Política Yara Aquino Repórter da Agência Brasil Brasíli
A presidenta Dilma Rousseff evitou hoje (8) adiantar sua decisão sobre o projeto que trata da partilha dos royalties do petróleo alegando que ainda não tem o texto e que seria uma leviandade falar sobre o assunto antes de avaliá-lo. O projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados na noite de terça-feira (6). Por meio da assessoria, a presidenta já havia informado que faria uma análise “exaustiva” antes de decidir o que fará: se vetará o texto de forma total ou parcial ou se o sancionará na integralidade. “Não tenho a lei, vou avaliar a lei. Eu seria uma pessoa leviana se, sem recebê-la, falasse sobre isso”, disse Dilma aos jornalistas, após participar da cerimônia de lançamento do Pacto Nacional Alfabetização na Idade Certa, no Palácio do Planalto. O governador do Ceará, Cid Gomes, que também participou da cerimônia, disse que conversou com Dilma sobre o projeto dos royalties e defendeu a sanção do texto aprovado. Segundo Cid Gomes, a presidenta está “preocupada com algumas inconsistências” e enfrenta “uma situação de muita pressão”. O texto aprovado pela Câmara não foi o proposto pelo Executivo e deixou de fora a previsão de repasse de 100% dos royalties dos poços que serão licitados para a educação, como queria o governo. A presidenta também defendia a manutenção dos atuais contratos de exploração do regime de concessão para preservar os ganhos dos principais estados produtores, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Na conversa com os jornalistas, Dilma comentou ainda o jantar que teve ontem (7) com o presidente do PSB e governador do Pernambuco, Eduardo Campos. O partido integra a base aliada do governo e saiu fortalecido das eleições municipais. Segundo a presidenta, a relação com Campos permanece a mesma. Perguntada se o PSB precisa de “afagos”, Dilma repondeu: “todos precisam de afago”. “Quem não precisa de afagos, em sendo humano?”. Edição: Nádia Franco//Matéria corrigida às 14h45: ao contrário do que foi publicado às 14h16, o governador do Ceará, Cid Gomes, não defendeu o veto ao texto aprovado na Câmara, e sim que ele seja sancionado pela presidenta