigmas, estabelecendo preciosa terapia reequilibrante e iluminativa.”

O novo quadro Dom Especial, do programa de tevê, TV XUXA (Rede Globo) mostrou uma entrevista da apresentadora com o médium Lívio Barbosa, no seu local de trabalho, na cidade do Rio de Janeiro.

Segundo as palavras do médium, Lívio Barbosa nasceu numa família simples, já praticante da doutrina espírita. Desde criança ele gostava muito de desenhar, mas nunca estudou pintura. Certo dia, quando ainda era um garoto, levantou-se da cama, como se estivesse sonâmbulo e pintou, nas vidraças da janela da sala, a imagem de São Francisco de Assis. Logo a família percebeu tratar-se de um dom mediúnico.

Com o decorrer do tempo via espíritos e ouvia vozes. Um dia o Aleijadinho (Antonio Francisco Lisboa) se apresentou a ele como seu mentor espiritual. Em outra noite foi Renoir quem se apresentou a ele e, em francês, avisou que iria trabalhar com ele. O médium entendeu tudo em português, através da linguagem do pensamento.Lívio passou a pintar quadros não só de Renoir, mas também Picasso, Monet, Van Gogh e outros pintores, sempre da linha impressionista.

Diante da apresentadora Xuxa, ele pintou um quadro em 4 ou 5 minutos, com os olhos fechados, usando as mãos e as tintas em movimentos rápidos e bruscos; e num instante um quadro estava lindamente pintado.

O crítico de arte Amandio Miguel, convidado do programa, reconheceu a técnica impressionista do quadro e de que, sem dúvida, o médium havia captado com presteza de detalhes a técnica do pintor. As assinaturas dos quadros foram alvo de estudos e foi constatado a grande semelhança entre as assinaturas do médium e a dos respectivos autores dos quadros.

Para a escritora espírita Nadja Valle, outra convidada, os espíritos atuam sobre o cérebro do médium que é receptor e ao mesmo tempo emissor da mensagem. E lembrou sobre o que Chico Xavier disse a respeito da pintura mediúnica. Segundo ele, é uma evangelização através das cores.

“O médium cria um campo magnético com as próprias mãos”, complementa o crítico de arte. “É um talento especialíssimo. Um fenômeno assim como a fotografia sendo revelada”.

Lívio explica que os artistas não querem apenas mostrar a sua arte. Mas, principalmente, revelar que eles continuam vivos, num outro plano, vivendo de uma forma diferente e que prosseguem trabalhando. Inclusive, documentar, através da arte, que existe outra vida após a vida na Terra e que existe esperança. Achei interessante republicar este texto, ao mesmo tempo que fiquei pensando em como se sentiriam os artistas, na Espiritualidade, ao ver suas obras de arte depredadas, conforme aconteceu recentemente. Tive a idéia de recorrer à Zíbia Gasparetto para que me explicasse. Eis o que ela me respondeu: 

“Nair,

Achei muito oportuna a sua pergunta. Os artistas atingidos estão muito tristes com o ocorrido, mas como são puros eles não devolvem com ódio o ódio recebido. Apenas pedem respeito. É só, Nair, o que te posso informar. Obrigada pela sua preocupação.                                Zíbia.”
Acredito que, o dia que a humanidade se conscientizar da existência de um Mundo Espiritual para o qual retornaremos e responderemos pelos nossos atos na Terra, penso que teremos um mundo melhor.

Vale lembrar que a arte é um dom divino e deve ser sempre um instrumento a serviço da evolução espiritual do homem. E penso que somente nesse caso deve ser estimulada e patriocinada pelas leis humanas.

Nair Lucia de Britto – Folha

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