Por Clebson Guilherme: Gestor público e empresário.
Estamos próximos as eleições e logo após as convenções e registros, partidos abandonam seus ideais ideológicos e se entregam ao populismo para alcançar o poder, esquecem o compromisso com a construção de seus valores e aceitam Marketeiros, Influencers e caricatas para vencerem a guerra eleitoral.
De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil, que é a lei máxima do Estado brasileiro, adotamos o pluripartidarismo. Assim, diversos partidos representam diferentes ideologias e convicções políticas existentes na sociedade, reunindo, como seus filiados, cidadãos adeptos à sua corrente de pensamento. Sendo assim, encontramos na história de alguns, valores e características específicas que por décadas faz com que tenham candidatos que demonstram tais perfis.
Porém, nesses novos tempos, muitos desses partidos vem aos poucos perdendo suas identidades e se afastando da ideologia sob os quais foram constituídos. Uns para manter sua existência utilizam suas vagas eleitorais como um mercado, comercializando vagas com candidatos que não representam sua história, com mero interesse de alcançar as cláusulas de barreiras elegendo Deputados federais que não tem compromisso ideológico com seus filiados, nem com os ideais fundadores dos partidos. Mantendo assim o seu pomposo fundo eleitoral, escancarando uma troca de ideais por valores financeiros.
Abandonando sua história e seus compromissos, assistimos neste momento partidos cedendo vagas majoritárias para populistas, candidatos que se destacam em certas pesquisas e que brilham nas redes sociais muitas vezes por serem caricatos, cômicos, verdadeiros “memes” ou polemistas profissionais com os temas da atualidade.
À exemplo vimos nas últimas decisões de vagas eleitorais majoritárias a direção nacional do Partido Democrático Brasileiro (PDT) no Rio de Janeiro, em que em um ato presidencialista optou em escolher para candidato ao Senado o ex-Deputado Cabo Daciolo, indo contra a opinião de suas bases e movimentos sociais internos do próprio partido. Assim, desprestigiando o Professor Babalawo Ivanir dos Santos, este que tem todas as características e representação ideológica deste partido, de seus filiados e das grandes figuras históricas da legenda. Alguns acreditam que Daciolo conquistou a vaga por ter sido um grande “Meme” nas últimas eleições partidárias e com isso aparecer modestamente em algumas pesquisas. Pouco importou a opinião dos filiados e a história do partido. Tudo pela “vitória”!
Qual rumo tomará o Brasil? Partidos que não ouvem suas bases e filiados. Perdem compromisso com sua história e barganham seus espaços simplesmente pelo poder, esquecendo seus valores de construção de políticas públicas e ideias.
Cabe agora ao povo, não se preocupar somente na escolha de seus candidatos para as próximas eleições, mas também estudar e se envolver diretamente na escolha das direções executivas dos partidos políticos, não permitir coronelismo partidário, pois esses hoje de fato quem escolhem o “Políticos do Brasil”.