Nair Lúcia de Britto
publicado em 09/11/2011
www.partes.com.br/reflexao/espiritualidade05.asp
Sempre é bom lembrar que tudo que é divino vem de Deus. E tudo que é humano vem do homem.
E que as leis divinas são as mais perfeitas; e as leis humanas são ainda falhas porque o homem é falível e está justamente no planeta Terra para aprender, evoluir e se aperfeiçoar.
Em relação a fé, o tema agora analisado, também há diferenças entre a fé divina e a fé humana. É oportuno ressaltar que a fé que vem do homem, independentemente
da religião, é extremamente poderosa; desde que o homem tome consciência da força e do poder da fé.
O sentimento de fé é inato. Já nasce com o homem porque no âmago do seu ser ele já pressente sua destinação futura, que é retornar a Deus. Mas junto com essa intuição divina, Deus também deu ao homem o livre-arbítrio para que ele faça suas próprias escolhas, boas ou ruins. Por isso, cabe ao homem trabalhar, ou não, a sua fé.
Bem trabalhada, a fé (divina e humana) será profícua para aqueles que souberem como bem cultivá-la.
Quando se fala de fé, é costume dar-se a ela um sentido apenas religioso ou divino; e a fé humana fica esquecida e, nesse caso, desperdiçada.
Fé, em si, é a vontade de querer e a certeza de chegar até o objetivo almejado. Ela é divina ou humana conforme o destino que o homem der à sua fé. Se ele aplicar a sua fé em direção as suas necessidades terrestres, essa fé é humana. Se ele aplicar a sua fé em direção às suas aspirações celestes e futuras, essa fé é divina.
Por exemplo: um empresário que se dedica à sua empresa com a certeza de que será bem-sucedido, triunfa porque essa certeza (fé) que ele traz consigo lhe dá uma força imensa.
Assim também o homem que tem fé em Deus e procura preencher sua vida com boas ações , tendo a certeza dos bens celestes futuros, também traz dentro de si a força necessária para vencer as más tendências que poderiam desviá-lo de Deus.
“O magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação; é pela fé que se cura e produz esses fenômenos estranhos que, outrora, eram qualificados de milagres.
A fé é humana e divina. Se todos os homens estivessem convencidos do seu poder e soubessem trabalhar esse poder favoravelmente realizariam verdadeiros prodígios. Prodígios esses decorrentes da sua fé, que nada mais é do que um desenvolvimento de uma das faculdades humanas.
Fonte de pesquisa: O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec – capítulo XIX