Educação Educação Ensino Ensino

Tecnologias na educação: Um estudo aplicado ao ensino da matemática

Jéssica Flavia dos Reis*

Rômulo Jesuíno da Silva**

Dandara Lorrayne do Nascimento***

RESUMO 

Este artigo tem como tema o estudo das tecnologias na educação com ênfase na disciplina de matemática. Diante disso, esse trabalho tem como objetivo geral sugerir algumas atividades que utilizem recursos tecnológicos para as aulas de matemática. A metodologia escolhida para a elaboração foi a pesquisa bibliográfica para a análise teórica e elaboração dos planejamentos das aulas. Os resultados obtidos foram dois planos de aula que elencavam o uso de várias ferramentas tecnologias, concluindo que as tecnologias da educação podem ser facilitadores para o ensino da matemática.

Palavras-chave: Tecnologias, Educação, Matemática, Planos.

ABSTRACT

This article has as its theme the study of technologies in education with an emphasis on the discipline of mathematics. Therefore, this work has the general objective of suggesting some activities that use technological resources for mathematics classes. The methodology chosen for the elaboration was the bibliographic research for the theoretical analysis and elaboration of the lesson plans. The results obtained were two lesson plans that listed the use of various technology tools, concluding that education technologies can be facilitators for the teaching of mathematics.

Keywords: Technologies. Education. Mathematics. Plans.

1 INTRODUÇÃO

O ensino da matemática é um desafio encontrado pelos professores desta unidade curricular, devido à dificuldade de grande parte dos estudantes em compreender seus conceitos. Segundo Santos et al. (2007, p. 6), “na verdade aprender matemática não é tarefa fácil, mas é necessário criar maneiras de inovar o ensino mostrando a real importância dessa área do conhecimento no dia-a-dia”. Uma das formas de trazer tal inovação citada é através da tecnologia.

Quanto ao uso de tecnologias em salas de aula, para Diniz (2001, p. 12) “é muito importante que os educadores possam visualizar quais são as reais tendências para o futuro e estejam conscientes para participarem desse processo ensino-aprendizagem, numa sociedade globalizada e informatizada”. Ou seja, os professores necessitam estarem atentos às rotinas dos alunos, buscando incluir em suas aulas as tecnologias utilizadas por eles em seu dia a dia.

Diante disso, o tema deste trabalho foi escolhido, devido à importância nos dias atuais de se utilizar as tecnologias como método didático diferenciado, e, até mesmo, como uma maneira de continuar a aprendizagem, caso as aulas presenciais não possam ocorrer. Dessa forma, objetivo geral deste artigo é sugerir algumas atividades que utilizem recursos tecnológicos para as aulas de matemática.

Já os objetivos específicos são: analisar as dificuldades no ensino da matemática, assim como conceitos relativos às tecnologias na educação; elencar métodos tecnológicos que podem ser utilizados durante a aprendizagem; e propor planos de aula com algumas das tecnologias educacionais apresentadas. Como possíveis contribuições, ao final das pesquisas, esse artigo pode ser utilizado como fonte de informações para os professores de matemática, os quais desejam integrar as tecnologias em suas aulas ao colocar em prática os planos apresentados.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Dificuldades no ensino da matemática

Uma opinião presente no meio escolar, e compartilhada por uma parte significativa dos alunos, é que a matemática é uma disciplina difícil de ser aprendida. Segundo Pacheco e Andreis (2018, p. 106) “o insucesso de muitos estudantes é um fator que os leva, cada vez mais, a terem certa aversão a essa disciplina, desenvolvendo dificuldades ainda maiores com o passar dos anos escolares”. Dessa forma é importante que as dificuldades na aprendizagem da matemática sejam tratadas o quanto antes.

Essa aversão também é mencionada por Gonçalves (2015, p.15), onde ele cita que “para muitas pessoas, a Matemática é sinônimo de frustração e de inúmeros erros que gera certa repulsa, só em falar desta disciplina”. Para Medeiros e Welter (2015) uma das justificativas para a existência dessa dificuldade é que os discentes não conseguem relacionar os conteúdos matemáticos às práticas no cotidiano.

