Agência Notisa – O processo de mecanização da agricultura tem promovido o aumento da produtividade e a expansão dos mercados de produtos agrícolas. Por outro lado, tem provocado também elevada redução dos postos de trabalho no campo e acentuado os problemas inerentes ao meio rural brasileiro.
De acordo com uma pesquisa publicada ano passado no Brazilian Journal of Labour Studies, os principais problemas associados à modernização originam-se da existência de uma mão de obra rural vulnerável, graças à baixa capacitação e à elevada dependência dos postos de trabalho como forma de manutenção de sua já precária existência.
Os autores da Universidade Regional do Cariri (URCA) analisaram especificamente a qualidade do emprego nas lavouras de café. Eles verificaram que, mesmo diante dos programas de governo federal, estadual e municipal direcionados ao combate do analfabetismo e ao incentivo à escolarização nas zonas rurais, ainda é baixo o percentual trabalhadores que tem pelo menos o primeiro grau completo.
“Assistiu-se, com o desemprego tecnológico, a uma maior dependência das famílias rurais de aposentadorias e pensões ao longo da dinamização da atividade agrícola e seus ganhos de produtividade”, mostra o estudo intitulado “Índice de qualidade do emprego formal no cultivo de café: comparativo entre as mesorregiões mineiras”.
Segundo a pesquisa, o algodão, a cana-de-açúcar e a soja, entre outros setores tradicionalmente responsáveis pela absorção de grande mão de obra, deixaram lacunas significativas na geração de emprego agrícola em virtude da evolução das técnicas de plantio e de colheita.
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