A busca pela autoavaliação no exercício da prática docente: A formação continuada em Geografia no curso de Aperfeiçoamento Docente em EaD Para o Exercício de Tutoria
Ricardo Santos de Almeida*[1]
Resumo: Este ensaio acadêmico tem como o intuito socializar o processo autoavaliativo fomentado durante o curso de Aperfeiçoamento Docente em EaD Para o Exercício de Tutoria que tem como objetivo principal aprofundar as discussões referentes ao papel do profissional docente que atua em cursos da modalidade a distância na Universidade Federal de Alagoas. Neste sentido, perpassa-se em uma discussão crítica destacando-se referenciais teóricos que se debruçam discutir a importância dos percursos de avaliação da aprendizagem.
Abstract: This academic essay is the order socializes autoavaliativo process fostered during the course of Aperfeiçoamento Docente em EaD Para o Exercício de Tutoria that aims to deepen the discussions on the role of teacher professional acting courses in the distance mode in Universidade Federal de Alagoas. In this sense, it permeates in a critical discussion emphasizing theoretical frameworks that focus discusses the importance of pathways of learning evaluation.
Introdução
Com o intuito de por em discussão a experiência didático-pedagógica desenvolvida no curso Aperfeiçoamento em Docente em EAD para exercício da Tutoria, põe-se em discussão o modo como é realizada a avaliação no contexto educacional na modalidade a distância. Nessa perspectiva corroboramos com Souza (2010, p. 3.) ao nos esclarecer sobre alguns apontamentos metodológicos que devem ser desenvolvidos ao longo do processo avaliativo no contexto da modalidade a distância que vai ao encontro de nossa pesquisa acadêmica potencializando ainda mais nossa produção gênero textual artigo.
Os apontamentos sobre o ato avaliativo se versam a partir da compreensão sobre quais os referenciais teóricos adequados ao contexto socioeducativo adequados à modalidade a distância, se existem pesquisadores que podem contribuir com pesquisas ou estudos já realizados que sejam afins ao que o pesquisador se propõe estudar. Além disso, deve-se ter em si um norteamento metodológico que busque fortalecer ainda mais o que se propõe discutir inviabilizando confusões na leitura desenvolvida, afinal, o artigo acadêmico-científico desenvolvido pelo autor não é escrito apenas para si, do mesmo modo que outras produções textuais e visuais na modalidade a distância.
Compreende-se este processo como um modo de exteriorizar o que se aprendeu ao longo de uma pesquisa. Para tal, devemos manter enquanto estrutura as seguintes prerrogativas: A busca pela reafirmação da identidade do autor enquanto sujeito pesquisador ao longo da pesquisa, eleva-se em sua análise o que foi pesquisado, buscando essencialmente não estarem exposto suas compreensões intrínsecas, pois tudo deve partir de uma teoria e de um método.
Como avaliar? Quais as intencionalidades deste processo?
Com o intuito de discutir o conceito sobre Avaliação Processual no Contexto do Ensino-Aprendizado a autora discorre em sua análise que esta deve ser objetiva contemplando conteúdos não dissociados à realidade dos estudantes, professores e comunidade acadêmica/escolar, pois são indivíduos essenciais para a continuidade de todo o processo de ensino e aprendizagem.
Por meio dessa conceitualização identifica três caminhos ou modalidades que nós na prática docente poderemos seguir: avaliando somativamente, ou avaliando com o intuito de diagnosticar quantitativista. Ao destacar a avaliação diagnóstica tem como base uma contínua investigação sobre a prática docente, ou seja, no que for levantado o docente desenvolverá estratégias de ensino e aprendizagem que revigorem a qualidade do ensino e aprendizado tanto para o aluno e para si próprio. Além desses dois caminhos destacamos a avaliação formativa enquanto um ato contínuo reflexivo sobre todo o processo de ensino e aprendizado.
