Valdecira Moreira |
Mais uma vez o natal está chegando, o corre, corre, o consumismo, o ter parece valer mais do que o ser.
As pessoas parecem se preocupar mais com os presentes, o que dar, o que receber, a preparação para a festa do natal (comida, bebida) parecem que estão consumindo todo o tempo das pessoas, as pessoas parecem que perderam o valor, ninguém tem tempo para o diálogo, visitas aos vizinhos, aquela boa conversa, sem se preocupar com trabalho, apenas ouvir as pessoas, dar boas gargalhadas, nem pensar.
O sorrir, o caminhar sem rumo, apenas por prazer, o ajudar, o compartilhar, o ouvir, saíram de moda. Valores éticos, ver no outro a imagem do semelhante, parece que ficou para traz.
A pergunta é: vale apena tanta ansiedade por nada, Dr. Roberto Debski, em Alerta Saúde (2017) alertou para o fato da existência da depressão em decorrência do natal. “Você conhece a depressão de natal? Ela existe é muito mais comum do que parece! Quando se aproxima a época do Natal e das festas de final de ano, muitas pessoas ao invés de sentirem-se alegres e motivadas, sentem-se depressivas, angustiadas e infelizes.”
Em época de natal, onde a paz e o amor deveriam reinar, época de angustia e depressão? A mim parece total inversão de valores. O natal deveria ser símbolo de fraternidade, no entanto para muitos tornou-se símbolo de flagelo, o consumismo desenfreado, traduzindo em dividas para o próximo ano, as brigas em famílias decorrentes das bebedeiras e o aumento considerável de acidentes provocados pela pressa de chegar, ou pelo alcoolismo.
Muitos ainda se dedicam em arrecadar alimentos, roupas, brinquedos para distribuição de cesta, no entanto depois que passa o natal, a vida continua, não deveriam então se preocupar com o depois, ou seja em promover ações que geram emprego, oferecendo assim perspectiva de vida, auto estima, valorização pessoal.
1º Coríntios – Capítulo 13, versículo 3, alerta para o fato de que: “ Ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará”.
A pergunta deveria ser: O que posso fazer para transformar o mundo em um lugar melhor? Quais são os valores realmente importantes para mim? O que significa verdadeiramente o natal? Consumismo ou solidariedade.