Por: Nair Lúcia de Britto
Antes de enviar essa mensagem psicografada ao Padre Robson e torná-la pública (conforme recomendação da Espiritualidade) preciso dizer como e quando conheci o Padre Robson, para que me possam entender.
Quero deixar bem claro que minha intenção é apenas ajudar, como faço em tudo que eu escrevo. Não sou nenhuma jornalista famosa, que teve uma carreira brilhante; mas sou uma Jornalista com muito orgulho! Que, por conta própria, faz aquilo à que me propus quando, já na maturidade, decidi estudar Jornalismo.
Quanto ao meu tímido trabalho espiritual, também não se compara nem um pouquinho com o de grandes médiuns que falam, ouvem, vêem os espíritos e têm até o poder de cura. Não, nada disso!
Mas tenho, sim um pequeno grau de mediunidade, que eu adquiri através de muitas, mas muitas orações mesmo, numa época de grande derrocada na minha vida. Mas isto é uma história que fica depois.
A história relacionada ao Padre Robson começou quando, cerca de três anos atrás, meu filho insistiu veementemente para que eu saísse da minha casa, em São Vicente, e voltasse para São Paulo a fim de estar perto dele e da família.
Eu me recusava, porque nunca gostei do burburinho de São Paulo, da correria da cidade e principalmente do frio. Eu gosto de tranquilidade, de Natureza, de calor e do mar, maravilhoso mar!
Mas minha saúde estava muito debilitada e eu sentia muita falta dos filhos. E, assim, deixei a casa que eu amava, apesar de muito humilde; deixei meus hibiscos, meus gerânios, minha ameixeira, a vista bonita da Ponte Pênsil, e os passeios pela orla das praias de Santos.
“De que vale tudo isso, se você não está aqui?” Então, eu vim. Mas minha saúde não melhorava. Logo depois que cheguei a São Paulo, fui parar na UTI de um hospital, por decisão da minha filha Gabriela e o total apoio do meu filho Vladimir, que assumiu uma dívida absurda, por mim. Fiquei em estado de coma e o médico não garantiu minha sobrevida. Mas eu sobrevivi.
Sobrevivi, mas a saúde continuava precária. Era uma fraqueza que não tinha fim, a pressão subia, eu não tinha coragem pra nada… Eu não entendia qual era razão disso tudo. Então meus mentores espirituais avisaram-me de que uma certa pessoa, que frequentava uma casa de “magia negra” estava fazendo “trabalhos” para que eu morresse.
Comecei a chorar sem parar, e fiquei muito assustada. Mesmo porque ocorreram fatos concretos que comprovaram a veracidade do aviso recebido. Mas meus mentores me tranquilizaram, orientaram-me a me pegar com Deus e rezar muito, todos os dias, para que Deus me protegesse.
Foi exatamente aí, que o Padre Robson entrou nesta historia. Numa manhã em que eu estava muito deprimida, em razão da minha fragilidade física, sem querer sintonizei a TV Rede Vida, quando o Padre Robson estava fazendo um sermão, no meio de uma Novena para o Pai Eterno.
As palavras dele foram entrando nos meus ouvidos e, de repente, eu senti um alento milagroso. A partir desse dia, eu passei acompanhar as novenas, as missas e as palestras do Padre Robson, que eram verdadeiras lições de cidadania, além de promulgar a fé em Deus. E foi assim que, pouco a pouco, rezando junto com ele, eu fui me fortalecendo e, então, associei-me à Afipe.
Quando fui ao Banco pagar a primeira contribuição, uma senhora, sentada a meu lado, no banco de espera, também ia fazer o mesmo. Então, indaguei a ela: “A Sra. recebeu alguma graça?” Ela me respondeu: “Sim, eu me curei de um Câncer, depois de ter sido desenganada pelos médicos. Todos os meses, eu venho pagar a minha contribuição, em agradecimento a Deus.” Diariamente relatos de grandes milagres chegam à Afipe, mencionados durante as novenas.