2.2Tecnologias na educação: Conceitos e utilização

Tecnologias de informação e comunicação (TIC) podem ser utilizadas no processo educativo. Para Almeida (2004, p. 71) “o uso da TIC com vistas à criação de uma rede de conhecimentos favorece a democratização do acesso à informação, a troca de informações e experiências, a compreensão crítica da realidade e o desenvolvimento humano, social, cultural e educacional”. Em relação ao conceito de tecnologia, Araújo et al. (2017) informam que:

[…] compreende tudo que é construído pelo homem a partir da utilização de diversos recursos naturais, tornando-se um meio pelo qual se realizam atividades com objetivo de criar ferramentas instrumentais e simbólicas, para transpor barreiras impostas pela natureza, estabelecer uma vantagem, diferenciar-se dos demais seres irracionais. Sendo assim, a linguagem, a escrita, os números, o pensamento, pode ser considerado tecnologia (ARAÚJO et al., 2017, p. 921).

Ainda para Araújo et al. (2017, p. 925), “o uso das tecnologias na área da educação pode exercer um papel importante na relação ensino-aprendizagem”. Vieira Júnior (2018) argumenta, porém, que antes de aplicar uma tecnologia educacional, é necessário um estudo pedagógico para que a aprendizagem realmente ocorra e não seja a atividade vista pelos alunos como mera distração. Dessa forma, os professores estão cada vez mais buscando formas efetivas de aplicar as tecnologias em suas aulas.

2.3 Uso das tecnologias nas aulas de matemática

Para Ribeiro e Paz (2012, p. 12) as tecnologias vêm sofrendo evoluções, “e consequentemente, novos rumos e possibilidades de ensino estão surgindo, principalmente na área da matemática, onde há uma grande variedade de programas e jogos nos computadores que oferecem um significado especial na construção do conhecimento”. Como exemplos de práticas que envolvem o uso de tecnologias existem os aplicativos, simulações, jogos e softwares educacionais (ARAÚJO; SANTOS, 2014).

Aplicativos são “programas com objetivos específicos (…) não necessariamente criados com ênfase educativa. Podem, entretanto, ser utilizados na escola de forma proveitosa para desenvolver diversas habilidades no aluno em formação” (ARAÚJO; SANTOS, 2014, p. 36).  Nas simulações existem “sistemas mais fechados em que o usuário simplesmente assiste à simulação ou escolhe que simulações deseja assistir e outros mais interativos e ricos onde o próprio aluno pode criar o modelo do fenômeno, alterar parâmetros e então assistir à simulação resultante” (ARAÚJO; SANTOS, 2014, p. 37). Já os jogos:

[…] são sistemas de entretenimento em que o usuário tem suas habilidades cognitivas constantemente desafiadas, motivando o aluno a resolver problemas que envolvam a aplicação de conhecimentos prévios. A competição pode ocorrer entre o aluno e o sistema ou entre os próprios alunos, sendo mediada pelo computador (ARAÚJO; SANTOS, 2014, p. 37).

Quanto aos softwares educacionais, alguns podem ser obtidos de forma gratuita sendo que isso é um diferencial em instituições de ensino que não possuem grande quantidade de recursos financeiros. Eles “são importantes, pois as escolas podem ter acesso e usufruir deste recurso no desenvolvimento de aulas nos laboratórios de informática” (HENZ, 2008, p.22). Embora existam recursos tecnológicos, pouco é mostrado como eles são aproveitados de forma prática.

3 METODOLOGIA

Para elaboração do plano de aula, foram utilizados alguns exemplos de planos já publicados, apenas para embasamento e compreensão das etapas que o compõem, sendo eles Azevedo (2016) e Souza (2018). Após, foi necessário elencar algumas possíveis tecnologias que podem ser utilizadas no plano de aula a ser elaborado quanto ao uso de métodos inovadores no ensino da matemática. Os encontrados na literatura foram: Somar, Scratch, planilha eletrônica, Phet Interative Simulations (PIS), Plataforma Bernoulli, jogos matemáticos online, Laboratório de Ensino de Matemática (LEM) e Conexão Escola.

Somar é um software que tem como objetivo “desenvolver as habilidades, competências e atitudes dos estudantes com deficiência intelectual para que os mesmos sejam mais independentes e realizem tarefas diárias que envolvam, mesmo que indiretamente o uso da Matemática” (THOMAZ; MOREIRA, 2014, p. 36). Essa tecnologia se destaca por poder ser utilizada em turmas que tenham alunos com necessidades especiais matriculados, auxiliando assim na inclusão. O Scratch é um software que pode ser utilizado no ensino da matemática, conforme menciona Azevedo (2016).