Na prática, aborda a avaliação somativa enquanto caminho quantitativista para identificar como o aluno está aprendendo. Neste sentido, temos a prova enquanto uma das mais populares estratégias para identificar o desempenho do aluno.
Na explanação sobre a avaliação diagnóstica destaca que o professor tem como principal norteamento a prática do planejamento e neste inclusas as suas ações e o que se espera que o aluno aprenda/apreenda. Sendo assim, o ensino e aprendizagem dependerão constantemente da prática da observação e análise sobre como os conteúdos e o modo que estes são aplicados são compreendidos pelos alunos. Neste sentido, destaca que o professor centra suas ações principalmente no aluno tendo como objetivos específicos a compreensão sobre a capacidade de aprendizado levando em consideração quem estes são, onde eles vivem e quais as suas expectativas, bem como suas habilidades, valorizando todo o processo sócio-cognitivo para desenvolver estratégias capazes de desenvolver ainda mais o aluno.
Ao abordar a avaliação formativa Souza (2010, p. 3) destaca que esta se dá de modo continuo e não há centralidade no professor ou aluno. Na prática, são desenvolvidas propostas pedagógicas com o intuito de integrar por parte do professor a compreensão sobre a proposta curricular, bem como as estratégias que serão adotadas de modo a estar numa contínua atualização, pois o aluno neste caso deve ser compreendido a partir de seu desenvolvimento sócio-cognitivo valorizando suas habilidades e competências. Neste sentido, compreende-se enquanto estratégias a utilização de velhas/novas tecnologias que podem potencializar ainda mais a compreensão sobre o assunto pré-determinado pelo currículo escolar/universitário avaliando continuamente o que se está ensinando-aprendendo. No caso da avaliação formativa percebe-se que todos os indivíduos nele participante aprendem e apreendem de modo melhor, pois há uma continuidade no que se refere à compreensão da práxis educacional.
Neste caso, Souza (2010, p. 3) ainda destaca que serão adotadas as seguintes premissas: deveremos delimitar nosso objeto de estudo compreendendo que ele deve ter um embasamento teórico e metodológico, que de modo delimitado, ou seja, com um foco de estudo, possa trazer reflexões sobre nossas práticas didático-pedagógicas no exercício de nossas atribuições na tutoria. Neste caso, fica bem claro que melhor ser mais específico e objetivo no que se propõe discutir melhor para o leitor. Sendo assim, é essencial que sejam mantidas a fidelidade ao que se propõe analisar de modo objetivo, coeso e original. É notável e compreensível que existem discussões sobre o modo como se dá a socialização dos conhecimentos pesquisados, por isso devemos ter a clareza sobre o que estamos escrevendo e saber principalmente como escrever, pois não há escrita de um artigo acadêmico-científico sem pesquisa.
Ao desenvolver uma crítica sobre a avaliação excludente (quantitativista/somativa) fomentada pelos processos classificativos os autores destacam que é a partir do momento em que se planeja adequando-se as atividades ao fácil entendimento sobre um determinado assunto/tema que professor e aluno conseguem êxito no objetivo que se deseja alcançar: um processo de ensino e aprendizagem que requer altíssima qualidade.
Como temos de seguir um currículo/ementário temos de ter os conhecimentos norteadores como base principal para pensarmos as estratégias adotadas. Na prática o que chamamos atenção é que para utilizarmos esses mecanismos de avaliação devemos ter como base um planejamento estratégico pedagógico que contemple as possibilidades que surgirão com base em uma reflexão contínua de nossas ações e das ações desenvolvidas pelos alunos e estas respondendo como reflexo de nossos atos enquanto educadores/docentes.
Os quadros disponibilizados para a prática do planejamento didático-pedagógico bem como o processo avaliativo são de fundamental importância, pois nos permite uma série de esclarecimentos e norteamentos sobre a utilização adequada de cada formato para atividade.
