EXPERIÊNCIAS COM O USO DA WEBQUEST COMO FERRAMENTA MEDIADORA NOS PROCESSOS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM EM BIOLOGIA
Maryana Gabrielle Nogueira da Silva[*]
Leonir Santos de Souza[†]
Anatália Daiane de Oliveira[‡]
Resumo: O presente texto é resultado do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) junto à Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Curso de Ciências Biológicas, Campus de Porto Velho, e tem como objetivo relatar a experiência do uso da webquest como ferramenta mediadora nos processos de ensino e aprendizagem em duas escolas públicas do município de Porto Velho/RO. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, utilizando como instrumentos a aplicação de dois questionários (inicial e final), o planejamento e a experiência de uma webquest. Entre os resultados obtidos encontra-se o de que o uso das Tecnologias de Informação e Comunicações (TICs), especialmente da webquest, nos espaços escolares podem contribuir na autonomia dos estudantes na construção do conhecimento.
Palavras-chave: TICs. Webquest, Ferramenta mediadora, Processos de ensino e de aprendizagem.
Abstract: The present text is a result of a work Course Conclusion (TCC) at Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Course of Biological Sciences, Campus of Porto Velho, and aims to report the experience of use webquest as a mediator tool in the processes teaching and learning in two public schools in the city of Porto Velho / RO. This is a qualitative research, using as instruments the application of two questionnaires (initial and final), the planning and the experience of a webquest. Between results obtained is finds it that the use of Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), especially the webquest in school spaces can contribute to the autonomy of the students in the construction of knowledge.
Keywords: TIC. Webquest. Mediator tool. Teaching and learning processes.
INTRODUÇÃO
O presente texto é resultado do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) junto ao Departamento de Biologia (DBIO) da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Curso de Ciências Biológicas, Campus de Porto Velho, e tem como objetivo relatar a experiência do uso da webquest como ferramenta mediadora nos processos de ensino e aprendizagem em duas escolas públicas do município de Porto Velho/RO.
Vivemos em um mundo globalizado em que é possível percebemos que nos dias atuais as tecnologias têm se incorporado na sociedade e vem sendo apropriadas pelos jovens que as utilizam frequentemente para várias finalidades, entre elas a obtenção de informações, entretenimento, porém segundo Moreira e Kramer (2007) as tecnologias digitais ainda não têm sido muito exploradas em sala de aula.
Assim, ao questionarmos “E se usássemos a tecnologia e a internet a favor do ensino de Biologia?”, já que esta é uma disciplina que possui conceitos abstratos para os estudantes, que às vezes não conseguem assimilar o seu conteúdo, percebemos que talvez a abordagem com o uso das tecnologias de alguns conteúdos facilitaria o entendimento. Por isso, realizamos esta pesquisa qualitativa, utilizando como instrumentos a aplicação de dois questionários (inicial e final), o planejamento e a experiência de uma webquest.
Objetivando proporcionar ao leitor uma melhor compreensão sobre o trabalho, o presente foi estruturado em quatro tópicos. No primeiro refletiremos sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), sobre o Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO), a importância do uso da tecnologia na educação e abordaremos sobre o que é uma webquest e o uso desta como ferramenta mediadora nos processos de ensino e aprendizagem. No segundo tópico descreveremos os aspectos metodológicos utilizados, sendo que no terceiro apresentaremos e discutiremos os dados produzidos pela aplicação dos questionários, o planejamento e a experiência de uma webquest. Por fim, no quarto apresentaremos as considerações finais produzidas mediante reflexão e desenvolvimento desse trabalho.
1TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO: REFLEXÕES SOBRE ESTA RELAÇÃO E O USO DA WEBQUEST
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) referem-se a união da Tecnologia Computacional ou Informática com a Tecnologia das Comunicações, onde a Internet é sua principal expressão. Elas também podem ser usadas para fins educativos, ou seja, para criar e melhorar os processos de ensino e de aprendizagem (MIRANDA, 2007).
