MÍDIA E MEIO AMBIENTE:
Um estudo sobre a “agenda setting” no contexto das discussões sobre o novo Código Florestal
André Silva dos Santos
Bruno dos Santos Peres
Davys Sleman de Negreiros[1]
Resumo: Num contexto norteado pelos meios de comunicação de massa, que entende que o papel dos mass media é fundamental nas decisões e opiniões no imaginário popular devido à crescente importância das questões (os assuntos que são discutidos) no cotidiano, por meio da análise de conteúdo da agenda midiática construída pelos principais jornais diários: “Folha de São Paulo”, “O Estado de São Paulo” e o “O Globo”; e das revistas semanais: “Veja”, “Época” e “Isto é”, esta pesquisa, ora em andamento devido o prolongamento das discussões e votações, tem analisado como tem sido o comportamento dos principais veículos da mídia impressa na publicização do denominado “novo Código Florestal”, que tem como princípio norteador a reforma da Lei 4.771/65, preliminarmente tem-se notado uma imprensa apática e insensível em relação aos debates no Congresso Nacional, mas, extremamente preocupada com os posicionamentos dos vetos da Presidência da República.
Palavras–chave: agenda setting, meios de comunicação de massa, novo Código Florestal
INTRODUÇÃO
No Brasil, ao contrário do que ocorre em alguns países da Europa e principalmente nos USA, as investigações sobre os efeitos dos mass media no campo socioambiental, ainda são incipientes e a articulação entre a agenda teórica de domínios específicos como a da communication research e da Sociologia da Comunicação pode ser caracterizada como rudimentar. De modo geral, portanto com as exceções de praxe, as pesquisas desenvolvidas entre nós no campo da comunicação apresentam déficit teórico no que diz respeito à complexa relação entre a mídia e os cientistas sociais, especialmente os sociólogos que lidam com temas relativos ao meio ambiente, ainda não prestaram a devida atenção às questões que suscitam interesse aos pesquisadores da comunicação.
A motivação inicial que orientou esse trabalho nasceu do reconhecimento das dificuldades apontadas acima e assumiu o desafio de operar teórica e metodologicamente na interseção das fronteiras acadêmicas da política, sociologia, da comunicação e do meio ambiente. Uma das primeiras ambições desse estudo tem sido a de tentar integrar a melhor reflexão teórica interdisciplinar produzida pela ampla e diversificada literatura sobre o tema e acumulada no plano internacional, as obras referentes apenas no campo da análise política, com a montagem de um desenho de pesquisa capaz de permitir a produção integrada e complementar de dados que sejam de algum modo relevantes para discutir questões básicas da influência dos mass media no imaginário social, nesse caso específico, nas questões ambientais. Tais propósitos se tornaram ainda mais justificados à medida que o exame da literatura nacional dedicada à relação mídia e meio ambiente revela que ainda não temos um conjunto de dados suficientemente encorpado, amplo e diversificado que possa servir de ponto de referência para estabelecer hipóteses mais seguras e consistentes sobre o efeito dos meios de comunicação, em destaque da mídia impressa, no processo de conscientização das questões ambientais, o que vem impedindo uma discussão teórica mais centrada em nossas especificidades e processos. Do ponto de vista institucional, a pesquisa assumiu o papel de catalisador com vistas à consolidação de um Núcleo de Pesquisa (Grupo de Estudos sobre Mídia e Meio Ambiente) integrando ao Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, do qual fazemos parte. Finalmente o objetivo primordial tem sido o de motivar e treinar alunos do ensino médio integrado por meio de bolsas de Iniciação Científica Jr., ampliando assim, o raio de ação e o impacto do Núcleo de Estudos e Pesquisa acima referido ao mesmo tempo em que tem reforçado a política de integração entre o nível médio e o superior.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram selecionados para a pesquisa três jornais (Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo), três revistas semanais (Veja, Época e Isto é). A seleção destes veículos foi intencional primeiro por disponibilizarem on line e gratuitamente todas as suas edições e, segundo, procuramos obedecer ao critério de audiência e penetração dos veículos nos grupos considerados formadores de opinião. Em 2010 (última medição realizada), segundo o IVC, a revista Veja e os dois diários (Folha e o Estadão) lideravam seus segmentos respectivamente no mercado nacional. Embora a seleção não tenha produzido, como seria desejável, uma amostra nacional no que se refere aos jornais deve-se lembrar que os veículos escolhidos circulam nacionalmente com grande penetração entre os tomadores de decisão e formadores de opinião, sendo usualmente considerados como segunda opção de leitura nos principais estados brasileiros.
