Gilberto Oliveira
publicado em 03/09/2010

VIDA
Nazaré, 12-07-1999
Estava tudo seco Os homens, os bichos e as plantas Todos morrendo de sede. De repente, nuvens pesadas Desabaram sobre o sertão.
E a chuva caiu E a terra pariu O seu hino de amor.
REG-277358L500F18 Min.cult.-Br |
![]() CRONOLOGIA 1953- nasce em 26 de agosto em Nazaré-Ba 1968- ingressa no Partido Comunista, na ilegalidade e começa sua carreira literária com poesias e o romance A Vingança dos Irracionais. 1971- escreve Revolta e algumas poesias 1973- escreve Alem da Miséria e poesias 1974-escreve o Santo Demônio e poesias 1976- muda-se para Belo Horizonte-Mg e escreve poesias 1977- escreve Esses Heróis Camponeses, Os Dois Pólos Antagônicos e poesias 1978- muda-se para Salvador-Ba 1979- escreve poesias 1980- muda-se para Nazaré-Ba, sua terra natal 1986- escreve poesias 1988- escreve poesias 1989- escreve poesias 1990- escreve poesias 1994- escreve poesias 1995- escreve, O Sistema e poesias 1998- escreve Neoliberalismo no Céu e poesias 1999- escreve Império e mais dois livros que continuam sem títulos 2000- escreve Orgias Capitais, Ferro, O Homem Partido e poesias 2001- escreve Teatro Improdutivo, ZÉ, e conclui o livro Ferro. 2002- não foi encontrado nenhum registro literário a partir deste ano. 2005- muda-se para Santo Antonio de Jesus-Ba. Lança o livro Ferro. 2008- escreve uma poesia. ANDRE LEITE Historiador ARMA NOSSA DE CADA DIA Nazaré, 01-07-1995
O poeta está armado… Disse ele empunhando uma caneta. O pintor está armado… Disse ele empunhando um pincel. A policia está armada… Disseram eles, combatendo o povo. Chegou a tropa de choque, abrilhantando a desgraça. O camponês está armado… Disse ele empunhando uma foice. O operário está armado… Disse ele empunhando um martelo. O povo está armado… Disseram eles de encontro à esperança. O governo está armado… Disseram eles promovendo o terror. A desgraça brilha na praça. O povo de encontro à desgraça. E a desgraça brilha… na praça.
REG-277358L500F18 FBN-EDA-MIN.CULT. RJ-BR |