De repente essas notícias amplamente divulgadas pela Imprensa contra o Padre Robson me deixaram perplexa e decepcionada, assim como a muitos fiéis. Quantos lhe voltaram as costas, eu não sei. Só o cachorrinho dele não lhe faltou com o carinho e a solidariedade. Vejam só a grandeza espiritual do animal. Vendo seu dono abatido, com beijinhos em seu rosto, o cãozinho procurava reanimá-lo.
Os homens, pelo contrário, têm o vício de julgarem uns aos outros, sem mesmo esperar pela comprovação dos fatos. Quando todos nós, sem nenhuma exceção, somos pecadores. Todos nós cometemos erros. Uns mais, outros menos. Por nossa culpa, nossa máxima culpa. Queremos ser perdoados, mas não queremos perdoar ninguém.
Também fiquei decepcionada diante das reportagens transmitidas pelos órgãos de comunicação. Mas aprendi com a Religião “Não julgais, para não seres julgados!.” Virar as costas ao Padre Robson, depois de tudo que ele transmitiu de bom, através de seus sermões e orações, e pareceu-me um ato de ingratidão. E, penso eu, que a ingratidão é o pior sentimento que uma pessoa ruim pode abrigar no seu coração.
Então, eu roguei a Deus, que tudo sabe e tudo vê, por uma mensagem ao Padre Robson a fim de iluminá-lo e ajudá-lo a sair desse caos no qual se afundou. Tudo que a gente pede com fé e boa intenção Deus atende. E a mensagem chegou:
“Padre Robson,
Não se entregue ao desânimo. Não procure alívio em nenhum tipo de “droga”; que, como padre, bem sabe que isso não é de Deus. E só vai abatê-lo ainda mais!
Não vou dizer se és culpado ou inocente. Não me cabe julgá-lo e nem saber se fizestes algo de errado, ou não. Eu não sei; não tenho esse poder; e, principalmente, não é essa a minha missão.
Minha missão é ajudar o ser humano que está sofrendo e ajudá-lo a se reerguer. Ajudá-lo a conscientizar-se dos erros que cometeu e arrepender-se de tudo que fez.
O dinheiro, como também já sabes, é o “deus do mal”. Ele ajuda, mas também destrói.
Padre Robson, se fizestes algo de errado, se caístes em fraqueza, não se desespere, redima-se, reverta o “Mal” em “Bem”!
Tu podes, tu és capaz, tu és um ser iluminado. Reze e peça forças a Deus para que essa situação se reverta e tudo volte ao normal.
Use o dinheiro dos seus fiéis para ajudar todos aqueles que precisam de ajuda, e não são poucos. São os idosos, crianças, deficientes físicos…
Reverta todo esse patrimônio, que conquistastes, em obras de caridade. Obras que amenizem tanto sofrimento existente no mundo de hoje.
Construa a sua Igreja com a força de São Francisco de Assis, quando ele construiu sua Igreja de Pedra e quando religiosos católicos viviam na opulência enquanto o povo morria de fome.
Padre Robson, mire-se em São Francisco de Assis e em Santo Antonio de Pádua, que foram mestres da caridade.
Reaja, reerga-se! Siga meus conselhos, que tudo voltará a ficar bem.
Graças a Deus”
Após receber essa mensagem perguntei:
Meu Deus, envio essa mensagem unicamente ao Padre Robson ou devo publicá-la, para que todos possam lê-la?.
“Nair, publique para que todos possam lê-la, para que todos também não julguem o Padre Robson e lhes dêm uma chance de se reerguer. Estamos na Terra para aprender e para saber perdoar.”
Comentário no Recanto das Letras
“Não somos juízes da vida de ninguém e a compaixão é necessária nesta selva de mundo onde o homem é o lobo do homem. Muito linda e emocionante a tua carta, Nair. Um belo testemunho de amor e gratidão.
MARIA POESIA