O material para observação incluiu (1) as manchetes de primeira página dos jornais, as chamadas iniciais e o título das matérias nas seções “Brasil” e “Economia e Negócios” da revista Veja, Época e Isto é; (2) os editorais dos jornais A Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo e (3) colunas previamente selecionadas na A Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e revista Veja.[2] O período de observação foi estruturado sob a forma de amostragem, com exceção das revistas Veja, Época, Isto é, abrangendo as edições diárias dos jornais durante o período de fevereiro de 2011 a novembro de 2011, mês que provavelmente estaria ocorrendo a votação definitiva do novo Código Florestal [3] , pelo fato de ter sido estendida as discussões, votações e vetos até meados do ano de 2012, também ampliamos nossa amostragem.
Com o objetivo de reduzir os problemas de validação[4] típicos da análise de conteúdo e relacionados ao grau de confiabilidade no processo de codificação foram definidos alguns procedimentos padrões. A unidade de registro (o que se conta) escolhida foi o tema (análise temática), considerado pela literatura pertinente às técnicas de análise de conteúdo como o mais adequado para registrar opiniões, atitudes, valores, crenças e tendências.[5] Quanto à unidade de contexto (onde se conta) foram adotados dois critérios: (1) em relação às manchetes e aos títulos das matérias das revistas tomou-se como referência à frase (no caso, as próprias manchetes, chamadas e títulos) e (2) em relação aos editoriais e às colunas, o parágrafo. Nesse caso, se convencionou que um tema estaria configurado se presente em pelo menos 25% do total de parágrafos do texto. Com o objetivo de eliminar ou reduzir interpretações subjetivas, a regra de enumeração (como se conta) foi baseada na presença de temas-eixo definidos previamente numa lista organizada e composta por três categorias (política, economia e Código Florestal) e quarenta e nove temas e subtemas agrupados nas categorias citadas. Cada tema ou subtema foi contado uma única vez por ocorrência na unidade de contexto, sendo, porém, permitida a codificação múltipla (a presença de mais de um tema ou subtema na unidade de contexto).
Após a codificação, foi organizada uma lista por veículo com os dez primeiros temas e subtemas em relação a três conjuntos de dados: (1) manchetes de primeira página dos jornais e títulos das revistas; (2) editorias dos jornais; (3) colunas dos jornais e da revista. Os temas mais repetidos nas nove listas geradas pelo procedimento anterior foram considerados os principais pontos da agenda, no período considerado aqui, dos veículos pesquisados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
São apresentados, a seguir, dois conjuntos de dados sobre os veículos pesquisados. O primeiro conjunto refere-se às manchetes de primeira página dos jornais e aos títulos de matérias da revista. Os dados desse primeiro conjunto são relevantes basicamente porque expressam uma operação de enquadramento e construção dos acontecimentos realizada pelos gatekeepers por meio da seleção e hierarquização de temas a partir dos critérios de “noticiabilidade” adotados pelos veículos. O segundo e o terceiro conjunto de dados diz respeito, respectivamente, aos editorais dos jornais e às colunas dos jornais e da revista. Neste caso, tanto os editoriais quanto as colunas refletem essencialmente a construção das questões públicas. A construção dos acontecimentos e das questões públicas configura a “agenda da mídia” dos veículos aqui pesquisados e está resumida nos dados da última tabela deste trabalho.
