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A obesidade e a influência das mídias sociais na adolescência

Ana Margarida Soares de Medeiros

A obesidade e a influência das mídias sociais na adolescência

Resumo

⃰Ana Margarida Soares de Medeiros – Professora da rede pública de ensino do Estado do Amapá. Graduado em Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade Federal da Paraíba. e -mail: anamargarida_pb@hotmail.com

Na Antiguidade, o ser humano usava de suas habilidades físicas para correr, andar, nadar e assim, além de buscar sua sobrevivência, ele divertia-se e ainda costumavam realizar torneios e brincadeiras, proporcionando a essas comunidades atividades físicas e lazer saudável. Hoje, com a modernidade e todas as facilidades que fazem parte da vida atual, as atividades físicas tornaram-se reduzidas, pouco interessantes para as populações juvenis, principalmente para aquelas que devido à melhoria das suas condições econômicas passaram a usufruir mais das tecnologias e mídias, reduzindo assim cada vez mais suas opções de lazer saudável. Isso aumenta os índices de sobrepeso e obesidade, que atinge toda a população brasileira, especificamente crianças e jovens.

Palavras-chave: educação física, obesidade, mídias sociais.

Abstract

In ancient times, humans used to use their physical skills for running, walking, swimming and so, in addition to seeking their survival, they also used to have fun and even perform tournaments and games, providing these communities physical activity and healthy leisure. Today, with modernity and all the facilities that are part of current life, physical activities have become small, unattractive for youth populations, especially for those who due to the improvement of their economic conditions began to enjoy more the technologies and media, which increasingly reduces their healthy recreational options. That increases the rates of overweight and obesity, which affects the entire Brazilian population, specifically children and youth.

Key words: Physical education, Obesity, Social media.

 

INTRODUÇÃO:

      Na antiguidade, nos primeiros povos o homem era, essencialmente, motivado ao movimento. A caça, a pesca, as perseguições sofridas por animais exigiam daqueles indivíduos que o movimento, a atividade física fosse necessária a todo instante e em qualquer atividade.

      Com o advento da Revolução Industrial e com ela a inserção, mesmo que gradativa, de novas tecnologias a serviço do homem, fez com que este se tornasse a cada dia mais sedentário, ou seja, que o homem reduzisse suas atividades físicas necessárias, em outrora, a sobrevivência.

      Hoje, não é mais necessário, por exemplo, correr longas distâncias atrás de uma presa ou mesmo andar léguas em busca de água limpa. Basta abrir a geladeira, solicitar compras de alimentos por internet ou telefone e tudo estará rapidamente disponibilizado.

      A vida moderna permite a todos os brasileiros, usufruir as mais diversas formas de lazer. E, entre elas está o uso das diversas tecnologias, como: computadores, telefones, e outras e com estas suas possibilidades de interação.

      No entanto, o excesso do uso destas tecnologias implica em redução das atividades físicas e perda de movimento corporal ou de atividades que o permitam e assim, criando-se novos grupos de sedentários. Infelizmente, nessa perspectiva de sedentarismo e provável elevação de peso, estão as crianças e adolescentes que se tornam um público facilmente atingido por não possuírem discernimento e capacidade de julgamento.

      O crescente aumento do número de crianças e jovens obesos vem preocupando a sociedade brasileira, por esses indivíduos usarem de forma exageradas as novas tecnologias, como: computadores, jogos e em especial as diversas redes sociais como Orkut, Facebook, Instagran e Whatsapp por meio da rede mundial de computadores á todo momento, permitindo assim o aumento de inúmeros casos de inatividade física entre as crianças e adolescentes.

      Esta situação se torna agravada quando se trata de crianças e adolescentes, pois estes indivíduos estão ainda em formação tanto física, social, mental, etc., e em alguns casos são incapazes de expressar julgamento ou compreender os perigos que os rodeiam, como o sobrepeso e a obesidade e com eles as doenças crônicas degenerativas como hipertensão e o Diabetes.  Além disso, as horas de inércia em frente a computadores, acessando as inúmeras redes sociais, em frente aos aparelhos de televisão, celulares, jogos eletrônicos e etc., agravam sobremaneira esta situação.

      No entanto, é inegável a importância das tecnologias na rotina de muitas famílias, como: a localização de pessoas de modo rápido, a redução de distâncias e até mesmo a formação intelectual de pessoas no mundo inteiro. O que se faz necessário é aprender a utilizar-se das ferramentas digitais e não serem usados pelas mesmas, ou seja, não permitir interferências pouco saudáveis na formação dos indivíduos.