Segundo o autor, ao usar o programa nas aulas, induzindo o aluno a “construir um jogo digital, de forma coletiva, os estudantes podem produzir significados ao longo de todo processo tanto daquilo que estudam, quanto daquilo que implementam no Scratch” (AZEVEDO, 2016, p. 4). Já a planilha eletrônica foi apresentada por Souza (2018), como um recurso tecnológico educacional, sendo que a autora citou como exemplo o Excel, existente no pacote office do Windows.

A plataforma online PIS possui diversas simulações que utilizam objetos virtuais de aprendizagem (OVA), sendo que tais simulações são um tipo de recurso digital, que permite integrar às aulas, estratégias inovadoras “para o aluno aprender. Essas ferramentas podem ser acessadas por professores e estudantes gratuitamente online. Elas ajudam a estreitar a relação da turma com o conteúdo ensinado e possibilitam uma nova experiência” (VALLE, 2019, p. 1). Um benefício dessa plataforma é ser gratuita, podendo ser utilizada por escolas que não possuem tantos recursos financeiros, como as públicas. Outra tecnologia que pode ser aplicada é a plataforma Bernoulli, usada por escolas que adquirem esse ambiente virtual, é utilizada na educação básica para aulas à distância, sendo que é atrativa ao aluno por ser como um jogo, onde a evolução do participante depende diretamente da sua aprendizagem (BERNOULLI, 2020). Essa plataforma está disponível para compra. Jogos matemáticos online podem ser obtidos gratuitamente em qualquer smartphone sendo que muitos possuem a tabuada e truques matemáticos, além do treinamento de cálculos mentais com números inteiros e fracionários (DUARTE; SCHILLING, 2019).

Desta forma, esse tipo de aplicativo disponibiliza uma gama de atividades que podem ser utilizadas em diversas aulas de matemática. Um exemplo de aplicativo voltado para esse fim foi desenvolvido pela empresa NixGame, chamado “Matemática, treine seu cérebro”. Já o LEM é uma sala “com estrutura para se fazer experimentações, atividades práticas, pesquisas, entre outras atividades, com o propósito de uma construção coletiva do conhecimento matemático” (MACHADO, 2013, p. 6). Nessa sala, pode ter os seguintes recursos tecnológicos, como exemplo, microcomputadores com softwares educativos e smartphones.

Por fim, o Conexão Escola é um aplicativo utilizado pelo governo de Minas Gerais para continuar o processo de ensino em períodos de isolamento social, como a pandemia de Covid-19 em 2020. Através desse aplicativo, adotam-se práticas que visam proporcionar aos sujeitos da rede pública estadual de educação, professor ou aluno, “um acesso às informações institucionais sobre o regime de estudos não presencial com privacidade e credibilidade” (SEE, 2020, p. 1).

4 PLANO DE AULA SOBRE FRAÇÕES

4.1 Objetivos geral e específicos

 O objetivo geral desse plano de aula é ensinar aos alunos conceitos sobre frações, como significados de parte, todo, quociente; equivalência, comparação; cálculo da fração de um número natural; adição e subtração de frações. Já os objetivos específicos foram retirados da BNCC, sendo elas na íntegra:

(EF06MA07) Compreender, comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes de inteiros e resultado de divisão, identificando frações equivalentes. (EF06MA08) Reconhecer que os números racionais positivos podem ser expressos nas formas fracionária e decimal, estabelecer relações entre essas representações, passando de uma representação para outra, e relacioná-los a pontos na reta numérica. (BRASIL, 2018, p. 299).

4.2 Conteúdo programático e recursos utilizados

 Os principais conteúdos a serem trabalhados nessa aula são: frações, conceito e uso; comparação e relação entre números decimais e frações; identificação de situações práticas de frações; interpretação de situações e problemas envolvendo frações; adição e subtração de frações. Os materiais necessários para a aplicação dessa aula são: quadro negro ou branco, giz ou pincel, livro didático “Ciência: Vida & Universo” do autor Leandro Godoy. Este livro foi escolhido por ser, atualmente, um dos materiais didáticos utilizados na rede pública de ensino do estado de Minas Gerais. Já em relação aos recursos tecnológicos, nesse plano de aula se destaca o uso do LEM, por professores e alunos, além da plataforma PIS, Somar e Scratch todos os recursos já retratados nesse artigo.

