O POMBO BRANCO
Nair Lúcia de Britto
Sonhei que eu estava numa rua um tanto movimentada… Um lugar onde nunca estivera antes. O local tinha uma aparência simples, mas graciosa. Chamou logo a minha atenção um empório que havia numa esquina. Um toldo arredondado sombreava a porta de entrada. Sob o toldo eu vi um pombo branco, pendurado e aprisionado com uma corda, envolvendo seu frágil corpo. Logo deduzi que o pobre pombo se encontrava ali, em sacrifício, para servir de isca à uma freguesia mais farta.
O que eu fiz? Fui ao encontro da ave, disposta a salvá-la.
— Ninguém vai maltratar um animal na minha frente, disse eu para mim mesma. Discreta e disfarçadamente eu desamarrei o pombo, sem que o comerciante visse. Livre das amarras, o pombo voou, mas permaneceu pelos arredores. Vi, então, que seu pescoço estava muito machucado, certamente pelas cordas que o prendiam.
Novamente coloquei-me à disposição do pombo, cuidando do seu ferimento.
Terminada a tarefa, retornei ao que estava fazendo antes: andando por aquela rua tão desconhecida, quanto agradável.
Súbito, para minha surpresa, o pombo branco postou-se inesperadamente à minha frente e, com a cabeça, fez um sinal sincero e amistoso, de agradecimento.
Então, eu acordei… O que significaria este sonho?
“Este sonho significa que você está no caminho certo, fiel a Deus, procurando curar as feridas daqueles que o destino coloca à tua frente. Não és nenhuma santa, isso é verdade… Mas estás a caminho para que algum dia sejas.”
Sonhar faz bem ao ego e movimento é algo extraordinário. Crescer com pessoas. Necessidade de levar conhecimento.