Gilberto Oliveira
publicado em 01/11/2010
LIBERTAÇÃO
Nazaré, 26-08-1968
O homem precisa é se libertar dele mesmo.
Liberto-me de mim só para chegar
A um ponto desconhecido que é meu próprio eu.
Depois que eu chego, me sinto feliz,
Como se estivesse conseguido chegar até mim.
Andei pensando em um modo inexistente
De chegar até mim.
Todos nós devemo-nos chegar,
Até libertarmo-nos. Devemos enfrentar
Tudo o que é ruim
E deixar que o bom nos enfrente.
Todos os que se enfrentam tem um final feliz,
Assim como eu estou me enfrentando
Para conseguir o bom e me livrar do ruim.
É a maturidade.
Eu não quero tudo, também nada, eu não quero.
Também não ficarei
Entre o tudo e o nada,
Pressionado por duas forças.
Não sei onde fico, porém sei o que eu quero.
Eu quero a libertação
E quero encontra-la onde haja liberdade
Pois, o importante não é falar que existe
E sim, coloca-la em prática.
Eu quero libertar essa oprimida palavra
Que se chama liberdade.
Gilberto Oliveira é escritor
CRONOLOGIA
1953- nasce em 26 de agosto em Nazaré-Ba
1968- ingressa no Partido Comunista, na ilegalidade e começa sua carreira literária com poesias e o romance A Vingança dos Irracionais.
1971- escreve Revolta e algumas poesias
1973- escreve Alem da Miséria e poesias
1974-escreve o Santo Demônio e poesias
1976- muda-se para Belo Horizonte-Mg e escreve poesias
1977- escreve Esses Heróis Camponeses, Os Dois Pólos Antagônicos e poesias
1978- muda-se para Salvador-Ba
1979- escreve poesias
1980- muda-se para Nazaré-Ba, sua terra natal
1986- escreve poesias
1988- escreve poesias
1989- escreve poesias
1990- escreve poesias
1994- escreve poesias
1995- escreve, O Sistema e poesias
1998- escreve Neoliberalismo no Céu e poesias
1999- escreve Império e mais dois livros que continuam sem títulos
2000- escreve Orgias Capitais, Ferro, O Homem Partido e poesias
2001- escreve Teatro Improdutivo, ZÉ, e conclui o livro Ferro.
2002- não foi encontrado nenhum registro literário a partir deste ano.
2005- muda-se para Santo Antonio de Jesus-Ba. Lança o livro Ferro.
2008- escreve uma poesia.
ANDRE LEITE
Historiador