As TICs se incorporaram na sociedade e de tal forma que é difícil encontrar alguém que não tenha acesso a um computador ou a internet, que por sua vez, são instrumentos facilitadores das atividades do nosso dia a dia (SOUZA; YONEZAWA; SILVA, 2007). Assim, as TICs podem ser usadas nos processos de ensino e de aprendizagem como ferramentas auxiliares.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) afirmam que as tecnologias deveriam tornar-se eixo formativo da educação básica: “É indiscutível a necessidade crescente do uso de computadores pelos alunos como instrumento de aprendizagem escolar, para que possam estar atualizados em relação às novas tecnologias da informação e se instrumentalizarem para as demandas sociais presentes e futuras.” (BRASIL, 1997, p. 67).
Deste modo, o governo federal criou pela portaria nº 522 em 09 de abril de 1997[§], o ProInfo com a finalidade de introdução das TICs, especialmente os computadores com acesso à internet, nas escolas públicas com objetivo de cooperar nos processos de ensino e de aprendizagem. A partir de 12 de dezembro de 2007, o ProInfo passou a ser denominado Programa Nacional de Tecnologia Educacional, pelo Decreto n° 6.300[**].
Esse programa tem por finalidade três componentes: 1) a instalação de ambientes tecnológicos nas escolas: laboratórios de informática com computadores com acesso à internet e outros equipamentos; 2) organização de conteúdos e recursos educacionais multimídia e digitais por meio do Portal do Professor, TV Escola etc; e 3) a formação continuada de professores, professoras e profissionais da educação para o uso das TICs (BRASIL, 2007).
Neste sentido, percebemos que iniciativas educacionais, como a citada acima, têm sido realizadas visando aproximar a escola do espaço não escolar que está permeado pela presença das TICs. Destacamos que com a chegada dos smartphones (aparelhos celulares), o acesso à internet ficou ainda mais fácil, uma vez que por meio destes aparelhos é possível acessá-la a todo momento e em qualquer lugar, de forma instantânea.
Segundo Moran (2007) no presente século, estudantes e todos os outros cidadãos possuem variedade e acessibilidade de muitos conteúdos virtuais, podendo acessar em qualquer lugar, a qualquer momento. Carlan (2009) corrobora essa ideia ao mencionar que a internet nos proporciona uma gama muito grande de vantagens como o rápido acesso às informações e a seus conteúdos, bem como, a diversidade deles e a facilidade em obtê-los, além da comunicação com pessoas de todo o mundo. Assim, a internet pode e está se tornando uma mídia fundamental para a pesquisa, possibilitando o acesso instantâneo a portais de busca, as disponibilizações de artigos ordenados por palavras-chave e facilitando o acesso às informações necessárias.
De acordo com Heerdt e Brandt (2008a) a tecnologia abre um horizonte inimaginável de opções onde uma pessoa pode navegar em diversos sites em busca de informações, sendo que podem e devem ser usadas como instrumentos auxiliares dos professores em aulas mais dinâmicas, para além do que os estudantes estão acostumados a ter.
Segundo Carlan (2009) a internet tem contribuído de forma significativa no ensino, pois enriquece os ambientes de aprendizagem oferecendo diversas fontes de informações e comunicação como troca de experiências, dúvidas e materiais de aulas. E também ajuda os professores prepararem e melhorarem suas aulas, considerando, entretanto, que ela não transforma nem faz milagres, apenas é um auxílio para contribuir na melhor forma de lecionar.
De acordo com Pereira e Mesquita (2012) já existem vários serviços e aplicativos gratuitos na internet, os chamados softwares educacionais que permitem o desenvolvimento de produções por estudantes que colaboram com a aprendizagem. Existem várias formas de uso da internet como recurso metodológico de ensino, tais como blogs, vídeos, redes sociais, ambientes virtuais de aprendizagem e correio eletrônico.
Com esta imensidão de informações e recursos educacionais disponíveis no meio virtual, torna-se necessário termos alguns cuidados ao utilizar as TICs para não fazer o mal uso dessas. Segundo Pereira e Mesquita (2012) é preciso atenção quando utilizamos as TICs como ferramenta escolar, para não “cair” no problema de os estudantes apenas navegarem desconectados dos objetivos das atividades e com dificuldade de escolher as informações úteis e/ou confiáveis.