4.3 Metodologia de ensino

A aula deve ser iniciada no LEM, evidenciando aos alunos as definições dos conceitos principais, como forma de contextualização do assunto, aliando teoria com exemplificações do cotidiano, sendo que essa etapa terá a duração de 10 min. Se for necessário, pode-se utilizar o quadro ou livro didático para auxiliar essa explicação. Após essa abordagem inicial, utilizando os computadores existentes no LEM, haverá a fase das pesquisas na internet, feitas pelos alunos, sobre frações e usos, também com duração de 10 min.

Diante das pesquisas, o docente irá selecionar algumas informações encontradas pelos alunos na internet, exemplificando as informações obtidas. O professor também irá pesquisar notícias que contenham frações, identificando e explicando seus elementos, além de evidenciar que é um conceito útil no cotidiano do aluno. Essa etapa será mais breve, com duração de 5 min. Como foi feita uma abordagem evidenciando os números fracionários na prática, a próxima etapa, com duração de 10 min, é a inclusão dos conceitos teóricos sobre números decimais e sua representação fracionária, também buscando exemplificar com situações práticas. Para auxiliar a compreensão quanto aos cálculos, no quadro, o professor irá fazer a construção de frações e seus respectivos números decimais, com base em situações do cotidiano, sendo que tal fase da aula terá 5 min de duração.

Após essa explicação, haverá uma tarefa prática, utilizando a plataforma PIS no LEM. Os alunos, em duplas, utilizarão a plataforma para exercitarem sua percepção e entendimento de fração. Iniciando pela opção Intro e seguindo para a opção Equality, com o objetivo de fixação dos conceitos iniciais. Essa tarefa terá duração de 15 min. Ainda na plataforma PIS, o professor irá ditar algumas situações para que sejam representadas na plataforma, com duração de 10 min.

Finalizando a abordagem dos conceitos iniciais, o professor irá explicar no quadro os conceitos de inteiros extraídos de um número fracionário ou decimal, sendo que pode também utilizar o livro didático como fonte de dados. Essa explicação terá duração de 15 min e o docente deve evidenciar como os cálculos são feitos. Pode-se utilizar também o programa Somar para essa etapa da aula, visto que nele há uma explicação sobre valores monetários que auxiliam na compreensão do conceito de inteiros e fracionários na prática. A explicação nesse programa é feita por um professor com síndrome de Down o que mostra aos alunos também o conceito de inclusão.

 Novamente no PIS, as duplas já formadas devem utilizar esse recurso tecnológico para exercitarem sua percepção e entendimento de fração e inteiros. Iniciando pela opção Matcher e seguindo para a opção Mixed numbers, os conceitos serão fixados, sendo que a duração dessa tarefa final da aula é de 20 min.

4.4 Avaliação

A avaliação dos conteúdos aprendidos ocorrerá de duas formas distintas, sendo a primeira durante a aula e elaboração das atividades propostas. Já a segunda se trata de questões aprendidas nessa aula inseridas na prova bimestral, sendo que esta pode ser desenvolvida na plataforma Scratch e aplicada no LEM.

5 PLANO DE AULA SOBRE GRÁFICOS

5.1 Objetivo geral e específicos

O objetivo geral desse plano de aula é ensinar os alunos sobre leitura e interpretação de tabelas e gráficos de colunas, barras simples ou múltiplas; referentes às variáveis categóricas e numéricas. Também objetiva-se realizar coleta, organização e registro de dados, além da construção de diferentes tipos de gráficos. Já os objetivos específicos foram retirados da BNCC:

(EF06MA31) Identificar as variáveis e suas frequências e os elementos constitutivos (título, eixos, legendas, fontes e datas) em diferentes tipos de gráfico. (EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos (BRASIL, 2018, p. 302).

5.2 Conteúdo programático e recursos utilizados

Os principais conteúdos a serem trabalhados nessa aula são: gráficos, uso e importância; elementos construtivos; leitura e interpretação; coleta de dados para construção de gráficos; planilhas para construção de gráficos. Os materiais necessários são os mesmos apresentados no plano de aula sobre frações.  Já em relação aos recursos tecnológicos, utilizam-se o LEM, aplicativo de jogos matemáticos e planilha eletrônica, todos já retratados nesse artigo.

