Nair Lúcia de Britto
Quando chega o Ano Novo, renovamos nossas esperanças. Chegamos em 2022 com alegria, esperançosos de realizar os sonhos das nossas vidas. Este é um ano muito importante porque decidiremos, nas próximas eleições, quem será o presidente do Brasil.
Lembrando o fato de que estamos numa Democracia, graças a Deus, venho manifestar minha opinião política. Temos o livre arbítrio de expressar nossas ideias e, se houver diferenças entre elas, não importa. O que importa é que todas mereçam respeito, pois é através do diálogo e da reflexão que chegaremos a um bom consenso.
Seja quem for o futuro presidente do Brasil, queremos dele competência, honestidade, vocação política, projetos (não promessas) e determinação para alcançar o progresso do nosso País. Livrá-lo da fome, da doença, do desemprego, da miséria, da desigualdade social, da violência e do preconceito. O Brasil é um País rico, mas a maioria da população é pobre. Enquanto que para uma minoria tudo sobra. Alguma coisa errada precisa ser consertada.
Penso que cabe ao ex-presidente Lula, que teve um governo bem-sucedido, a missão de salvar o Brasil dessa desigualdade. Ressalvo, porém, que o vice-presidente precisa ser o Fernando Haddad. Não pode ser outro porque, ele é o único que está devidamente preparado para encarar os projetos de Lula, no caso de um eventual afastamento. Além disso, Haddad tem sido um aliado fiel e solidário inclusive nos momentos mais difíceis pelos qual passou o ex-presidente. É imprescindível que o Partido dos trabalhadores (PT) se conscientize disso.
Pela sua própria natureza, o nordestino é forte, trabalhador, valente e corajoso. Quem conhece as obras “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos e “O Quinze” de Raquel de Queiroz sabe muito bem do que eu estou falando. Porque todas essas obras literárias retratam muito bem o sofrimento causado pela seca do Nordeste e como os nordestinos enfrentaram essa adversidade com galhardia. Quantos não arregaçaram as mangas para construir Brasília, nas condições mais precárias; e são eles a mão-de-obra dos altos edifícios sulistas. Apesar das dificuldades não lhes falta alegria, arte e poesia; basta ver que os melhores escritores brasileiros são nordestinos.
Lula sabe que um trabalhador precisa comer pelo menos três vezes por dia e ter uma casa decente para morar. Que uma mãe ter que deixar um filho com fome é muito triste. Entende bem o que significa isso porque nasceu pobre, em Pernambuco, no ano de 1945. Era o sétimo filho de um casal de lavradores. Com sete anos de idade, junto com a mãe e seus irmãos, veio para o Litoral Paulista a fim de encontrar o pai que para ali viera em busca de trabalho.
No cais de Santos, com apenas oito anos de idade, foi ambulante e engraxate para ajudar a família. Aos 14 anos mudou-se para São Paulo, onde concluiu o curso ginasial, fez o curso técnico de torneiro mecânico do Senai e começou a trabalhar numa Metalúrgica. Sua trajetória de vida é contada num filme brasileiro, produzido por Luiz Carlos Barreto e Paula Barreto, em 2009, “Lula, o filho do Brasil”. A infância difícil e os desafios que enfrentou até chegar a presidência da República, foi um fenômeno notável, que inspirou a produção do filme. Atualmente, aos setenta e cinco anos de idade, Lula diz ter a força de um homem de trinta. Eu acredito que essa força que pode reerguer o Brasil. Mas, para alcançarmos o progresso desejado, é preciso também a colaboração do nosso povo. Nesta Pandemia, presenciamos a solidariedade demonstrada por parte de muitos brasileiros. Mas ainda são muitos aqueles que obtém lucro em prejuízo da ingenuidade alheia. Para se cobrar honestidade dos governantes, é preciso que também sejamos honestos. Valorizarmos os princípios cristãos.
“Conservar a expansão da unidade, acolher as pessoas na comunidade, manter a unidade na família, manter a integração de forças na construção da sociedade. Essa é a aplicação prática”, dizia Dom Aldo Pagotto. E que o Amor ao Próximo prevaleça sempre.