Em aulas e atividades em que os estudantes têm que pesquisar é necessário o acompanhamento dos professores. Eles precisam orientar sobre a busca pelos sites, pois a internet possui uma gama imensa de conteúdos virtuais e nem sempre são confiáveis, indicando alguns sites de busca, visando ajudar os estudantes, a fim de que eles aprendam a pesquisar e não acessem qualquer local copiando e colando as informações. Assim, é vital que o professor e a professora seja o mediador e a mediadora nesse tipo de atividade (SILVA, 2006).
As tecnologias ajudam muito em sala de aula, mas não devem substituir outras formas de pesquisas, e sim complementá-las. Ela é apenas uma ferramenta a ser utilizada para buscar melhor qualidade nas aulas e colaborar com o trabalho dos professores, caso contrário, a eficácia dos seus instrumentos torna-se sem sentido, pois não alcançaremos o nosso objetivo que é o de construir o conhecimento com os estudantes (ALMEIDA, 2007).
Entre as ferramentas tecnológicas que podem ajudar em sala de aula destacamos a webquest, que é um método de pesquisa dirigido que aproveita os recursos oferecidos pela internet. Trata-se de uma atividade investigativa, em que alguma ou toda a informação com que os estudantes interagem provém do ambiente virtual. Parte de um tema e propõe uma tarefa que resulta em um produto final criado pelos próprios estudantes. A criação deste produto envolve necessariamente pesquisas na internet, planejamento e organização do grupo para a sua execução (HEERDT; BRANT, 2009).
A webquest foi idealizada e criada em 1995 pelo professor da Universidade de San Diego na Califórnia (EUA) Bernie Dodge, que a defina da seguinte forma: “[…] uma investigação orientada na qual algumas ou todas as informações com as quais os aprendizes interagem são originadas de recursos da internet, opcionalmente suplementadas com videoconferências.” (DODGE, 1996, p. 1).
Dodge (1996) define que a webquest deve conter: introdução, tarefa, processos, recursos, avaliação e conclusão. Menta (2008) indica o que deve conter em cada parte da webquest e ensina a forma como deve ser produzida. De acordo com a autora, em primeiro lugar para elaboração desta atividade, é necessário pensar no tema que será abordado, para que a partir desta seja planejado o restante dos componentes de uma webquest.
Posteriormente, é necessário a introdução da webquest. Ela precisa expor informações curtas, de no máximo dois parágrafos, que devem ser diretos, motivadores, envolventes e instigantes. O texto sobretudo deve “conversar” com o público. Para a tarefa, deve se ter um cuidado a mais na sua elaboração pois ela é considerada a “alma” da webquest, portanto, deve ser algo criativo, bem definido, fugindo do convencional, do que os estudantes estão acostumados a fazer, para conduzi-los ao entusiasmo, à vontade de querer realizá-la. Após planejar a tarefa, é hora de delimitar os processos e recursos, sendo necessário explicar passo a passo o que será desenvolvido. (MENTA, 2008).
Reforçamos que a internet possui grande diversidade de sites apropriados a pesquisa e outros não, nesse sentido concordamos com Carlan (2009) para que os estudantes não se dispersarem no ambiente virtual, é necessário que os professores sejam diligentes em usar este recurso da maneira adequada e conveniente, observando se estão fazendo o bom uso para a construção do conhecimento. Assim, apontamos, portanto, a necessidade da escolha de quais endereços eletrônicos são mais adequados para orientar os estudantes a pesquisar neles. Importante lembrar que essas referências de pesquisas são indispensáveis para um bom desenvolvimento da tarefa.
A conclusão da mesma forma deve ser breve, compreensível e simples, que retome aspectos de interesse registrados na introdução, realce a importância daquilo que aprenderam e aponte caminhos que podem ajudá-los a continuarem estudos e investigações sobre o tema. E por fim, a avaliação é onde se estabelece critérios para avaliar o que os estudantes produziram (MENTA, 2008). Neste sentido, a seguir descreveremos os aspectos utilizados para a produção dos dados da nossa pesquisa, considerando o que os autores apontaram.
