COMO AS ESTRELAS NO CÉU
(Taare Zaamen Par/Every Chil is Special-India-2007)
Nair Lúcia de Britto
Toda Criança é Especial, não importa quais sejam as suas diferenças físicas ou psíquicas. Todas merecem o carinho dos pais, dos professores, da sociedade e principalmente do poder público ao qual lhe cabe abrir-lhes a porta para que tenham uma infância sadia e um futuro brilhante. Seja qual for a classe social a qual pertence. O talento não escolhe os mais privilegiados.
Este filme conta a história de um menino que era diferente. Muito travesso, agitado e bagunceiro; ele se interessava muito mais pelo peixinhos que nadavam no córrego, nos passarinhos do que dos deveres da Escola. Não conseguia aprender a ler e a escrever e por isso era severamente repreendido pelos pais.
Na Escola acontecia o mesmo em relação aos professores. Por isso Ishaan. como ele se chamava, é levado para um Colégio Interno que primava por uma rigorosa disciplina.
Dentro da sala de aula tinha dificuldade em prestar atenção. Um dia, distraiu-se à janela ao ver um passarinho dar comida na boca dos filhotes. O professor atirou-lhe um pedaço de giz na cabeça do garoto que se assustou e sentiu raiva.
Quando errava a lição, apanhava com força na palma da mão. Os outros coleguinhas caçoavam dele e ele procurava se isolar. A tristeza foi tomando conta dele até que ele entrou em forte depressão.
Mas quando o Professor de Artes surgiu para dar aulas no Internato, logo percebeu algo errado em Ishaan. Ele apareceu na classe vestido de palhaço, dando piruetas e cantando contagiando os alunos com sua alegria. Mas Ishaan não esboçou nenhuma reação.
O professor logo entendeu que o problema do menino era Dislexia e que os maus tratos e a indiferença que o garoto vinha sofrendo iriam destruí-lo. Com a permissão do diretor do Internato resolveu ajudá-lo. Explicando-lhe que o menino era inteligente, deveria ter um talento especial como qualquer criança e só precisava de uma ajuda em outras matérias.
Alegou que grandes personalidades como Albert Einstein, Pablo Picasso, Leonardo da Vinci, Ágatha Christie também eram disléxicos, mas com uma inteligência que assombrou o mundo com seus talentos…
O resultado de uma Educação dada com carinho, amor e paciência, respeitando-se as diferenças é o que o espectador poderá testemunhar neste filme.
Eu recomendo, porque a arte é isso mesmo: é para expressar ideias e sentimentos a fim de tornar o mundo cada vez melhor!
Nair Lúcia de Britto
Escritora, Jornalista, Poetisa e Comentarista de Cinema
Colaboradora da Revista P@rtes.