MANCHETES, CHAMADAS E TÍTULOS
O gráfico 1 resume a distribuição por categorias temáticas das manchetes de primeira página dos jornais pesquisados, as chamadas iniciais do O Globo e os títulos das matérias da Revista Veja nas seções “Brasil” e “Economia e Negócio”. Como se pode constatar, excluindo-se a categoria “todas as outras” os temas e subtemas econômicos predominaram nas manchetes de ambos os jornais, sendo secundados na Folha de S. Paulo pelas notícias políticas e, no Estado de S. Paulo, pelas discussões sobre economia. O predomínio da categoria econômica nos dois jornais está obviamente relacionado à cobertura da crise financeira a partir de meados de agosto enquanto que, no caso da Folha de S. Paulo, as manchetes políticas são resultados da prioridade concedida por aquele jornal à cobertura das negociações para campanha eleitoral de 2012. Quanto à revista Veja o equilíbrio entre as duas categorias deve ser explicado basicamente pelo fato de que a seleção dos títulos ter se restringido, como já se chamou a atenção, às duas seções específicas daquela publicação.
Obs: Os dados da revista Veja referem-se apenas às seções Brasil e Economia e Negócios, o que explica a predominância das categorias “política” e “economia” e o baixo percentual apresentado na categoria “todas as outras”
Comparando-se, agora, os dez temas mais frequentes nas manchetes, chamadas e títulos em cada jornal, e revista (Quadro I), percebe-se que eles foram compartilhados em grande medida. Variando apenas a ordem classificatória, cinco dos temas estão presentes em todos os veículos: campanha eleitoral; crise financeira; governo federal; Violência/Segurança e saúde pública. O tema sobre a Reforma do Código Florestal está presente em todos os veículos, enquanto que cinco outros temas estão presentes em pelo menos dois dos veículos (ajuste fiscal; Sistema Bancário; Pobreza/Fome; indústria automobilística e Reforma Agrária/Sem-terra). Os temas explorados por apenas um veículo foram agricultura; meio ambiente, menor carente, preço, inflação e custo de vida; impostos, taxas e tributos e previdência social. Resumindo, dos 18 temas encontrados nas quatro listas, 27,78% deles foram compartilhados por todos os veículos contra 38,89% explorados apenas por um dos veículos, enquanto que 27,78% estão presentes em pelo menos dois veículos e 5,56% em três outros.
TABELA 1:
Lista dos temas e subtemas mais frequentes em manchetes de primeira página, chamadas iniciais e títulos por veículo
FOLHA DE S. PAULO | O ESTADO DE SÃO PAULO | O GLOBO | VEJA | ||||||||
ordem | Temas e subtemas | % | ordem | Temas e subtemas | % | ordem | Temas e subtemas | % | ordem | Temas e subtemas | % |
1º | CAMPANHA ELEITORAL | 12,5 | 1º | CAMPANHA ELEITORAL | 7,3 | 1º | VIOLÊNCIA/SEGURANÇA | 13,0 | 1º | CAMPANHA ELEITORAL | 31,3 |
campanha municipal | 3,9 | campanha municipal | 1,5 | 2º | SAÚDE PÚBLICA | 9,3 | campanha municipal | 10,4 | |||
Coligações Campanhas | 3,5 | Coligações Campanhas | 3,8 | 3º | MEIO AMBIENTE | 4,6 | Coligações Campanhas | 11,5 | |||
pesquisas (corrida eleitoral) | 1,9 | pesquisas (corrida eleitoral) | 1,0 | 4º | CAMPANHA ELEITORAL | 1,9 | pesquisas (corrida eleitoral) | 2,1 | |||
temas diversos de campanha | 3,2 | temas diversos de campanha | 1,0 | campanha municipal | 0,0 | temas diversos de campanha | 7,3 | ||||
2º | CRISE FINANCEIRA | 11,9 | 2º | CRISE FINANCEIRA | 6,8 | Coligações Campanhas | 0,0 | 2º | GOVERNO FEDERAL | 8,3 | |
3º | GOVERNO FEDERAL | 11,3 | 3º | GOVERNO FEDERAL | 5,3 | pesquisas (corrida eleitoral) | 1,9 | Presidente | 2,1 | ||