2 ASPECTOS METODOLÓGICOS
Este trabalho trata-se de uma pesquisa qualitativa, utilizando como instrumentos a aplicação de dois questionários (inicial e final), o planejamento e a experiência de uma webquest. As atividades foram desenvolvidas em duas escolas estaduais, localizadas na região central da cidade de Porto Velho/RO, que foram escolhidas devido ao trabalho junto ao Programa de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) nestas escolas.
Na escola A a aplicação dos questionários e o trabalho com a webquest foi realizado com 21 estudantes com faixa etária entre 15 a 16 anos, do primeiro ano do ensino médio regular, no laboratório desta escola que dispunha de 36 computadores, sendo que apenas nove estavam com acesso à internet, que possuíam como sistema operacional o Linux/Ubuntu. Na escola B, foi realizado com 13 estudantes entre 20 a 25 anos e poucos com mais de 30 anos, do primeiro ano do ensino médio na modalidade EJA na sala de informática, com 22 computadores com acesso à internet com o mesmo sistema operacional da escola A.
Inicialmente foi aplicado um questionário com os estudantes das turmas das escolas mencionadas, visando coletar dados e conhecer o perfil para o planejamento da webquest. O questionário continha as seguintes perguntas:
1) Você possui acesso à internet?
Sim ( ) Não ( )
Em caso afirmativo, onde você tem acesso? Casa ( )
Escola ( )
Casa de parentes ou amigos ( )
Outros ( ) ____________________________
2) Nas aulas de biologia, já teve a oportunidade de realizar atividades no laboratório de informática?
Sim ( ) Não ( )
3) Você já ouviu falar de Webquest?
Sim ( ) Não ( )
4) Se você respondeu sim a pergunta anterior, você já usou uma Webquest?
Sim ( ) Não ( ) Se sim, onde?
5) Você acha que é possível aprender biologia utilizando recursos da informática, como a internet, por exemplo? Por quê?
A aplicação desse questionário foi essencial pois através dele foi possível conhecermos o perfil das e dos estudantes para então traçar um planejamento de como seria a estrutura e o conteúdo da webquest como a introdução, tarefa, processos, avaliação e conclusão.
A webquest tratou sobre a temática Câncer, que por sua vez foi proposta por ser um conteúdo que as professoras de biologia iriam abordar com os estudantes durante o bimestre, pois fazia parte do currículo escolar[††]. Para esta atividade foram necessárias duas aulas, uma em cada turma.
A webquest foi dividida em tópicos. No tópico “tarefas” foi proposta uma atividade na forma de elaboração de um texto informativo, visando valorizar a escrita dos estudantes, pois segundo Guedes e Souza (1998) ler e escrever são habilidades indispensáveis para a formação deles, sendo de responsabilidade da escola. Além de escrever, a tarefa também teve o objetivo de que eles buscassem por meio da leitura fabricar seu próprio texto organizando as informações obtidas nos sites indicados.
No tópico “processo” foi explicado os passos para elaboração do texto e também os sites indicados para a realização da tarefa. Já no tópico “avaliação” foi estabelecido critérios para que ao final da atividade a e o estudante avaliassem seu próprio trabalho, atribuindo uma nota de 0 à 1,0.
Por fim, foi aplicado um novo questionário com as perguntas abaixo, visando avaliar a atividade no laboratório de informática:
1) O que você achou desta aula em que foi utilizado o laboratório de informática e a webquest?
- ( ) Atrativa e proveitosa, pois fiz um bom uso dos computadores bem como da internet, para a realização da atividade.
- ( ) Não gostei, pois acho que atividades em laboratório com o uso das tecnologias não levam a aprender o conteúdo.
- ( ) Outros. Justifique:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
A seguir, descreveremos os resultados e as discussões que foram possíveis mediante os aspectos metodológicos utilizados.
3.1 Aplicação de questionário diagnóstico: o que é possível perceber mediante a análise do primeiro questionário?
Todos os estudantes da escola A responderam que possuíam acesso à internet e o principal local de acesso era em suas casas. Entre os 13 estudantes da escola B, 12 afirmavam que possuíam acesso à internet, sendo que geralmente tinham acesso em lan houses e celulares smartphones.
