Nair Lúcia de Britto
São Vicente, 20 de janeiro de 2013
A todos os pais que perderam seus filhos, mas que na verdade não perderam porque eles continuam no céu. Quem esta mensagem de Chico Xavier lhes amenize a dor.
Especialmente hoje quero homenagear as crianças que estão no céu e tranquilizar seus respectivos pais que estão na Terra. Justamente nesta semana eu li um livro entitulado “Crianças no Além”, que me chamou a atenção e creio que a mensagem desse livro pode trazer conforto e esperança para muitos pais saudosos.
O livro, editado pela Emmanuel S/C Editora relata uma mensagem psicografada por ChicoXavier. Uma mensagem do menino Marcos, que perdeu a vida, juntamente com seus dois irmãozinhos, num acidente de carro, em 1975, na estrada de Perus.
Os pais ficaram extremamente abalados, e a tristeza os acompanhava em todos os dias que se seguiram àquele episódio terrível.
O casal era de uma outra religião, mas foi aconselhado por uma vizinha a buscar ajuda em Uberaba, junto a um conhecido médium, Chico Xavier.
Chegando em Uberaba, o casal mostrou a foto das crianças ao Chico; mas, naquele momento, não recebeu nenhuma mensagem.
Os pais das crianças, porém, não desistiram. E voltaram até Chico Xavier, por mais quatro vezes. Até que finalmente receberam a tão desejada mensagem. Vale ressaltar que o médium não conhecia nenhum detalhe sobre a vida daquela família.
Ao ler o livro sobre o ocorrido, eu achei oportuno anotar alguns trechos da mensagem do menino Marcos, e divulgá-los, na esperança de levar alguma luz a outros pais que sofrem por ter perdido seus filhos.
Eis aqii, portanto, a cópia dos trechos que achei mais importantes:
“Minha querida Mamãe, meu querido Papai,
Estou obedecendo ao meu avô Joaquim que me trouxe para escrever. Peço para que me abençoem.
A senhora pede notícias que rogou tanto, perante as orações, que me vejo aqui para trazer a esperança ao seu coração e fortalecer em meu pai a confiança na vida.
Não sei como fazer isso direito: escrever, falando o que se passa. Meu avô está me auxiliando…”
“Rogo a vocês que não se deixem dominar pelo sofrimento, embora este conselho deva ser ditado para mim mesmo…
“Desde que acordei aqui, ouço os seus gritos do coração… Mas peço à senhora para viver com fé em nosso reencontro…
“Mamãe, se não fosse a falta que a gente experimenta de casa, se não fosse a voz da senhora e do papai por dentro de mim, eu diria que tudo está bem.
Mas posso dizer, agora, que tudo melhorará quando melhorarem a paciência e a confiança…
“Estamos num parque de crianças que vieram para cá apressadamente. Temos tratamentos, exercícios, lições e muito carinho.
“Peço a você – a você que é nosso querido anjo-da-guarda – entregar a Deus os acontecimentos. Não chore mais com desânimo e aflição…
“Um dia estaremos todos juntos, mas não deseje vir para cá como quem força a entrada de uma casa desconhecida.
“Temos tantos irmãos nas calçadas, pedindo auxílio. Sejam eles, também, filhos do seu coração
“Pouco a pouco entenderemos as razões por que tudo aconteceu…
“Não se queixem. Vamos cultivar a saudade na igreja do amor ao próximo.
“Em nome dos irmãos e em meu nome, deixo a vocês o nosso beijo de respeito e amor. Com um abraço do avô Joaquim.
Marcos
Uberaba, 12 de dezembro de 1975.