5.3 Metodologia de ensino

A aula deve ser iniciada no LEM, evidenciando aos alunos as definições dos conceitos principais, como forma de contextualização do assunto, aliando teoria com exemplificações do cotidiano, sendo que essa etapa terá a duração de 10 min. Se for necessário, pode-se utilizar o quadro ou livro didático para auxiliar essa explicação. Após essa abordagem inicial, utilizando os computadores existentes no LEM, haverá a fase das pesquisas na internet, feitas pelos alunos, sobre gráficos e seus usos, também com duração de 10 min.

Diante das pesquisas, o docente irá selecionar algumas informações encontradas pelos alunos na internet, exemplificando as informações obtidas. O professor também irá pesquisar notícias que contenham gráficos, identificando e explicando seus elementos, além de evidenciar que é um conceito útil no cotidiano do aluno. Essa etapa será mais breve, com duração de 5 min. A próxima, com duração de 10 min, é interpretação e busca de informações em um gráfico, sendo que ele pode ser escolhido entre os gráficos pesquisados pelos alunos na parte inicial da aula.

Para auxiliar a compreensão quanto à construção de gráficos e tabelas, no quadro, o professor irá fazer uma representação gráfica com base em dados já selecionados previamente, sendo que tal fase da aula terá 10 min de duração. Para um melhor entendimento, uma tarefa prática foi proposta, onde fazendo uso da planilha eletrônica, como Excel, os alunos irão em duplas efetuar uma pesquisa de dados que variam em determinado período e o docente irá auxiliar na construção do gráfico nesse recurso tecnológico. Essa atividade terá duração de 30 min. Após o término da atividade, os alunos devem ser orientados a variarem aleatoriamente os dados da tabela base do gráfico e observarem o comportamento do gráfico, sendo que essa parte da aula terá 8 min de duração.

Ao final, o professor promoverá um debate sobre as vantagens e desvantagens de se usar uma planilha eletrônica para elaboração do gráfico em relação ao método tradicional mostrado no quadro. Essa atividade terá duração de 10 min. Também será proposta uma tarefa para ser realizada em casa, sendo que ela se trata de efetuar atividades no aplicativo Matemática, treine seu cérebro durante 10 min, e, logo em seguida, na aba ‘Gráficos de resultado’, interpretar o progresso através do gráfico fornecido, registrando a análise no caderno. A explicação da atividade proposta terá duração de 2 min.

5.4 Avaliação

A avaliação dos conteúdos aprendidos ocorrerá de três formas distintas, sendo a primeira durante a aula e elaboração das atividades propostas; a segunda, através do trabalho proposto como dever de casa; e a terceira se trata de questões aprendidas nessa aula inseridas na prova bimestral, sendo que esta pode ser desenvolvida na plataforma Scratch e aplicada no LEM.

6 CONCLUSÃO

O objetivo geral deste artigo foi atingido, pois foram sugeridas duas atividades, em forma de plano de aula, que utilizam recursos tecnológicos para as aulas de matemática. Os objetivos específicos também foram alcançados, visto que as dificuldades no ensino da matemática foram analisadas, assim como conceitos relativos às tecnologias na educação. Métodos tecnológicos que podem ser utilizados durante a aprendizagem foram citados, sendo alguns presentes nos planos de aula desenvolvidos.

Conclui-se, após a elaboração das pesquisas teóricas e, principalmente, dos planos de aula, que os recursos tecnológicos podem ser aplicados como ferramenta de ensino facilitadora no entendimento da matemática. Os principais resultados obtidos foram os planos, visto que, a partir deles, os conceitos obtidos no decorrer do estudo podem ser adotados no processo de ensino e aprendizagem, trazendo implicações práticas positivas. Espera-se que pesquisas futuras, relacionadas à aplicação dos planos quando as aulas presenciais retornarem, evidenciem a efetividade dos planos em relação à aprendizagem dos alunos.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M. E. B. Tecnologia na escola: Criação de redes de conhecimento. In: Tecnologias na escola. Brasília: MEC, 2004.

ARAÚJO, S. P. et al. Tecnologias na educação: Contexto histórico, papel e diversidade. In: CEMAD, 3., 2017, Londrina. Anais […]. Londrina: UEL, 2017.

ARAÚJO, A. J. S.; SANTOS, R. S. O uso das tecnologias digitais no ensino da matemática. Monografia. (Graduação em Licenciatura Plena em Matemática). UNIFAP, Macapá, 2014.

AZEVEDO, G. T. Construir games para entender a matemática. São Paulo: 2017. (Plano de aula, Matemática).