Os estudantes da escola B possuem particularidades, pois geralmente estudantes da EJA são descritos como mais velhos, que não tiveram a oportunidade de estudar na idade certa, ou que se casaram e tiveram filhos e ainda que são provindos de zona rural onde não haviam escolas. De acordo com Brasil (2006, p. 3):
Josué não foi à escola quando criança porque a família precisava da ajuda dele no cuidado com os animais: algumas galinhas, alguns porcos, dois cavalos e três vacas. Os irmãos mais velhos aprenderam a ler com uma professora que morava no povoado. Quando chegou a vez de Josué, a professora mudou de cidade e a escola mais próxima ficava muito longe. O irmão mais velho resolveu procurar trabalho numa cidade com mais recursos e foi para Itabuna. Josué, que na época tinha 14 anos, foi junto. Sem encontrar emprego, mudaram para Vitória da Conquista. Lá o irmão trabalha como pedreiro e, dependendo do serviço, leva Josué para ser ajudante. Perto de onde moram há uma escola que todas as noites enche de jovens. Josué se animou porque sentia na pele como é dura a vida de quem nem sabe ler. Ele é agora um aluno da EJA.
De acordo com Brasil (2006), estes estudantes não possuem acesso à internet ou quaisquer recursos tecnológicos, entretanto, percebemos que os estudantes desta modalidade de ensino da escola B são diferentes desta descrição. Já que além de serem mais jovens, muitos destes possuem aparelhos celulares da última geração.
Na segunda pergunta, 20 estudantes da escola A responderam que nunca tiveram a oportunidade de realizar atividades de biologia no laboratório de informática da escola. E apenas um já havia realizado alguma atividade no local.
Diante desta realidade, rever as práticas didáticas, inserindo o uso das TICs, é algo a ser considerado, pois na escola B, 11 estudantes afirmaram que nunca tiveram atividades no laboratório de informática da escola.
Na terceira pergunta, 18 estudantes da escola A responderam que nunca tinham ouvido falar de webquest e não sabiam o que era, enquanto apenas três estudantes já tinham ouvido falar, mas, nunca havia utilizado uma webquest. Em relação aos estudantes da escola B, apenas 1 estudante respondeu que já conhecia esta ferramenta e que a utilizou em casa, enquanto que, 12 alunos responderam que nunca tinham ouvido falar.
Quando perguntado se achavam possível aprender biologia utilizando de recursos da informática como a internet e justificar a resposta, todos os 21 alunos acreditam que é possível aprender utilizando a tecnologia. Algumas respostas a esta questão foram:
“Sim, porque na internet podemos encontrar de tudo, inclusive vídeo – aulas” (Estudante A, escola A, destaques nossos).
“Sim, pois a internet é um excelente meio de comunicação, possibilitando estudos, pesquisas e atividades envolvendo a biologia” (Estudante B, escola A, destaques nossos).
“Sim porque incentiva mais os alunos e também é aprendizado para nós” (Estudante C, escola A, destaque nosso).
“Sim, pois podemos assistir vídeo aulas pela internet, pesquisar a respeito dos assuntos, entre outros” (Estudante D, escola A).
“Sim, pois por meio da internet é possível acessar várias sites, blogs e páginas que podem nos ensinar várias coisas como assuntos, documentários, perguntas e até respostas pois a internet é a maior fonte de conhecimento do mundo.” (Estudante E, escola A, destaques nossos).
Essas respostas foram selecionadas porque em muitas delas percebermos o interesse do estudante frente ao uso das tecnologias e da internet nas aulas em busca de inovação por ser algo a ser utilizado diferente do que estão acostumados.
Com base nessas respostas, retomamos as ideias de Carlan (2009) e de Heerdt e Brandt (2008b) que afirmam que a internet nos permite acessar diversos conteúdos e páginas da web, além de ser um excelente instrumento de comunicação com o mundo todo, pois facilita os relacionamentos com pessoas de outros países de forma instantânea.
