Saúde

Estudo mostra alta taxa de sobrepeso em pacientes com câncer de mama

 

Por outro lado, desnutrição foi um problema frequente em pessoas com câncer do trato gastrointestinal.

 

Agência Notisa – Os efeitos colaterais decorrentes do tratamento do câncer podem afetar significativamente tanto o estado nutricional quanto a qualidade de vida do paciente. No estudo “Estado nutricional e qualidade de vida de pacientes em tratamento quimioterápico”, publicado na Revista Brasileira de Cancerologia, do Instituto Nacional de Câncer, verificou-se alta prevalência de pacientes que apresentavam pelo menos um sintoma relacionado ao tratamento.

 

Náuseas e disgeusia (alteração de paladar) foram os dois sintomas mais relatados, informam os autores da Universidade Federal do Pará. Eles verificaram, por meio do IMC, que metade dos pacientes avaliados apresentava eutrofia (ação normal das funções nutritivas). Entretanto, a taxa de sobrepeso foi elevada (38,3%), sendo a maior frequência observada em pacientes portadoras de câncer de mama.

 

Os autores explicam que apesar dessa relação (câncer de mama X sobrepeso) ainda não estar totalmente esclarecida, ela pode ser associada tanto à ingestão alimentar inadequada, ao decréscimo de atividade física influenciado pela própria doença, à alteração da taxa metabólica basal ou menopausa quanto ao tipo de protocolo quimioterápico utilizado, que pode afetar diretamente a composição corporal dessas pacientes, uma vez que algumas medicações utilizadas em conjunto, como os glicocorticóides e terapia hormonal, promovem retenção hídrica e aumento de gordura corporal.

 

Também foi verificada a presença de desnutrição, principalmente, nos portadores de câncer do trato gastrointestinal (27,3%). “A desnutrição é muito comum em pacientes que apresentam câncer no trato digestivo, principalmente devido à baixa ingestão alimentar decorrente da sintomatologia e da presença do tumor, frequentemente, de caráter obstrutivo, que, além de prejudicar a absorção adequada do que é ingerido, impede a ingestão de alimentos em consistência sólida, que confere maior aporte calórico, se comparados a alimentos líquido-pastosos, melhor tolerados por esses pacientes na maioria dos casos, quando ainda conseguem se alimentar por via oral”, explica a equipe na publicação.

 

Para ler o artigo na íntegra, acesse:

http://www.inca.gov.br/rbc/n_59/v01/pdf/09-estado-nutricional-e-qualidade-de-vida-de-pacientes-em-tratamento.pdf.

 

Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)

Deixe um comentário