Nair Lúcia de Britto
Quando Jolie apareceu para mim, ela já era uma gata adulta.
Eu estava saindo de casa, e atrasada para um compromisso.
Ela estava em cima do muro, e quando me viu saindo no portão, olhou para mim com um olhar interrogativo.
— Posso ficar ou devo ir embora?
Olhei para ela e lhe respondi:
— Fique tranquila, fique sossegada. Quando eu voltar vou lhe dar ração.
Como viera parar ali? Será que estava perdida? Quem seria seu dono?
Quando eu voltei, ela estava me esperando no mesmo lugar. Então apressei-me em cumprir com a promessa e lhe ofereci a ração num potinho.
Ela estava faminta!
— Mais um gato? – perguntaram-me com ar de recriminação.
— Não sei. Como negar comida para uma gatinha perdida?
E assim ela foi ficando. Nesse dia, a meus pés, lá no terraço de casa, parecia me perguntar:
— Vai me adotar?
— Sim, respondeu meu coração.
E foi assim que ela se tornou minha.
Nos dias que se passaram vi como ela era meiga, uma criatura doce e bem parecida com uma gata que eu perdera, chamada Jolie.
A mesma ternura no olhar, e o mesmo miado baixinho… também malhada e da mesma cor. Coincidência?
Não sei responder. Só sei que ela foi um bálsamo para a saudade que eu sentia,.. da antiga Jolie.
Por isso dei-lhe o mesmo nome: Jolie!
Que eu queria que ficasse para sempre perto de mim!De todos os gatos que eu tive, ela era a mais meiga, mais comportada, a mais gentil.
Já estava comigo há seis anos, quando começou com uma tosse repentina. Achei que que era algo passageiro, mas quando a levei numa Clínica Veterinária a notícia foi a pior possível. Ela estava condenada; não havia mais o que fazer.
Eu não podia acreditar no que eu ouvi. Levei-a à outra veterinária e o diagnóstico foi o mesmo.
Rezei muito por um milagre que não aconteceu.
Para minha grande tristeza novamente eu perdi minha Jolie.
Nesse dia, voltei para casa arrasada!
Foram dias longos de grande tristeza. A casa ficou vazia sem a minha querida Jolie.
Até que um dia, eu estava assistindo televisão e, como às vezes me acontece, dei uma cochilada. De repente, entre dormindo e acordada, eu vi a Jolie pulando na cadeira que ela costumava ficar.
Abri os olhos fixos na sua imagem, que desapareceu em seguida. Foi uma visão difusa, sob a luz tênue da sala. Mas tenho certeza de que era a minha Jolie!
Como isso seria possível?
Pesquisei na Internet e encontrei uma resposta positiva através de um vídeo do psicanalista e espiritualista Moisés Esagui. (ver vídeo)
Entrei em contato com o C.E.C (Centro de Estudos da Consciência), onde ele é fundador,para saber mais detalhes.
E o que me foi explicado segue abaixo:
5 de fevereiro de 2020.
Olá Nair como vai?
Agradecemos por compartilhar conosco sua experiência e busca.
Aqui no centro de estudos compreendemos que a nossa vida é um caminho sem fim e as pausas que realizamos são momentos de inconsciência, isto é quando deixamos um veículo (seja ele físico ou espiritual) e essa perda representa pra nós um trauma. Esse trauma acontece com aqueles que partem assim como aqueles que ficam e sentem que perderam o contato.
Nessa terra encontramos diferentes linhas de vida, como os gatos. Cada linha de vida continua a evoluir e a trilhar seu caminho de crescimento então seu gato continua, e provável que por perto como relatou.
Agora porque não conseguimos nos relacionar diretamente com o plano espiritual?
Essa é uma pergunta para que possa refletir o quanto a espiritualidade que é a nossa vida e está a nossa volta não é vivenciada por nós por uma série de fatores emocionais.
Seu gato vive de outra forma e o seu carinho por ele o ajudará bastante se desejar que ele continue a crescer. Equipe C.E.C