Diego Gonsales dos Reis*
A sustentabilidade ainda é um termo a ser muito explorado no Brasil, mesmo que tenhamos tecnologia agregada a nossas produções e exportamos produtos de excelente qualidade, precisamos fazer com que as práticas sustentáveis sejam aderidas cada vez mais no ambiente industrial, especialmente na agroindústria, que é uma área que provoca sérios efeitos no meio ambiente e precisa agir com responsabilidade.
A princípio, é importante compreender que a sustentabilidade é um conceito que agrega algumas ações dentro das organizações com pensamento exponencial, ou seja, é um conjunto de ideias inovadoras no âmbito econômico, social e ambiente, com o objetivo de diminuir os impactos no meio ambiente, preocupando-se em como gerar lucro sem intervir de forma brusca e prejudicial à natureza, ao local e à comunidade que esteja envolta àquela área explorada.
Dessa forma, o movimento sustentável acontece na agroindústria, a princípio, por meio da introdução de métodos que consigam analisar os impactos da atividade realizada em determinado local, levando em consideração o ramo industrial, quais são os parâmetros aceitáveis e como a empresa investe em ações sustentáveis. Então, por exemplo, nas colheitas de milho, soja e algodão, são analisados níveis como o ciclo de vida, conhecido como ‘ACV’, que visa identificar os níveis de emissão do dióxido de carbono (CO2) na cadeia de produção, em que avalia desde o cultivo até o produto final. Porém, existem diversas outras metodologias e estudos aplicados de acordo com o plantio.
Em relação a sustentabilidade social, que é um dos pilares importantíssimos, para que o conceito seja aplicado de forma plena, é possível medir a interação que a indústria tem nesse âmbito a partir de programas que integram a comunidade existente próxima à sua área produtiva e também aplicada dentro da empresa, com o objetivo de potencializar a ideologia. Na GDR Agroindústria, nós trabalhamos com o método de “legado positivo”, o qual levamos conhecimento a respeito do desenvolvimento sustentável e investimos em ações de preparação de solo e renovação, passando a informação à frente, exaltando como essas atividades são essenciais para o contínuo da produção naquele local, além de ser seguras para as pessoas, pois o material extraído dali tem qualidade e cuidado.
Vale ressaltar que essas práticas estão cada vez mais presentes na rotina das agroindústrias, mas não somente por uma questão de ser tendência mundial e para atender demandas, pois sim, muitos países só importam de fornecedores ecoeficientes e sustentáveis, essas ações também implicam em uma concorrência maior, em um mercado de exigências crescentes por produtos que agregam medidas amigáveis ao meio ambiente e à população.
Empresas que estão inovando e investindo nessa área vão estar à frente de seu concorrente, além de gerar redução de gastos porque é possível ser sustentável e econômico, obviamente que com uma visão estratégica e empreendedora. Por isso, que existe a sustentabilidade econômica, a qual envolve gestão inteligente que nada mais é do que envolver operações internas e externas, visando métodos que atinjam além do plantio e processamento, pois elas precisam estar alinhadas com setores importantíssimos, como o desenvolvimento, criatividade, comunicação, legislação, entre outras. A partir dessas práticas, é possível desenvolver uma sólida cadeia produtiva, que consegue efetivamente respeitar o meio ambiente em inúmeros estágios de produção e oferecer um produto consciente ao consumidor.
Contudo, é importante ter em mente que para tornar a agroindústria sustentável, precisa-se seguir conceitos com respeito ao meio ambiente e à sociedade, aplicando ações no cotidiano da produção, como economia de água, energia renovável, além da diminuição de insumos danosos ao terreno, que fará dele resistente e propício a receber cultivo, além de outras atividades que diminuem o impacto negativo na sociedade, como o uso excessivo de agrotóxico.
Nesse processo sustentável, também é essencial fazer a gestão consciente de pessoas, despertando atitudes sistêmicas e integradas a toda cadeia de produção, com a responsabilidade dos gestores de acompanharem os resultados e alcançar diariamente as metas que até então pareciam intangíveis.
*Diego Gonsales dos Reis é empresário e diretor presidente da GDR Holding Investimentos