Presidente | 1,6 | presidente | 0,0 | temas diversos de campanha | 0,0 | Executivo | 4,2 | ||||
Executivo | 7,1 | Executivo | 4,3 | 5º | MENOR CARENTE | 1,9 | Legislativo | 2,1 | |||
Legislativo | 0,3 | Legislativo | 0,3 | 6º | CÓDIGO FLORESTAL | 1,9 | Judiciário | 0,0 | |||
Judiciário | 2,3 | Judiciário | 0,8 | 7º | CRISE FINANCEIRA | 1,9 | 3º | INTERNACIONAL | 6,2 | ||
4º | CÓDIGO FLORESTAL | 5,8 | 4º | VIOLÊNCIA/SEGURANÇA | 8,8 | 8º | GOVERNO FEDERAL | 0,9 | 4º | SISTEMA BANCÁRIO | 5,2 |
5º | VIOLÊNCIA/SEGURANÇA | 5.1 | 5º | SAÚDE PÚBLICA | 3,5 | presidente | 0,0 | 5º | CRISE FINANCEIRA | 5,2 | |
6º | SAÚDE PÚBLICA | 2,6 | 6º | REFORMA AGRÁRIA/SEM-TERRA | 3,3 | Executivo | 0,9 | 6º | SAÚDE PÚBLICA | 4,2 | |
7º | Previdência Social | 2.1 | 7º | AJUSTE FISCAL | 2,5 | Legislativo | 0,0 | 7º | Pobreza/Fome | 3,0 | |
8º | AJUSTE FISCAL | 1,9 | 8º | CÓDIGO FLORESTAL | 2,3 | Judiciário | 0,0 | 8º | INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA | 3,0 | |
Impostos, Taxas e Tributos | 1,9 | 9º | INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA | 1,8 | 9º | AGRICULTURA | 0,9 | 9º | CÓDIGO FLORESTAL | 3,0 | |
10º | SISTEMA BANCÁRIO | 1,6 | 10º | Preço, Inflação, Custo de vida | 1,5 | 10º | REFORMA AGRÁRIA/SEM-TERRA | 0,9 | 10º | VIOLÊNCIA/SEGURANÇA | 2,0 |
Pobreza/Fome | 1,5 | ||||||||||
Obs: (1) Os temas em comum estão digitados em maiúscula; (2) Na classificação foi descartada a categoria “todas as outras” (3) Os dados da revista Veja referem-se apenas as seções Brasil e Economia e Negócios.
Editoriais
A distribuição dos editoriais por categoria temática revela que os temas políticos, repetindo o padrão encontrado nas manchetes de primeira página, foram mais frequentes na Folha de S. Paulo do que no O Estado de S. Paulo, com ambos os veículos dedicando praticamente a mesma atenção aos tópicos econômicos e a reforma do Código Florestal. Em compensação, no Estadão, o percentual de matérias publicadas na categoria “todas as outras” (que reúne os assuntos internacionais e os tópicos não incluídos na lista de temas e subtemas previamente organizada para a pesquisa) foi, como nas manchetes de primeira página, comparativamente muito maior do que a da Folha de São Paulo. De qualquer maneira, como ocorreram com as manchetes de primeira página, os assuntos econômicos predominaram nos editorais dos dois veículos.
Quanto aos temas mais frequentes (16) nos editoriais dos diários aqui considerados, os dois jornais compartilharam 37,50%, ou seja, seis deles (crise financeira, campanha eleitoral, governo federal, Código Florestal, ajuste fiscal e saúde pública), todos presentes também nas manchetes de primeira página daqueles veículos com exceção do tema reforma do Estado. Entre os dez temas não-compartilhados (62,50%), um deles (Violência/Segurança) esteve presente entre as dez manchetes mais frequentes de ambas publicações, enquanto seis deles (Pobreza/Fome; Sistema Bancário; impostos, taxas e tributos; e Reforma Agrária/Sem-terra) figuraram na lista de pelo um dos jornais. Desta maneira, apenas três dos temas não-compartilhados (globalização, ciência e tecnologia e comércio exterior) estiveram ausentes das listas dos temas mais frequentes nas manchetes dos dois veículos. Em outras palavras, 81,25% dos assuntos explorados pelos editoriais dos dois diários tinham correspondência temática com as manchetes de primeira página mais frequentes de pelo menos um dos jornais aqui considerado, indicando, assim, uma forte correlação entre ambos.
