Nair Lúcia de Britto
Volto a defender a inocência de Monique Medeiros de um crime no qual tudo indica que ela não participou. Segundo os noticiários de hoje à tarde, Monique implora para dar um novo depoimento, de livre e espontânea vontade, onde ela quer contar a verdade, mas não lhe permitem.
Esta sociedade machista quer porque quer considerá-la culpada. A babá também mentiu no primeiro depoimento por se sentir ameaçada. Será que não ocorre a ninguém que o mesmo aconteceu com Monique?
No próximo domingo comemoramos o Dia das Mães! O que Monique poderá comemorar diante da dor de ter perdido um filho tão pequeno e tão lindo? E do seu sentimento de culpa por ter se deixado enganar?
Basta olhar para o convívio amoroso entre mãe e filho para entender quanto se amavam. E ter compaixão diante de tanto sofrimento, seja lá qual for as falhas que essa mãe cometeu. Mães não são santas, são seres humanos, passíveis de erros e falhas. Não estão imunes contra os enganos e maldades.
Quantas mães não perderam suas filhas pela violência de parceiros cruéis? Quantas mulheres não pagaram com a vida por cair na lábia de um lobo disfarçado cordeiro? Quantas crianças tiveram um destino triste por causa de um pai omisso que, além da vida, só lhe deu o abandono?
“Reconhece-se a qualidade da árvore pelos frutos que ela produz.”A árvore boa jamais dará maus frutos.” As pessoas precisam aprender a julgar os outros pelos seus atos, pelas suas boas ou más obras, e não pelo que ouvem falar delas.
“Que atire a primeira pedra a mulher que nunca foi enganada!”