Quanto aos estudantes da escola B, ao serem indagados se era possível aprender biologia utilizando recursos da informática, como a internet, 11 deles responderam que sim e 2 disseram que não. Descrevemos algumas das respostas obtidas:
“Podemos sim! Por quê? Pela informática e pela internet podemos ver a imagem bem mais ampliada pela internet é como ver pessoalmente porque tem biologia em várias formas de explicação.” (Estudante A, escola B, destaques nossos).
“Porque é mais fácil e rápido de procurar o que nós precisamos hoje em dia.” (Estudante B, escola B, destaques nossos).
“Sim. Acho que seria muito bom uma aula prática, para fugir do cotidiano então seria muito legal.” (Estudante C, escola B, destaques nossos).
“Não, porque é uma coisa que tem que ser questionada.” (Estudante D, escola B, destaques nossos).
“Não porque a gente aprende na prática.” (Estudante E, escola B, destaques nossos).
Mesmo diante das respostas simples dadas à pergunta por alguns estudantes da escola B, ainda assim podemos indicar que eles acreditam que pela utilização das tecnologias, como a internet, a aprendizagem é facilitada, pois é como se o assunto se “aproximasse” do estudante, conforme declarado pelo estudante A. O estudante B expressa algo importante ao escrever que ao utilizá-las a aprendizagem se torna mais fácil. E serve também para “fugir do cotidiano” segundo o estudante C.
As respostas negativas foram interessantes, quando se reflete à luz do referencial teórico deste trabalho, pois como descrito ao longo do texto, as tecnologias no ambiente escolar são ainda questionadas, pois existem aspectos negativos relacionados ao mau uso ou ao mau planejamento, como expresso na escrita relata do estudante D.
No entendimento do estudante E, não é possível aprender com a utilização de recursos tecnológicos, pois se “aprende na prática”. Talvez esse estudante tenha essa percepção pois nunca teve uma aula em um laboratório de informática, ou que aprender na prática, refere-se à repetição de exercícios e aulas tradicionais em sala de aula, que fugir desta rotina não contribui com a aprendizagem.
A aplicação e a análise deste questionário foram muito importantes, pois possibilitaram o conhecimento sobre o que os estudantes acham do uso das tecnologias na escola, especialmente nas aulas de biologia. Além disto, contribuíram no planejamento e execução das atividades com a webquest.
3.2 Reflexões do uso da webquest com os estudantes das duas escolas públicas na cidade de Porto Velho/RO
Existe consenso entre os pesquisadores da importância de planejar quaisquer atividades pedagógicas, pois o planejamento conduz a uma boa qualidade da aula. Desta forma, devido ao planejamento do trabalho, e sua execução foi possível verificar que a webquest criada ficou compreensível para os estudantes, que desenvolveram a atividade proposta sem grandes dificuldades.
Com a aplicação do questionário inicial, foi possível conhecermos o perfil dos estudantes de ambas escolas, e, assim, fazer o planejamento da webquest, que além de ser uma peça fundamental para a criação dessa página virtual, foi necessário para que o conteúdo exposto possuísse uma linguagem mais próxima da realidade daqueles estudantes e dialogasse com eles, tornando-se de fácil compreensão.
Na escola A dos 36 computadores, como apenas nove estavam funcionando com acesso à internet e havia 21 estudantes na turma, eles foram direcionados a fazerem grupos com três pessoas para dividirem o mesmo computador. Já na escola B, havia 11 estudantes e todos puderam utilizar individualmente os computadores com acesso à internet, o que é ideal para a realização da atividade.
Ao iniciar esta atividade em ambas as instituições educacionais, foi aberto o site em que se encontrava a webquest nos computadores e direcionamos os estudantes a realizarem a leitura da do tópico “introdução”, seguida do tópico “tarefa” e assim sucessivamente, assim todos participaram da aula.
No tópico “processo” foi realizada a leitura coletiva para explicar detalhadamente os passos necessários a realização da tarefa. Neste tópico foi indicado ainda os sites são indicados, visando selecionar as informações da internet, sendo utilizados apenas links que direcionam o estudante aos locais específicos do conteúdo desejado e ainda, foram utilizados sites com a linguagem clara e adequada ao público alvo.
