Nair Lúcia de Britto
Será mais um retrocesso social se houver outra discriminação, tão injusta quanto qualquer outra que se faça. Agora, é com relação à vocação profissional dos brasileiros.
Primeiro, sobre o ponto de vista religioso e totalmente errôneo, contrariando o que a Ciência explica claramente com relação à identidade de gênero.
A Natureza Humana é algo que ninguém tem o direito de mudar. Como é o caso da identidade de gênero: uma discriminação que só aumenta o preconceito: o grande vilão da paz.
Agora esta novidade em querer discriminar a vocação para as Ciências Humanas e as Artes, em favor das Ciências Exatas.
Tanto a identidade de gênero como a vocação são questões intrínsecas à cada pessoa. Não se pode mudar, nem discriminar, favorecendo mais uma do que outra. A natureza de cada um tem que ser respeitada. Isto é o que é a verdadeira Democracia.
Filosofia, Psicologia, e outras ciência ligadas à área humana, assim como as Artes, ajudam as pessoas a refletirem sobre o certo e o errado e criarem uma linha de pensamento própria, respeitando a linha de pensamento do outro.
O que se pretende, afinal, para a nação brasileira? Um povo que não saiba pensar?
Sem Cultura e sem Humanismo o Brasil estará condicionado a um pensamento exclusivamente materialista que só valoriza a Matéria e não respeita a Alma, ou seja, os Sentimentos.
Em vez da inteligência para resolver os problemas, resolvê-los pela força? Essa é cara do retrocesso social e o o estopim da violência.
Ninguém será nada sem evoluir a própria alma, porque não somos carne. Somos, sim, Espíritos, eternos. Enquanto o corpo (matéria) se desintegrará, reduzindo-se a pó e mais nada.
Precisamos tanto das Ciências Humanas como das Ciências Exatas; cada qual na sua função específica para atender as necessidades dos homens.
Além disso, a VOCAÇÃO de cada ser humano precisa ser respeitada. Qualquer profissão que se abrace contrariando a própria vocação (para qual o indivíduo já nasceu predestinado) redundará no fracasso e num sentimento de protesto, retratado pela própria infelicidade.