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A sadia convivência entre gerações

* Aline Rodrigues

Você já parou para pensar que muitos conflitos entre gerações poderiam ser minimizados, se apenas uma coisa fosse levada em consideração? Sim! Apenas uma coisa: a forma de ver o outro! Não se precisa de muito para viver a harmonia tão sonhada e desejada entre as gerações. Em todos os lugares “esbarramos” em pessoas que não pertencem à nossa geração. Assim acontece em casa, entre pais, filhos e avós; no trabalho, entre as gerações X,Y,Z e os “Baby boomers”; na vizinhança, na igreja, no hospital. Quem nunca foi atendido por um médico e saiu do consultório dizendo que ele era ultrapassado ou inovador demais?

Aline Rodrigues é psicóloga, especialista em saúde mental e missionária da Comunidade Canção Nova. Atua com Terapia Cognitiva Comportamental; no campo acadêmico, clínico e empresarial
Crédito: Arquivo Pessoal

Percebe que não tem saída? Sempre estaremos convivendo com pessoas de gerações diferentes da nossa, isso é inevitável.

Diante dessa realidade e de um país, uma sociedade, que envelhece, – e graças a Deus, os idosos se tornam uma geração ainda mais comum em nosso meio –, não poderíamos considerar que a forma de ver o outro é o ponto que minimizaria muitos desses conflitos entre gerações? 

Muitos desses conflitos, seja no âmbito organizacional, seja familiar, acontecem devido à rotulação e ao enrijecimento no “como lanço o meu olhar em direção ao outro”, muitas vezes, cingindo ou vendando os olhos e os ouvidos para tudo o que o outro traz, pelo simples fato de prejulgar que ele seja ultrapassado ou inovador, criador ou sonhador. Na verdade, em ambas as situações o que temos são apenas pessoas! Se passarmos a olhar o outro como uma pessoa, e a vermos que dentro da realidade dela existe uma experiência e uma percepção que pode acrescentar à nossa vida, e que assim como nós deve ser respeitada, as relações melhorariam exponencialmente. 

Afinal de contas, não seria nada interessante e nem haveria tanto crescimento e consolidação, se no mundo existissem apenas revolucionários e desbravadores. Quem ficaria para contar a história e nos passar caminhos alternativos que aprenderam com experiências mal sucedidas? Quem manteria o que foi criado e desbravado? Assim como poderíamos pensar em um mundo mais “estável”, o que seria desse povo? Como os novos caminhos e horizontes se abririam, se ninguém se lançasse a desbravar esse caminho?

A construção de uma sociedade bem sucedida e capaz de atravessar o tempo e suas intempéries, depende do diálogo entre as gerações, dessa boa relação. Sendo assim, sempre será relevante ouvir as histórias dos mais velhos, pois eles nos mostram que temos uma história e uma trajetória, assim como ouvir as ideias e criações dos mais jovens, que darão aquele brilho e encorajamento necessários para desbravar um novo horizonte. O diálogo entre as gerações é como duas asas que, trabalhando juntas, são capazes de atravessar largos oceanos!

* Aline Rodrigues é psicóloga, especialista em saúde mental e missionária da Comunidade Canção Nova. Atua com Terapia Cognitiva Comportamental; no campo acadêmico, clínico e empresarial.

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