MIMI – Um amor pra toda vida!
Na alegria e na tristeza
Na saúde e na doença
Na fartura ou na pobreza
A minha gata siamesa
Está sempre do meu lado
Com certeza
Não se importa
Se sou feia ou bonita
Se acordei alegre ou ranzinza
Tudo ela perdoa!
Lembro-me daquele dia
Que quase tropecei nela
Andando com pressa pelas vielas
E ruas da cidade
Não a vi, bem no meio da calçada
Tão miúda, tão mirrada…
No meio dos transeuntes e buzinas
De carros e motos, apressados
Quando a vi, levei um susto
– Oh! Meu Deus, pobrezinha…
Quase pisei nessa gatinha!
Peguei-a no colo,
Para não ser atropelada
Perguntei aos pedestres que passavam
– Quem quer uma gatinha?
– Quem quer salvar sua vidinha?
Os transeuntes sorriam…
E balançavam a cabeça
Em sinal de negativa
– Que é que eu faço?
Não posso ficar com ela
Já tenho um gato bravo
Que não aceita companhia
E tenho compromissos exigidos
Pela tal burocracia…
Mas aqui ela não fica!
E decidida…
Juntei-a à pasta de documentos
Dentro da sacola que eu levava…
Entrei num local público
Disfarçando o conteúdo da sacola
Que começou a miar…
O Segurança me olhou desconfiado
–Boa tarde! – cumprimentei, amável
E fui subindo as escadas
Sentei na sala de espera
Mas o miado bem baixinho…
Continuava…
– Que miado é esse?
Perguntou-me a chefia
Olhei pros lados…
E com um ar bem inocente, respondi:
– Não sei de nada!
De volta à rua, subi num ônibus
E, para evitar problemas,
Procurei um assento distante
Mas qual o quê !!!
O miado prosseguia
E o motorista, de cara bem brava,
Olhou pra trás…
Aqui tem algum gato?
– Não, não… é lá fora
E olhei pela janela
A tarde era bela…
Mas um tanto tumultuada!
Afinal, chegamos em casa
E a gatinha, depois de tanta lida.
Que era pra ficar só um dia
Está comigo até hoje
E é a minha melhor amiga!