Este procedimento ocorreu seguindo as sugestões de Pereira e Mesquita (2012) e Carlan (2009), que afirmaram que pode facilitar a atividade, possibilitando ao estudante que não fique perdido na imensidão de sites e informações, conseguindo manter o foco e serem objetivos na pesquisa. Dessa forma, percebemos que a maioria dos textos produzidos pelos estudantes das escolas A e B na tarefa atendeu ao objetivo proposto.
Embora dada a recomendação para a elaboração desta pesquisa, ou seja, apenas consultar os sites indicados, percebemos que os estudantes de ambas as instituições educacionais apenas copiaram e colaram os trechos da internet no decorrer do texto. Afirmamos que essa é uma dificuldade em geral, e, por isso, os estudantes precisam ser ensinados a fazer pesquisa e não apenas copiar e colar um trecho, como explica Moran (2007, p. 3):
A variedade de informações sobre qualquer assunto, num primeiro momento, fascina, mas, ao mesmo tempo, traz inúmeros novos problemas: O que pesquisar? O que vale a pena acessar? Como avaliar o que tem valor e o que deve ser descartado? Essa facilidade costuma favorecer a preguiça do aluno, a busca do resultado pronto, fácil, imediato, chegando até à apropriação do texto do outro. Além da facilidade de “copiar e colar”, o aluno costuma ler só algumas frases mais importantes e algumas palavras selecionadas, dificilmente lê um texto completo.
Os estudantes da escola B possuíam algumas dificuldades ao manusear o computador. Percebemos isso devido ao número de vezes em que solicitaram para explicar como mexer para voltar na página anterior, entre outros. Já os estudantes da escola A não solicitaram instruções quanto ao manuseio. E em ambas as escolas, solicitaram explicações referentes a atividade.
Mediante reflexão e avaliação da experiência da execução da webquest, foi possível refletirmos e questionarmos o uso da internet em sala de aula, que o professor não é onipresente nas realizações desse tipo de atividade, ou seja, não está presente em todos os momentos ao lado do estudante para verificar se realmente está pesquisando nos sites sugeridos da webquest, embora ele os orientem sobre isso.
Assim, embora haja limitações em relação ao uso da webquest essa ferramenta pode ser utilizada como mediadora nos processos de ensino e de aprendizagem, desde que devidamente planejada e executada com compromisso pelos professores.
3.3 Aplicação de questionário avaliativo da webquest: o que é possível perceber mediante a análise do último questionário?
Ao finalizar a webquest os estudantes da escola B responderam a um segundo questionário, avaliando a atividade realizada usando o computador com acesso à internet e dando a opinião sobre ela. Todos, ou seja, 100% dos estudantes responderam que atividades utilizando as TICs e o laboratório de informática da escola e a webquest recursos pelo qual proporcionou o desenvolvimento de uma pesquisa, foi uma forma dinâmica e diferente do que estão acostumados, e o que os atraiu em busca do conhecimento.
Contrapondo os registros dos estudantes sobre o primeiro questionário, percebemos a mudança de opinião referente ao uso das tecnologias como computadores e internet no ensino de biologia, pois aqueles que antes disseram que não era possível aprender usando as TICs, disseram que estas podem sim auxiliar nos processos de ensino e de aprendizagem.
Abaixo, transcrevemos alguns escritos de estudantes das escolas A e B em relação ao questionário avaliativo:
“Bom, deveria ter mais vezes!” (Aluno F, escola B).
“Muito bom!” (Aluno G, escola B).
“Foi muito bom o uso dos computadores a aula foi proveitoso e atrativo.” (Aluno H, escola B).
“Bem dinâmica! Interessante.” (Aluno I, escola B).
“Achei bem interessante, poderia haver mais aulas no mesmo formato.” (Aluno J, escola B).
Julgamos que por mais que existam dificuldades, como o fato de não se aprofundarem nas pesquisas, os estudantes de forma geral demonstraram-se entusiasmados, e como Silva (2006) mencionou a webquest pode promover no estudante a motivação necessária para adquirir o conhecimento.
Com as TICs “quebramos” as paredes da sala de aula e da escola, integrando-a a comunidade que a cerca, a sociedade da informação e a outros espaços produtores de conhecimento. Ao usá-las aproximamos o objeto do estudo escolar da vida cotidiana (ALMEIDA, 2007).