BERNOULLI. Meu Bernoulli – Um ambiente virtual para aprender, ensinar e gerenciar. 2020. Disponível em: <https://www.bernoulli.com.br>. Acesso em: 20 jun. 2020.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, MEC: 2018.

CARNEIRO, L. N. S. Aprendizagem da matemática: Dificuldades para aprender conteúdos matemáticos por estudantes do ensino médio. Monografia. (Graduação em Licenciatura Plena em Matemática). UFPA, Castanha, 2018.

DINIZ, S. N. F. O uso das novas tecnologias em sala de aula. Dissertação. (Mestrado em Engenharia de Produção). UFSC, Florianópolis, 2001.

DUARTE, I.; SCHILLING, R. O uso do aplicativo math game nas aulas de matemática. In: Seminário internacional de educação, tecnologia e sociedade: Ensino híbrido, 24, 2019, Taquara. Anais […]. Taquara: FACCAT, 2019.

GONÇALVES, C. M. Dificuldades do ensino e aprendizagem da matem ética na educação fundamental: A baixa utilização da tecnologia de informações e comunicação (TIC) pelos docentes nas séries iniciais. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Ensino e Tecnologia). UFTPR, Londrina, 2015.

HENZ, C. C. O uso das tecnologias no ensino-aprendizagem da matemática. Monografia. (Graduação em Matemática). URI, Erechim, 2008.

MACHADO, V. S. O laboratório de ensino de matemática virtual no EAD. Web Artigos, v. 9, n. 5, p. 1–12, ago. 2013.

MEDEIROS, A.; WELTER, M. P. Dificuldades na aprendizagem da matemática; como superá-las? In: SEMIC, 6., 2015, Itapiranga. Anais […]. Itapiranga: FAI Faculdades, 2015.

PACHECO, M. B.; ANDREIS, G. S. L. Causas das dificuldades de aprendizagem em Matemática: Percepção de professores e estudantes do 3° ano do ensino médio. Revista Principia, João Pessoa, n. 38, p. 105–119, 2018.

RESENDE, G.; MESQUITA, M. G. B. F. Principais dificuldades percebidas no processo ensino-aprendizagem de matemática em escolas do município de Divinópolis, MG. Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v. 15, n. 1, p. 199-222, 2013.

RIBEIRO, F. M.; PAZ, M. G. O ensino da matemática por meio de novas tecnologias. Revista Modelos., v. 2, n. 2, p. 12-21, 2012.

SANTOS, J. A.; FRANÇA, K. V.; SANTOS, L. S. B. Dificuldades na aprendizagem de matemática. Monografia. (Graduação em Licenciatura em Matemática). UNASP, São Paulo: 2007.

SEE. Conexão escola – Termos de uso. 2020. Disponível em: <https://estudeemcasa.educacao.mg.gov.br/conexaoescola/termos-de-uso>. Acesso em: 20 jun. 2020.

SOUZA, G. F. Uso dos recursos tecnológicos na pesquisa. São Paulo: 2018. (Plano de aula, Propriedade e Estatística).

THOMAZ, L. S. S.; MOREIRA, T. E. G. Somar: Ferramenta educacional de apoio ao ensino da matemática aplicada ao cotidiano de jovens e adultos com deficiência intelectual. Monografia. (Graduação em Computação). UnB, Brasília, 2014.

VALLE, L. 4 planos de aula que explicam matemática usando objetos virtuais de aprendizagem gratuitos. 2019. Disponível em: <https://www.institutoclaro.org.br/ educacao>. Acesso em: 19 jun. 2020.

VEIRA JÚNIOR, N. Tecnologias e Comunicação na Educação. Arcos: IFMG, 2018.

 

__________

* Professora autônoma. Especialização em docência em andamento pela IFMG. E-mail: jessicaf.reis@outlook.com

** Técnico de manutenção elétrica. Especialização em docência em andamento pelo IFMG.  E-mail: romulojesuino@hotmail.com

*** Professora orientadora. Mestrado em modelagem matemática e computacional em andamento pelo CEFET-MG. E-mail: dandara.nascimento@ifmg.edu.br

COMO PUBLICAR NA REVISTA P@RTES:

REIS, J. F.; SILVA, R. J.; NASCIMENTO, D. L. Tecnologias na educação: Um estudo aplicado ao ensino da matemática. Revista P@rtes. v. X, n. X, p. XX-XX, 2020.

Deixe um comentário