Dirigido por Lina Chamie, filme traz depoimentos de Pelé, Robinho e Neymar Jr.
Brasil, 2018 | documentário, 85 min – Cor
Jogadores santistas comemoram após marcarem gol. Crédito: Divulgação/Canal Azul
O Santos Futebol Clube é o time que mais balançou as redes adversárias em toda a história do futebol mundial e seus mais de 12.500 gols são protagonistas no documentário “Santos de Todos os Gols”, da diretora Lina Chamie (Tônica Dominante (2001), A Via Láctea (2007) e Santos, 100 anos de futebol arte (2012)). O longa alterna imagens das mais diversas épocas do clube e mostra jogadas marcantes de nomes importantes do esporte, como Pelé, Pepe, Coutinho, Robinho e Neymar Jr.
Torcedores como Zeca Baleiro e José Miguel Wisnick, Mônica Waldvogel, entre outros, relembram a sensação de ver o placar favorável ao Alvinegro Praiano, e jogadores de diferentes gerações de craques alvinegros, como Carlos Alberto Torres, Edú, Serginho Chulapa, Giovanni, Ricardo Oliveira, contam suas experiências em campo e o que mais os marcou enquanto usavam a camisa do Santos. Falam inclusive dos gols não feitos, perdidos de formas inacreditáveis, que poderiam mudar o resultado de uma partida e de um campeonato.
Finais felizes, como o milésimo gol do Rei do Futebol, e não tão felizes, como a final perdida da Copa do Brasil de 2015 também estão registrados no longa. “Santos de Todos os Gols” é um filme que investiga a emoção e os significados do gol, e por isso aposta numa narrativa mais sensorial. Uma vez que as palavras não dão conta de descrever uma emoção, é preciso senti-la.
“Santos de Todos os Gols” é uma produção da Canal Azul e conta com a distribuição da Elo Company. Com estreia marcada para 18 de abril em 20 salas de 19 cidades do país, o filme é parte do Projeta às 7, parceria da distribuidora com a Cinemark, que abre uma nova janela para o cinema nacional.
SINOPSE
O gol é o momento mágico do futebol. Mas o que é o gol? É o instante em que uma bola atravessa uma linha? A catarse do torcedor, do jogador, o coração do jogo, êxtase, vitória, redenção, derrota, tragédia, orgasmo, alívio, vingança? Tudo isso e mais um pouco! O documentário explora a sensação do gol através do time que mais marcou gols na história do futebol mundial.
FICHA TÉCNICA
Roteiro e Direção: Lina Chamie
Produção: Ricardo Aidar
Produção Executiva: Jefferson Pedace, Liz Reis, Renata Rudge e Sylvio Rocha Montagem: Ricardo Farias
Fotografia: Fernanda Tanaka, Paulo Pla e Pedro Eliezer
Técnicos de Som Direto: Pixuto e Ricardo Fabiano Nascimento
Edição de Som e Mixagem: Pedro Noizyman
Coordenação de Produção: Marcela Coelho
Realização: Canal Azul e ANCINE
Patrocinadores: BRDE – FSA, BNDES, Carrefour e Besni
NOTA DA DIRETORA
“O som e, portanto a música, são elementos de extrema força sensorial e emocional dentro da narrativa de um filme, é por isso que chamamos o cinema de audiovisual, o áudio é algo fundamental, ainda mais neste tipo de filme que se propõe a mergulhar no êxtase do gol”. Lina Chamie, janeiro de 2019
“E quando comecei a fazer o filme percebi que era uma oportunidade rara de falar sobre a emoção do gol, a catarse do gol, a explosão do gol, que é o que define a paixão pelo futebol e ao mesmo tempo conversa com todos os torcedores de todos os times”.