Nos dias atuais a tecnologia tem tomado o cotidiano das pessoas, sendo que uns dos seus principais usuários são os estudantes. Portanto, a introdução das tecnologias no contexto escolar pode levar o estudante a utilizá-las a seu próprio favor, na construção de seu conhecimento.
A metodologia de pesquisa guiada utilizada pela webquest, procura organizar os recursos de maneira eficaz, e por isso pode auxiliar os estudantes a construir o conhecimento por meio do uso das tecnologias. O uso de computadores com acesso à internet e o uso desta metodologia, pode proporcionar autonomia e emancipação nos estudantes na reconstrução de seus saberes, e por isso, podem ser importantes catalizadores de uma mudança, porém, apenas o uso por si não é capaz de mudar a dinâmica da aula.
O ensino da Biologia pode ser potencializado pelo uso das Tecnologias de Informação e Comunicações (TICs), especialmente da webquest, uma vez que estes recursos podem contribuir para que as aulas sejam ilustrativas, mais dinâmicas e se aproximem mais do dia a dia dos estudantes, favorecendo que os estudantes assimilem e apropriem-se de alguns conceitos abstratos para eles.
Entretanto, destacamos que o planejamento e a execução de uma webquest traz ao professor, nas condições de tempo e de trabalho atuais, um desafio. Entretanto, o uso das TICs, especialmente da webquest, nos espaços escolares podem contribuir na autonomia dos estudantes na construção do conhecimento.
Contudo, o uso das TICs e desta ferramenta mediadora, não deve ser pensada como a solução para a educação e, especialmente, para o desinteresse dos estudantes frente aos conteúdos dados nas aulas, mas devem podem ser consideradas como ferramentas auxiliares e estimuladoras para os mesmos nos processos de ensino e de aprendizagem em busca do conhecimento.
ALMEIDA, Fernando José de. Interação de Tecnologias à Educação: novas formas de expressão do pensamento, produção escrita e leitura. In: ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini; VALENTE, José Armando. (Org.). Formação de Educadores a Distância e Integração de Mídias. São Paulo: Avercamp, 2007. p. 171 – 181.
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[*] Professora em Centro de formação técnica de Cacoal (CETEC). Graduada em licenciatura e bacharelado de Ciências Biológicas (2015) pela Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR).
[†] Professora da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e chefe do Departamento de Biologia, atuando na área de formação de professores em Ensino de Ciências e Biologia. Atualmente é Coordenadora do PIBID/Biologia, participa do Grupo de Pesquisa Laboratório de Ensino de Ciências (Educiência). Graduada em licenciatura e bacharelado no curso de Ciências Biológicas (2001) pela UNIR e mestra em Biologia Experimental (2005) pela UNIR.
[‡] Graduada em Pedagogia pela Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Campus de Ji-Paraná e mestra em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia – Mestrado (MAPSI) da UNIR, Campus de Porto Velho, e participante do Grupo Amazônico de Estudos e Pesquisas em Psicologia e Educação (GAEPPE) e Grupo de Pesquisa de Educação na Amazônia (GPEA).
[§] Informação disponível em <https://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico&sgl_tipo=POR&num_ato=00000522&seq_ato=000&vlr_ano=1997&sgl_orgao=MED>
00&vlr_ano=1997&sgl_orgao=MED> Acesso em: 31 out. 2014.
[**] Informação disponível em: < https://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico&sgl_tipo=DEC&num_ato=00006300&seq_ato=000&vlr_ano=2007&sgl_orgao=NI> Acesso em: 31 out. 2014.
[††] A webquest criada está disponível no site Zunal, por meio do seguinte link: <http://zunal.com/webquest.php?w=259980>. Acesso em: 01 out 2014.
Como publicar na Revista Virtual:
SILVA, Maryana Gabrielle Nogueira da; SOUZA, Leonir Santos de; OLIVEIRA, Anatália Daiane de. Experiências com o uso da webquest como ferramenta mediadora nos processos de ensino e de aprendizagem em biologia. P@rtes. xxxxx