TABELA 2
Lista dos temas e subtemas mais freqüentes em editorias por veículo
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Obs: (1) Os temas em comum estão digitados em maiúscula; (2) Na classificação foi descartada a categoria “todas as outras”; (3) Os percentuais estão calculados em relação ao total de temas de cada veículo.
COLUNAS
O padrão de distribuição das categorias temáticas nos editoriais repete-se quando consideramos as colunas publicadas nos dois jornais e na revista Veja, como se pode olhar no próximo gráfico. Os temas econômicos predominam em todos os veículos, sendo seguido, no caso da Folha de S. Paulo e da revista Veja pelos assuntos políticos e, no caso do O Estado de S. Paulo, pelos temas sociais. A dispersão temática mais uma vez é forte no Estadão (23,2%) e evidenciada também na revista semanal, onde a categoria “todas as outras” (26,0%) apresenta praticamente o mesmo percentual alcançado pelos temas políticos, enquanto que na Folha de S. Paulo ela se limita a 13,1%.
Os temas e subtemas, mais uma vez, repetem o padrão observado nos editoriais , com os principais assuntos já anotados reaparecendo nas colunas pesquisadas dos três veículos. Contudo, chamo a atenção para a entrada de quatro novos temas, todos ausentes nas listas anteriores: o “Plano Real” na Folha de S. Paulo , a “renda mínima”, “emprego” e “distribuição de renda” na revista Veja. Aliás, a revista apresenta uma outra singularidade que é a ausência da “crise financeira” em sua lista de temas mais frequentes. À parte estas particularidades, os temas se alinham com a distribuição básica já observada em relação às manchetes, chamadas e títulos e aos editoriais. Desta forma, e transformando as informações em percentuais, dos temas listados (20) 40% deles são compartilhados por um dos veículos e todos eles estão presentes nas listas anteriores (manchetes e editoriais). Dos temas restantes e não- compartilhados (60%), apenas 25% não aparecem nas listas já apresentadas. Dito de outra forma, 75% dos temas abordados nas colunas são comuns aos editorais e às manchetes de primeira página, chamadas iniciais e títulos.
TABELA 3
Lista dos temas e subtemas mais frequentes em colunas por veículo
[1] Esta pesquisa teve a participação dos Bolsistas PIBICJR André Silva dos Santos e Bruno dos Santos Peres, foi desenvolvida com o apoio financeiro do Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico – CNPq. E-mail: davys.negreiros@ifro.edu.br
[2] Na Folha de S. Paulo foram selecionadas as três colunas (assinada por Clóvis Rossi, Eliane Cantanhêde, Carlos Heitor Cony e eventuais substitutos) da página 2 do primeiro caderno e a coluna assinada por Luis Nassif no caderno de Economia; no O Estado de S.Paulo a coluna publicada sob o título de “Destaque” (assinada em rodízio por Antônio Carlos Pereira, Marcelo Moraes e Ricardo Amaral) no primeiro caderno e a de Joemir Betting no caderno de economia do O Estado de São Paulo e, finalmente, na revista Veja, foram consideradas duas colunas “Opinião”, assinada em rodízio por Marco Sá Correia e Flávio Pinheiro, e “Ponto de Vista” assinada por vários autores).
[3] De acordo com os critérios de amostragem foram examinadas 36 edições da Folha de S. Paulo, 33 edições do O Estado de S. Paulo, 33 edições O Globo e 14 edições das Revistas Veja e Isto é e 13 edições da Época. Por problemas técnicos, não foram consideradas três edições do O Globo e três edições do O Estado de S. Paulo; assim como, as análises das Revistas Época e Isto é, ainda estão em andamento devido a problemas de ordem institucional e técnicas das referidas revistas no acesso aos seus arquivos, que tornaram-se acessíveis somente a partir de abril de 2012.
[4] Sobre os problemas de validação na análise de conteúdo, consultar a coletânea organizada por Lasswell (1982).
[5] Ver Bardin (1977: 105 e seguintes). O tema, para os propósitos deste trabalho, foi definido de acordo com Berelson (1971): “uma afirmação acerca de um assunto. Quer dizer, uma frase, ou uma frase composta, habitualmente um resumo ou uma frase condensada, por inferência da qual pode ser afetado um vasto conjunto de formulações singulares”.