Mas cabe ao tutor associado ao professor colaborar e apontar ao professor possibilidades de utilização de novas estratégias. É sempre bom ousar e dar sugestões. Sei que existem professores e professores. Valorizo aqueles que são abertos a novas possibilidades. Estes sem dúvidas são essencialmente educadores acima de tudo e não apenas estão focados no ato do ensinar pelo ensinar. Indivíduos assim merecem a nossa valorização.
Acredita-se que o tutor não é apenas aquele indivíduo que tem como único papel a avaliação dos alunos, mas acreditamos que temos de nos posicionar de modo mais coerente. A partir do momento em que nos entregamos em prol da valorização e consolidação do sucesso de um curso de nível superior através de nossas posturas conseguimos dar novas feições a nossas ações a também no processo de ensino e aprendizagem teremos frutos com mais qualidade.
Acredita-se que as mais interessantes ferramentas utilizadas como panos de fundo das atividades não desconsiderando as outras sugestões de Souza (2010, p. 5) são: fórum, portfólio, memorial e mapa conceitual, pois na prática estes vão externalizar o que, como, onde o aluno aprende identificando-se suas limitações, potencialidades, ou seja, é uma construção com base na desconstrução de todo um processo de ensino e aprendizagem valorizando todos os indivíduos nele inclusos.
Algo que deve ser ressaltado é que ao utilizarmos os fóruns conseguimos externalizar mais nossa compreensão e dialogar com outras pessoas identificando que existem outros horizontes de pensamento. Muitos são tímidos e numa sala de aula o diálogo é muito pouco, no EaD enquanto ferramenta assíncrona nos viabiliza uma série de problematizações e conversações envolvendo sempre uma temática vinculada a proposta curricular que deve ser amplamente contemplada.
No que se refere a função da avaliação complementa-se o ideário de que o desenvolvimento intelectual decorre de um constante estimulo ao longo do processo de ensino e aprendizagem e deve estar associado as práticas de observação sobre como o aluno está adquirindo conhecimentos, logo, a avaliação não deve ser para classificar, mas sim buscar compreender se de fato o conhecimento foi adquirido e principalmente compreendido pelo aluno. Na prática, têm-se a avaliação formativa como aquela que ocorre ao longo de todo o processo de ensino e aprendizagem. Apontam ser este tipo avaliativo o mais eficaz principalmente por tornarem reflexivas as práticas docentes e discentes.
Fernandes et al (2007, p. 20) destaca por meio da problematização a discussão sobre a Avaliação Formativa. São analisadas neste contexto as especificidades encontradas no processo de ensino e aprendizagem. Estas especificidades são compreendidas por meio da ruptura das relações professor-aluno tal como comumente encontramos, ou seja, o desenvolvimento de ações pautadas no contextualismo de ambas as partes desenvolvendo os conhecimentos sobre um determinado assunto.
Diante das relações complexas envolvendo o ensino e aprendizagem é destacada o reconhecimento de que cada ser humano aprende de um jeito, e neste também incidem a discussão sobre as faixas etárias não ignorando as relações entre sujeito e ambiente vivido.
A partir do momento em que se identifica o público alvo se consegue desenvolver com mais facilidade norteamentos para o desenvolvimento de estratégias avaliativas que permitam ao aluno melhorar a qualidade de seu aprendizado. É por meio da identificação destes alunos que valorizamos o que por ele foi aprendido não desconsiderando o que este já tem consigo por meio das experiências adquiridas ao longo dos anos.
No que se refere a atuação do professor, que terá aulas mais satisfatórias e revigorantes, no exercício pleno de sua licenciatura destaca-se a importância do desenvolvimento de ações continuas para que os alunos prossigam em seus estudos, e tudo isso deve levar em consideração o currículo disciplinar buscando professor e aluno a contínua autoavaliação do que é desenvolvido ao longo das aulas.
