Por: Simone Nascimento
As redes sociais já fazem parte do nosso cotidiano, contudo existem cuidados necessários, principalmente para aqueles que procuram por uma oportunidade de emprego.
Alguns “vacilos” na linguagem “teen” são cometidos por alguns candidatos que buscam por uma oportunidade no mercado e, perder uma vaga de emprego pode ter relação com a sua postura nas redes sociais e profissionais.
– Você já parou para refletir sobre isso?
Algumas redes profissionais tem o intuito de auxiliar o candidato na procura por uma oportunidade de emprego, contudo as formas como alguns se mostram para o mercado é que faz a diferença. Muitos candidatos a vagas de emprego, não tomam os devidos cuidados com o que postam nas redes e acabam perdendo grandes oportunidades nos processos seletivos de algumas organizações pela forma exacerbada e uso desenfreado desta conectividade. Inclusive, muitos profissionais já empregados e, com carreiras promissoras, também perdem seus empregos, devido à má utilização das redes e ingresso em comunidades ou páginas que incitam afrontas, discriminação e se utilizam de expressões inadequadas com referência a outrem ou à própria organização em que trabalham.
Esta má utilização da rede social no ambiente organizacional se percebe na falta de limite e, na consequente perda de foco nas atividades a serem desenvolvidas no dia a dia, decorrente do processo viral de mensagens, posts, configurações para notificações em celulares, aplicativos de fotos, entre outros.
O que se percebe é que, a partir deste contexto, outros problemas surgem; estes, decorrentes da forma como a comunicação vem ocorrendo entre as pessoas, de forma geral. As palavras vêm sendo abreviadas sem nenhum critério no ambiente profissional, como se a comunicação digital pudesse se estender a todos os âmbitos da vida humana. Assim, as mensagens são “digitadas” de forma não coloquial, com erros de português seríssimos, além de muitas vezes, não receberam o cuidado necessário nas relações que se estabelecem dentro das organizações, obedecendo, obviamente, as hierarquias que se estabelecem e a postura que deveria acompanhar a relação entre os pares.
Indo um pouco mais além, a comunicação se tornou tão digital que o espaço para a afetividade nas relações se resume a você adicionar mais um amigo em sua rede social ou profissional ou a quantas vezes o celular emite um som com o aviso de uma nova mensagem. Será que estamos diante de um fenômeno que prima pela “popularidade”?
Por vezes, o contato com um colega de trabalho se restringe a uma breve mensagem enviada no celular ou a possibilidade de tê-lo entre seus contatos no WhatsApp, já que a comunicação verbal se torna “relíquia” ou “algo ultrapassado”.
Uma relação um tanto quanto perigosa e de perda do sentido humano, partindo do princípio que a forma como as pessoas se mostram nas redes, nem sempre traduzem a realidade.
E aí? Como ficam todas estas relações e condicionamentos a que o aceleramento tecnológico nos propõe hoje?
Conviver em sociedade se resume a quantos amigos temos no Facebook? Se relacionar bem com seus colegas de trabalho se resume as qualidades que eles postam sobre você nas redes sociais? Os posts nas redes traduzem quem efetivamente você é? Demonstram realmente como é a sua convivência e relacionamento interpessoal?
Mundos de Alice virtuais? Realidades Virtuais? Utopia virtual? Limites digitais? Idealização virtual?
Estamos diante de um leilão tecnológico? Mas então: “Quem dá mais” ???…