Um time centenário com vigor e repleto de glórias não é para qualquer um
Uma história que começou num pequeno anúncio de jornal
Naquela noite foi criado o Santos Foot Ball Club:
“Para se tratar de fundação de um clube de futebol, queira V. S. comparecer, no dia 12, às 20 horas, ao salão do Clube Concórdia, à Rua do Rosário, n. 10, Santos, 5 de abril de 1012.”
A mensagem foi enviada pelo correio por Raymundo Marques, Mario Ferraz de Campos e Argemiro de Souza Junior destinada a estudantes e comerciários como eles. Estava dado o passo inicial para o futuro Santos F.C., que nasceu tricolor (branco, azul e amarelo) mas alvinegro se criou logo em seguida, raças à sugestão de Paul Peluccio que definiu-se pelo calção branco e camisa listrada em branco e preto como primeiro uniforme, e o todo branco como segundo. O primeiro presidente foi Sizino Patusca pai de Ary, Ararê e Araken Patusca (um dos maiores craques da época)
Marcio Sene
POR QUE SOU TORCEDOR DO SANTOS F.C:
Quando criança, nos meus nove anos de idade, sem muito entender de futebol, mas já apaixonado por ele, e bom com a bola nos pés, alguém me levou a Vila mais famosa do mundo, não me lembro exatamente o resultado do jogo, mas com certeza ganhamos, não foi o futebol apresentado pelo Santos que naquele momento me encantou, claro que depois só encanto, inclusive hoje, naquele dia saí da pequena grande Vila Belmiro (Urbano Caldeira) embriagado de encanto (naquela época só de encanto mesmo) pelo manto sagrado do Santos, quando o time entrou em campo parecia onze noivas entrando na igreja, todinhas de branco, no dia seguinte comprei uma camisa daquela, e comecei fantasticamente a torcer.
TORCER PARA O ALVINEGRO PRAIANO É UM ORGULHO, NÃO É PARA TODOS:
Ser Santista é: poder ir a praia depois de assistir ao espetáculo do santos na vila
Ser Santista é: Ser Bi campeão mundial de verdade, e não torneio de verão
Ser Santista é: Já ter os dois melhores jogador do mundo, o do passado e o do presente, e já formando o do futuro
Ser Santista é: ter a praia como vizinha
Ser Santista é: ter a torcida de qualidade e não de quantidade
Ser Santista é : ter o poder de parar uma guerra para ver o santos jogar
Ser Santista é: Eu posso bater no peito e gritar bem alto eu tenho orgulho de ser santista, enquanto outros, resta bater palmas.
Antonio Carlos Coelho
Nascido em 1958, ainda criança morando no Guarujá, muito próximo a Santos, acompanhava nos jornais as notícias do Peixe parando guerra, goleando na Vila, no Pacaembu, Maracanã, em excursões internacionais, a influência que o sucesso de Zito, Pepe, Gilmar, Ramos Delgado, Carlos Alberto, Coutinho, e Pelé foram determinantes.
Depois, Clodoaldo, Claudio, Edu, Kaneco, Toninho Guerreiro, Manoel Maria, Lima, Pita, Ailton Lira, João Paulo, Rubens Feijão, Nilton Batata, Diego & Robinho com Renato e Fabio Costa se encarregaram de manter esta tradição e o encanto pelo SANTOS.
Nem todos podem torcer por um time que se renova automaticamente todos os anos sempre com sucesso. A Vila produz encantadores de torcidas. E não são apenas o Neymar e PH Ganso que encantam. As pratas da casa surgem todos os anos mantendo o nosso apego ao PEIXE. Gustavo Henrique, Leandrinho e Gabriel, representam uma nova safra do único time com mais de 12.000 gols em sua história. O apego ao gol, a necessidade de marcar gols é mais que o objetivo do jogo, é a sina do PEIXE.
Treinadores retranqueiros não são bem vindos. Os que chegam logo se adaptam à nova realidade ou vão embora. Para o SANTOS, a melhor defesa ainda é o ataque.
E olha que sempre tivemos os melhores goleiros do mundo. Com a nossa camisa desfilaram Gilmar, Cejas, Rodolfo Rodrigues, Zetti, Fabio Costa e mais recentemente Rafael.
Por tudo isso e outros motivos mais, NASCER, VIVER E NO SANTOS MORRER É UM ORGULHO QUE NEM TODOS PODEM TER.
Cláudio Novaes Pinto Coelho
Quando comecei a me interessar por futebol, na primeira metade da década de 1960, o Santos tinha o melhor time do mundo de todos os tempos, com o ataque formado por Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Eu assistia ao jogos do Santos pela televisão, especialmente a TV Record. Na época, a TV transmitia os melhores jogos, então passava muito jogo do Santos. Sempre gostei de futebol bonito e ofensivo, só poderia ser torcedor do Santos.