      Quando se fala em formação integral do homem, a escola tem em seu papel e sua responsabilidade a informação, criação de oportunidades e de vivência de novas práticas, novos conceitos e de novos estilos de vida.

 

Referencial Teórico:

      Na antiguidade, nos primeiros povos o homem era, essencialmente, motivado ao movimento. A caça, a pesca, as perseguições sofridas por animais exigiam daqueles que o movimento, a atividade física fosse necessária a todo instante e em qualquer atividade.

      Com o advento da Revolução Industrial e com ela a inserção, mesmo que gradativa, de novas tecnologias a serviço do homem, fez com que este se tornasse a cada dia mais sedentário, ou seja, que o homem reduzisse suas atividades físicas necessárias, em outrora, a sobrevivência.

      Hoje, não é mais necessário, por exemplo, correr longas distâncias atrás de uma presa ou mesmo andar léguas em busca de água limpa. Basta abrir a geladeira, solicitar compras de alimentos por internet ou telefone e tudo estará rapidamente disponibilizado.

Segundo COURI, A tecnologia e o estilo de vida moderno conspiram a favor do sedentarismo … Pegamos o carro para percorrer poucos quarteirões… sempre damos preferência ao elevador…quase todo aparelho eletrônico oferece controle remoto. (COURI, 2011-p:84).

Esta situação se torna agravada quando se trata de crianças e adolescentes, pois estes indivíduos estão ainda em formação tanto física, social, mental, etc., e em alguns casos são incapazes de expressar julgamento ou compreender os perigos que os rodeiam, como o sobrepeso e a obesidade e com eles as doenças crônicas degenerativas como hipertensão e o Diabetes.

VERMELHO (2014), afirma que: (…) um dos públicos mais vulneráveis a adoção de hábitos nocivos à saúde é o jovem, em particular os adolescentes. Isso em função dos apelos mercadológicos para o consumo de produtos comestíveis industrializados, largamente ofertados em todos os espaços coletivos, e às vezes também doméstico.    ( p. 95).

E ainda, crianças e adolescentes possuem a tendência a omitir refeições ou ainda ingerir grandes quantidades de alimentos pouco nutritivos e muito calóricos baseados em comidas rápidas ( fast- food), aumentando em muito a chance de desenvolvimento de doenças degenerativas como a obesidade.

      De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia a obesidade

é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. E, o parâmetro utilizado é o do índice de massa corporal (IMC), que é calculado dividindo-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. É o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que identifica o peso normal quando o resultado do cálculo do IMC está entre 18,5 e 24,9. Para ser considerado obeso, o IMC deve estar acima de 30.( www.endocrino.org.br/o-que-e-obesidade).

      Além disso, as horas de inércia em frente a computadores, acessando as inúmeras redes sociais, em frente aos aparelhos de televisão, celulares, jogos eletrônicos e etc., agravam sobremaneira esta situação.

      PARISI (2009,p.164), afirma que de acordo com o Ibope, o tempo médio de crianças e adolescentes em frente a aparelhos de televisão é de 3,5 horas, entre os brasileiros. O que permite a esses o aumento considerável de horas de inatividade, contribuindo para o agravamento nas taxas de morbidade e doenças crônicas pela redução de momentos de práticas esportivas e de atividades físicas e o aumento no consumo de alimentos calóricos e pouco nutritivos.

      É importante observar também que o estilo de vida das famílias brasileiras tem-se modificado a cada década. Hoje, as crianças e adolescentes são inseridas no mundo virtual muito precocemente desde os pequenos jogos eletrônicos, celulares onde se é possível obter diversas funções e assim passou-se a ter uma vida real e uma vida “virtual” com amigos e encontros.

      VERMELHO (2014,p.95) afirma que As redes sociais digitais potencializam a manutenção e expansão dos laços sociais, além de ajudar a visualizar s redes de relacionamento da qual cada sujeito faz parte.”   No entanto, é inegável a importância das tecnologias na rotina de muitas famílias, como: a localização de pessoas de modo rápido, a redução de distâncias e até mesmo a formação intelectual de pessoas no mundo inteiro. O que se faz necessário é aprender a utilizar-se das ferramentas digitais e não serem usados pelas mesmas, ou seja, não permitir interferências pouco saudáveis na formação dos indivíduos.

      Quando se fala em formação integral do homem, a escola tem em seu papel e sua responsabilidade a informação, criação de oportunidades e de vivência de novas práticas, novos conceitos e de novos estilos de vida.