Sendo assim, desenvolve-se a proposta de uma avaliação que leve em consideração aspectos processuais enfatizando a importância da constante atualização docente no que se refere a correlação dos aspectos sociais que envolvem os alunos na comunidade escolar, buscando a compreensão de quem são estes alunos, ou seja, aprendizagem e avaliação devem estar diretamente relacionadas.
A disciplina Avaliação da Aprendizagem e a prática para além do discurso
Acredita-se que a disciplina teve como intuito contemplar norteamentos que viabilizem a busca incessante pela nossa valorização em todos os âmbitos no processo de ensino e aprendizagem. Neste sentido, nos contemplou a reflexões sobre o modo como avaliamos, seja na nossa prática cotidiana de sala de aula presencial, seja na tutoria a distância.
Enquanto enredo programático acredita-se que a disciplina seguiu todo o planejamento proposto embora considere o tempo bastante reduzido para conteúdos de tamanha importância reflexiva e ativa na nossa formação continuada. Na prática analiso que nos foi em primeiro lugar mostrada as concepções teóricas e os conceitos por meio de textos e mapas conceituais e foi por meio das estratégias metodológicas adotadas priorizando o envio de arquivos e fóruns que nos foi fomentada a (re)construção de nossas ideias e reflexões sobre nossa prática docente. Neste sentido, acredito que a professora e o tutor adotaram o modo avaliativo formativo.
Acredita-se que as instituições de ensino, não apenas superior, devem se adequar a novos contextos e novas lógicas tecnológicas. Igualmente, atento para o modo como tudo isto é utilizado para o ensino e aprendizagem, a exemplo do conteúdo do vídeo exporto que nos possibilita refletir e dialogar sobre a utilização da Tecnologia da Informação e da Comunicação que tende a nos auxiliar em nossas práticas Metodológicas principalmente no âmbito da tutoria.
A compreensão sobre a importância sobre os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) e de nossa função de professor viabilizam através do discurso do aluno a nossa própria formação, mesmo já diplomados, pois a partir do momento em que se têm uma provocação promove-se a prática do diálogo e da valorização da subjetividade embasada por um referencial teórico. Afinal, a cada nova dúvida de aluno aprendemos cada vez mais, principalmente por identificarmos que existem novos horizontes de compreensão e entendimento, e digito isto também com relação a supervisão de nossas ações pelos docentes da disciplina.
É através do ambiente virtual que podemos desenvolver novas estratégias de discussão, tal como esta que tem como o intuito contribuir significativamente para o entendimento de nossa importância, bem como conhecer profissionais de outras áreas e juntos contribuirmos significativamente para um melhor desenvolvimento profissional e intelectual. Além disso, destaco que neste fórum percebi uma coisa: Além do tema maior de destaque nos perpassamos por novas discussões, tais como sugestões de novas leituras, indicações de sites e blogs que nos direciona a compreendermos outros espaços onde também podem ser desenvolvidas ações educacionais.
O Ambiente Virtual de Aprendizagem é essencial para a aplicação de nossas atividades no contexto da Educação a Distância, pois se não incluirmos em nosso planejamento de ação disponibilizado por meio dos planos de tutorias dificilmente executaremos nossas atividades. Incluo nesta discussão o modo como são realizadas nossas correções principalmente no tipo de atividade tarefa ou conhecida popularmente como área de envio de arquivos digitalizados, pois ao utilizarmos a página disponível de visualização das atividades desenvolvidas pelos alunos existem ferramentas que nos direciona a realizar comentários e contribuirmos significativamente para que o aluno aprenda e apreenda novos conteúdos.
Destaca-se no âmbito das discussões a importância do Portal do Professor que nos disponibiliza oportunidade de desenvolver novas estratégias de ensino e aprendizagem e socializá-las, bem como encontrar disponível para o ensino presencial e virtual atividades, que independente da modalidade de ensino podem ser adequadas e adaptadas. Uma das especificidades, pelo menos no curso Geografia Licenciatura EaD é que os tutores tem a liberdade de sugerir aos professores novas experiências e tem diálogo aberto não se restringindo apenas às reuniões existentes para a apresentação do plano de tutoria.