Santos campeão paulista!
Data-Hora: 9/4/2006, às 16h.
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos (SP).
Público e renda: 19.658 pagantes / R$ 308.590,00.
Árbitro: Wilson Luiz Seneme.
Auxiliares: Nilson de Souza Monção e Vicente Romano Neto.
Gols: 23’/1ºT – Cléber Santana (SAN); 28’/1ºT – Leonardo (contra – SAN)
Cartões amarelos: Ronaldo Guiaro (SAN); Esley (POR)
SANTOS: Fábio Costa, Ronaldo Guiaro, Ávalos e Wendell; Fabinho, Maldonado (Heleno – 5’/2ºT), Cléber Santana, Léo Lima (Rodrigo Tabata – 29’/2ºT) e Kléber; Reinaldo e Geílson (Magnum – 14’/2ºT). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
PORTUGUESA: Gléguer, Jackson, Bruno, Emerson e Leonardo; Alexandre, Sandro, Rai (Joãozinho – 27’/2ºT) e Cléber (Esley – 27’/2ºT); Johnson (13’/2ºT – Anderson) e Diogo. Técnico: Edinho.
Dalmo Gaspar
O ex-lateral esquerdo do Santos, Dalmo Gaspar, morreu na segunda-feira, dia 02 de janeiro de 2015, em Jundiaí, no interior de São Paulo. O herói do bicampeonato mundial santista tinha 82 anos. Ele estava internado há pouco mais de um ano vítima do Mal de Alzheimer.
“Lamentamos a morte de um dos grandes jogadores da história do clube. O que ele fez está guardado na memória de todo o santista, de todas as gerações, e dá a ele a imortalidade alvinegra.”, disse o presidente do Santos FC, Modesto Roma Júnior.
O lateral foi o herói do bicampeonato mundial do Peixe, autor do gol contra o Milan, no Maracanã, no terceiro jogo da final, em 1963. Também é bicampeão da Libertadores da América.
História
Dalmo nasceu no dia 19 de outubro de 1932 na cidade de Jundiai, no interior de São Paulo. Pelo Santos FC jogou 369 partidas e marcou quatro gols, no período de 1957 a 1964. Ele atuava como lateral-direito e formou na melhor defesa que o alvinhegro já teve com Gilmar, Mauro e Dalmo, Lima, Zito e Calvet.
O gols mais importante de sua carreira e também um dos mais importantes na história do clube foi marcado no dia 16 de novembro de 1963 de pênalti, que deu ao Peixe o título de Bicampeão do mundo.
Dia –16/11/1963 Santos 1 x 0 MilanAC
Local: Maracanã – Rio de Janeiro (GB)
Campeonato: Mundial Interclubes
Renda: Cr$ 91.546.000,00
Público: 120.421 + 8.835 gratuitos (129.252 total)
Árbitro:JuanBrozzi(ARG)
Expulsões: Maldini(MAC)eIsmael(SFC)expulsos
Gol: Dalmo
Escalação:Gylmar;Ismael,Mauro e Dalmo;Haroldo e Lima;Dorval, Mengálvio, Coutinho, Almir e Pepe
Técnico:Lula
Dalmo veio do Guarani para o Santos e fez sua estreia jogo contra o Palmeiras:
Dia – 26/10/1957 Santos 4 x 3 Palmeiras
Local: Pacaembu – São Paulo
Campeonato: Paulista
Gols: Pagão 2′, 44′, Edgard (contra) 68′ e Pelé 77′ – Mazola 19′ e Nilo 63′ e 88′
Escalação: Laércio, Dalmo e Mauro Torres; Fiote, Ramiro e Zito; Tite, Álvaro, Pagão, Pelé e Pepe
Técnico: Luiz Alonso Perez, o Lula
O último jogo foi contra o Juventus no dia 09 de agosto de 1964. Depois trabalhou como comentarista esportivo em Jundiaí.
Dia: 09/08/1964 – SFC2 x 1CAJuventus
Local: Rua Javari – SãoPaulo(SP)
Campeonato: Paulista
Renda: Cr$ 5.400.000,00
Público: + 12.000
Gols: Mengálvio 31′ e Pepe (p) 85′ – Gelson 6′
Escalação: Gylmar; Lima, Modesto e Dalmo: Zito e Haroldo; Peixinho, Mengálvio, Toninho, Rossi e Pepe
Técnico: Luiz Alonso Perez, o Lula
Títulos: Campeão Paulista: 1958/59/60/61/62/64 – Campeão das Libertadores nos anos de 1962/63 Campeão do mundo nos anos de 1962/63 – Campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1959/63/64 – Campeão Brasileiro nos anos de 1961/62/63/64.