      Além disso, o ambiente escolar é favorável á disponibilização de medidas preventivas e que visem á melhoria da qualidade de vida dos que fazem parte deste universo. E, segundo BEZERRA (2011) “ (…) Hoje temos uma infinidade de mídias sociais e novos canais de comunicação, como twitter, blogs, a comunicação via operadoras de celulares, por web tv, etc.”. Esses canais, nos fornecem oportunidades de interação e conhecimento.

      Nessa perspectiva de prevenção, o Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação, lançou em 2008 o Programa Saúde na Escola (PSE) que tem como objetivo a promoção de ações voltadas para a saúde, estimulando a alimentação saudável, práticas corporais e atividades físicas. A prevenção ao uso de cigarros e bebidas alcoólicas e da violência no cotidiano escolar. (MEC, 2011)

      Dessa forma, a escola e, principalmente, a Educação Física Escolar precisa fazer parte dessas medidas de prevenção, pois de acordo com o CONFEF (2011-p: 6).:

A atividade física representa, portanto uma arma eficaz para a promoção da saúde uma vez que o aumento da atividade física tende a reduzir 1/3 os casos de doenças arteriais e coronarianas, bem como para o controle dos fatores de risco e um poderoso caminho para a melhoria da qualidade de vida.

Qualidade de vida tão almejada por aqueles que já se encontram com tais problemas de saúde e com evidente aumento de peso. Além disso, prover de forma considerável a redução da inatividade física por parte destes de modo a realizarem atividades atrativas e interessantes.

 

Considerações finais:

      Na antiguidade, o homem necessitava, para alimentar-se a caça, a pesca, o atirar pedras ou até o subir em árvores. No entanto, com as inovações tecnológicas e a vida moderna toda a tecnologia que o cerca induz a falta de movimento pela facilidade imposta. E, nessa perspectiva as crianças e adolescentes vivem uma crescente inatividade física associada ao aumento de peso pela inadequada fonte de caloria e pela falta regular de uma atividade física. Esta condição poderá tornar-se patológica causando a obesidade infanto-juvenil que associada a diversas patologias cardiovasculares, motoras e metabólicas irão interferir de sobremaneira no desenvolvimento motor destes.

Assim, é premente que haja uma adequação entre atividades físicas e as tecnologias como videogames, smartphones, computadores e as horas de assistência aos aparelhos de televisão. É preciso que haja bom senso pois não se poderá ficar a margem da evolução tecnológica e nesse momento a escola tem papel fundamental pois é nela onde esse descontrole poderá ser reduzido com o incentivo as praticas corporais, as corretas informações sobre alimentação e valores nutricionais além dos riscos a saúde física e mental do excesso de horas de uso das mídias sociais e suas tecnologias.

 

Como citar este artigo:

MEDEIROS, Ana Margarida Soares de. A obesidade e a influência das mídias sociais na adolescência. Revista Virtual P@rtes, São Paulo, p. xx-xx, Março de 2015. Disponível em: <www.partes.com.br>. Acesso em:

REFERÊNCIAS:

BEZERRA, Jonathan Cesar Farias; SOUZA, Rafaela Almeida de; SILVA, Renan Marcel Santos da; CARDOZO, Sara Naftali; FERNANDEZ, Andrea Ferraz. Novas mídias e nutrição: uma proposta de intervenção na sociedade, Mato Grosso, XVIII Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação. P. 3, 2011.

BRASIL, Programa Saúde na Escola. Plano de Ações estratégicas de Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis. Ministério da Saúde. Acesso dia 08 de Novembro de 2011;

CONDE, W.L.; MONTEIRO, C.A. Valores críticos do índice de massa corporal para classificação do estado nutricional de crianças e adolescentes brasileiros. J Pediatria. 2006.

CONFEF, Carta Brasileira de Prevenção Integrada na Área de Saúde na Perspectiva da Educação Física – CONFEF. Rio de Janeiro, 2011.

COURI, Carlos Eduardo Barra. O Futuro do Diabete. São Paulo Editora Abril,2011.

PARISI, Lucas de Castro Horta. Resenha: Dois Estudos Sobre a Obesidade. Diálogo & antítese: Revista de Religião e Transdisciplinaridade, Vol. 1, n. 1, 2009.

VERMELHO, Sônia Cristina Soares Dias; VELHO, Ana Paula Machado; BONKOVOSKI, Amanda Karine; PIROLA, Alison Roberto. Redes Sociais Digitais e a Promoção da Saúde do Jovem. Informática na educação: teoria e pratica, Porto Alegre, V.17, n.1, p. 91-110, Jan/Jun. 2014.

O que é Obesidade? Disponível em: http://www.endocrino.org.br/o-que-e-obesidade. Acesso em 08/03/2015

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