Será que ainda temos em nossas ações práticas tradicionais mesmo no ambiente virtual?
Silva (2014, p. 4) sugere pertinentes reflexões sobre as nossas práticas educacionais, seja no ensino presencial ou a distância. Um fato interessante sobre o docente da educação a distância é que: embora fisicamente ele não esteja presente não há como ele faltar com seu compromisso (tudo fica registrado, todos os passos mesmo), principalmente na esfera institucional das universidades públicas estaduais ou federais proporcionando ao aluno, caso queira aproveitar a oportunidade se deleitar com discussões mais presentes e calorosas.
O que nos chama atenção é a dita polidocência característica da Educação a Distância. Esta polidocência em minha interpretação trata-se de novos horizontes e posturas diferenciadas que o docente deve ter desde o planejamento a prática de seus planos de aula.
Embora tratemos de modo genérico nos chamo atenção para o seguinte discurso: Tutor é tutor e professor é professor, os autores deveriam especificar mais isso no texto, embora ambos na prática sejam professores cada qual com uma função específica. Aliás, deveriam reduzir essa questão cartesiana, considerando que os dois têm papeis relevantes e são interdependentes.
Outro ponto interessante são os questionamentos que os autores destacam na página 4: O docente que atua na EaD é o mesmo que atua na educação presencial? Há discrepâncias entre os perfis prescrito e real dos docentes-virtuais? Que saberes e competências são adquiridos pelo docente ao longo de sua experiência pedagógica na EaD? De que forma os docentes virtuais percebem as transformações que a sua prática pedagógica sofreu ao longo de sua experiência na EaD?
Primeiro: Cada caso deve ser estudado analisando-se as conjunturas existentes no âmbito da docência no ensino superior em EaD, pode ser que atue tanto na EaD como no ensino presencial.
Segundo: Acredito que na EaD o professor pode usar e abusar das ferramentas, mídias e recursos contanto que saiba onde e como utilizá-las com o único intuito de proporcionar um melhor ensino e aprendizagem. Antes de pensarmos as interfaces mais interessantes devemos pensar que temos conteúdos que devem ser ressistematizados para utilizá-las. Usar por usar é cair no mesmo erro mostrado no vídeo Tecnologias ou Metodologias.
Terceiro: Bobo daquele que não sabe aproveitar a experiência em EaD e acredita ser mais um meio de se conseguir dinheiro esquecendo-se do verdadeiro meio e fim: a busca por uma educação com qualidade proporcionando também para si a continuidade de sua formação acadêmica. É preciso que todos tomem conhecimento e percebam que Educação a Distância não é um bico, mas sim compromisso com a sociedade.
Cabe ao professor saber utilizar as tecnologias da informação e comunicação a seu favor. Existem tantos sites interessantes como suporte ao desenvolvimento das aulas, e até mesmo para os tutores desenvolverem melhor suas atribuições sugerindo aos alunos novos caminhos interpretativos para dialogar em debates ou tarefas, por exemplo.
O que dizer da construção de texto coletivo? Acho fundamental, algo que dificilmente ocorreria no ensino presencial.
O referido artigo tem como intuito abordar as principais ferramentas, mídias e recursos disponíveis no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA). Contribui significativamente por nos deixar claro como utiilizá-los de modo adequado, principalmente ao abordar as atribuições de cada uma das funções exercidas por nós tutores no processo de ensino e aprendizagem, especificamente na plataforma Moodle.
Rompe -se com a ideia reducionista de gêneros estritamente digitais, mas enfatiza que este deve ser repensado no sentido que englobe inúmeras linguagens e gêneros em um mesmo lócus fomentando por meio de interfaces digitais a socialização de conhecimentos de variados gêneros textuais, por exemplo, valorizando conteúdos audiovisuais e escritos, ou seja, pressupõe que nossas práticas nos reafirmam enquanto adeptos aos intergêneros e torna o AVEA ambiente lócus da prática dos hipergêneros.
