Nair Lúcia de Britto
Torna-se imperioso para mim contestar certos conceitos errôneos que estão sendo veiculados pela televisão sobre o amor e sobre a mulher.
Por uma questão de respeito não citarei nomes nem veículos, mas apenas o que foi veiculado e sobre o que eu penso a respeito.
Dia desses, um programa de teve mostrou várias senhoras idosas, de cabelos brancos, junto a rapazes bem jovens para se deixarem “pegar”, segundo a expressão popular e, a meu ver de, mau-gosto. Aproveitando-se de sua experiência e liberdade de fazer o que lhes desse prazer e divertir os rapazes.
Concordo que todos têm o livre arbítrio para fazer o que bem entender, mas cabe à televisão não de mostrar um mau exemplo, que é outra maneira de deseducar. O que diriam as netas dessas vovós, a respeito? E que exemplo? É o que eu gostaria de saber.
Também sou contra o preconceito da diferença de idade entre um casal, desde que seja uma relação séria, em que haja amor.
Hoje eu ouvi um profissional gabaritado dizer que atualmente não é preciso de nenhum compromisso, entre um casal, para fazer sexo. Que as coisas não são como era antes; que o mundo mudou.
Eu discordo. Não foi o mundo que mudou. O sol continua sendo a maior estrela do universo. A lua só aparece depois que o sol se põe. As estrelas continuam encantadoras e brilhantes. O mundo não mudou. A mudança ocorreu junto aos seus habitantes.
Uma parte evoluiu, estudou, descobriu coisas que tornaram a vida das pessoas melhores. Outra parte desprezou valores e tornou a vida das pessoas pior.
É só abrir os olhos e ver, consternado, quanta infelicidade e quanta tragédia.
Antes as mulheres eram mais recatadas; hoje nem tanto, nem todas. Há uma busca incessante, mesmo em detrimento da saúde, pelo corpo perfeito.
No entanto, “A maior beleza de uma mulher está na sua dignidade. Nenhum artefato jamais terá o valor imensurável do que a dignidade”; alguém me disse, também hoje, e eu concordo.
ARTE: JIMMY LAW