Paulo
Gilda E. Kluppel
Entre tantas escolhas
a mais difícil
ser um educador
retirando do cotidiano
a inspiração para as letras
não apenas adicionadas
e mal coladas
sílabas quaisquer
não pertencentes a ninguém
mas, agora construídas
formam
o tijolo do pedreiro
a agulha da costureira
a farinha do padeiro
sem o beabá dos outros
daquela cartilha estranha
sem a alma do povo
de repetidas palavras mudas
distantes da realidade de cada um.
E em boa hora se soletraria:
Ci-da-da-ni-a!
Paulo
fora dos confortáveis gabinetes
sempre misturado com gente
forneceu a trilha
da esperança
povo educado
corruptos envergonhados.
Sonho…utopia?
Ensinou
de que serve a vida sem ideais.
Este era Paulo
conhecido por peregrino
de sobrenome Freire