No que se referem ao favorecimento das práticas de linguagem a autora enfatiza que ao utilizarmos os gêneros digitais devemos estar atentos ao que é proposto. Sugere a ruptura da ideia do ensino a distância como percurso solitário em que os alunos estudam sozinhos e estão isolados em si. Ao abordar a prática didático-pedagógica nos AVEAS nos chama atenção a utilização e estímulo aos processos síncrônicos e assíncrônos justamente com o intuito de romper este ideário que ainda tem em si profissionais que ainda não participou desta modalidade de ensino.
Considerações Finais
Os materiais disponibilizados são de salutar reflexão, pois nos potencializa a olhares didático-pedagógicos horizontais desmistificando e desengessando muitas das práticas comuns na prática docente. Acredito que também a partir desta reflexão podemos adaptar ao ensino presencial algumas destas atividades tendo como plano escalar micro o currículo/ementário e o conteúdo proposto à aplicação.
Acredito que por me permitir aprender mais busquei contemplar as atividades propostas a partir da autocompreensão de minhas ações desenvolvidas na tutoria com ênfase nos textos, mapa conceitual e vídeo socializado pela docente. Neste sentido, destaca-se a atuação permanente do tutor da turma fomentando a interação, discussão e principalmente a intermediação no que se referem a disponibilização e a condução de todas as atividades demonstrando essencialmente que na Educação a Distância a colaboração entre tutor-docente-discentes deve ser permanente na busca pela qualidade.
Conclui-se que a partir desta proposta de narrativa memorial nos é permitida a autoavaliação, pois nesta temos mais vigor à continuidade dessa formação acadêmica adotando um posicionamento mais crítico e coerente as nossas vivências na tutoria e docência.
Referências
FERNANDES, Claudia de Oliveira; FREITAS, Luiz Carlos. Currículo e Avaliação. In.: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Indagações sobre o Currículo: Currículo e Avaliação. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. 44 p. Disponível em: <http://extensao.ead.ufal.br/pluginfile.php/9643/mod_resource/content/1/curriculo%20e%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20%281%29.pdf>. Acesso em: 08 jun. 2014.
FREITAS, Maria Auxiliadora Silva. Avaliação processual no contexto do ensino-aprendizagem. In.: 2014.1 – APERFEIÇOAMENTO DOCENTE EM EAD PARA O EXERCÍCIO DE TUTORIA. Mapa Conceitual. Maceió: Universidade Federal de Alagoas, 2014. Disponível em: <http://extensao.ead.ufal.br/pluginfile.php/9645/mod_resource/content/1/Mapa%20conceitual.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2014.
LORDÊLO, José Albertino; ROSA, Dora Leal; SANTANA, Lisa de Almeida. Avaliação processual da aprendizagem e regulação pedagógica no Brasil: implicações no cotidiano docente. Revista entreideias: Educação, cultura e sociedade, América do Norte, n. 17, ago. 2010. p. 16-18. Disponível em: <http://www.portalseer.ufba.br/index.php/entreideias/article/view/4555>. Acesso em: 08 jun. 2014.
SILVA, Ivanderson Pereira. Refletindo sobre os Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Disponível em: <http://extensao.ead.ufal.br/mod/resource/view.php?id=2763>. Acesso em: 08 jun. 2014.
YOUTUBE. Programa Salto para o Futuro. Disponível em: <http://extensao.ead.ufal.br/mod/url/view.php?id=3025>. Acesso em: 08 jun. 2014.
*Professor do curso Geografia Licenciatura EaD na Universidade Aberta do Brasil/Universidade Federal de Alagoas. Professor do curso Administração Pública na Universidade Estadual de Alagoas. Mestrando em Geografia na Universidade Federal de Sergipe. Contato: ricardosantosal@gmail.com [1]