Lina Chamie, janeiro de 2019
A DIRETORA
Lina Chamie é graduada e mestre (Cum Laude) em música e filosofia pela New York University, EUA, onde também trabalhou por mais de dez anos no departamento de cinema. Chamie dirigiu os seguintes longas-metragens: “Tônica Dominante” (2001) que lhe rendeu, entre outros prêmios, o Kodak Vision Award/WIF, em Los Angeles, e o prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA, em 2001; “A Via Láctea” (2007), estreia mundial no Festival de Cannes, Seleção Oficial da “Semana da Crítica”, Prêmio “Casa de América”, Madrid/Espanha, com participação em mais de 80 festivais pelo mundo recebeu inúmeros prêmios e reconhecimento da crítica nacional e internacional; “Santos 100 Anos de Futebol Arte” (2012), filme oficial do centenário do Santos F. C.; “São Silvestre” (2013), que recebeu o prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA como Melhor Documentário em 2014; “Os Amigos” (2014), longa metragem ficção, premiado em Gramado e lançado em 2014; “Dorina – Olhar para o Mundo” (2016), longa metragem documentário para o HBO.
NOTA DOS DEPOENTES
“Eu rezava para que Deus cuidasse de todos nós, que ninguém se machucasse, mas que não deixasse o jogo terminar 0x0, se tiver que empatar, que fosse 4×4, 5×5, então vamos dar alegria para o povo, para quem veio de longe e pagou pra ver a gente” – Pelé, ex- jogador
“Gol é sempre gol, é aquela alegria e às vezes eu fazia gol que a bola não entrava quase, não batia na rede” – Coutinho, ex-jogador
“Você assistindo [a jogada] cria uma expectativa, que pode culminar em um gol ou não. Então, para um torcedor, como hoje eu sou, eu vejo que você cria algo sensacional” – Giovanni, ex-jogador
“É muito difícil fazer gol, não é fácil. Requer muita frieza na frente do goleiro, posicionamento, bater bem na bola, uma série de coisas, tem que treinar muito” – Robinho, jogador
“Quando você tá jogando na Vila Belmiro ou no Pacaembu e o gol é a favor, é maravilhoso, mas quando você tá jogando no interior, você consegue escutar o torcedor adversário xingando” – Pepe, ex-jogador
“Os gols que eu fiz, que eu lembro, eram todos de meia distância porque eu chegava chutando. O atacante tem a facilidade de fazer o gol e às vezes não tem tanto barulho como os meus tinham. O som que eu lembro era a batida na bola com força” Carlos Alberto Torres – in memoriam – ex-jogador
“Quando eu fiz aquele gol (contra o Corinthians na final do Campeonato Brasileiro de 2002),
veio a lembrança de quando era pequeno e do tanto que eu queria ser profissional e campeão, ainda mais defendendo as cores do clube que eu torcia desde pequeno” – Renato, ex-jogador
“Quando eu estou indo para o jogo, vou pensando no gol, no que vou fazer, como vou comemorar. O futebol é voltado para o gol, porque sem o gol é difícil existir futebol” – Vitor Bueno, jogador
“Parece fácil para quem tá de fora, errar um gol cara a cara, porque o gol é enorme, mas ali na hora que sai cara a cara, a frieza de tirar do goleiro, de bater no canto certo, eu acho que é instinto e frieza ” – Diego, jogador
“Um gol que me emocionou de forma particular foi meu primeiro gol, porque meu avô estava na Vila Belmiro e eu nunca tinha feito um gol como profissional. Foi ele que me apoiou desde pequeno e sempre foi ver meus jogos, mas nunca tinha me visto fazer gol. Naquele dia eu pude fazer o gol (contra a Ferroviária no Campeonato Paulista de 2016) com a presença dele, tenho certeza que ele se emocionou na hora” – Zeca, jogador
“Eu sempre sonhei de ouvir meu nome sendo gritado no campo de futebol, e quando isso aconteceu, eu não acreditava. Todas as vezes que o torcedor grita o meu nome, sinto esse incentivo que vem da arquibancada e isso, para mim, é o meu combustível, para eu me doar ao máximo, me dedicar e esperar com eles o momento de pôr a bola pra dentro do gol e falar assim “está aí a recompensa” – Ricardo Oliveira, jogador