Jaciara Karolyne Bezerra da Costa; Andréia Magalhães da Rocha; Roberta Celestino Ferreira
publicado em 03/07/2010
RESUMO:
Este artigo tem como objetivo principal analisar como a ausência de valorização do patrimônio histórico-cultural por parte da população do município de Teresina (PI), interfere no desenvolvimento do segmento de turismo cultural na região. Acredita-se que através do fortalecimento do vínculo entre comunidade local e patrimônio, será possível alcançar o reconhecimento e valorização deste, podendo assim incrementar o crescimento da atividade turística no âmbito cultural e ainda sugerir seu uso como instrumento de proteção e conservação dos bens culturais que fazem parte da história da cidade e constituem a identidade de toda a população teresinense.
Palavras-chave: Valorização, Patrimônio histórico-cultural, Turismo cultural, Desenvolvimento.
ABSTRACT:
This article aims at analyzing how the lack of appreciation of the historic and cultural heritage by the population of the city of Teresina (PI), interferes with the development of the segment of cultural tourism in the region. It is believed that by strengthening the link between local community and heritage, you can achieve the recognition and appreciation of, and may well increase the growth of tourism in the cultural and even suggest its use as an instrument of protection and conservation of cultural heritage part of the city’s history and constitute the identity of the entire population of Teresina.
Key-words: Recovery, Historical and Cultural Heritage, Cultural Tourism, Development.
1. INTRODUÇÃO
O termo Cultura se refere a um conjunto de crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e identifica uma sociedade, em um território e num determinado período. Segundo Santos (2003), “cultura é uma preocupação contemporânea bem viva nos tempos atuais”. É uma preocupação em entender os muitos caminhos que conduziram os grupos humanos às suas relações presentes e perspectivas de futuro.
O conceito de cultura remete ao conceito de patrimônio cultural. De acordo com Funari e Pinsk (2005), “o patrimônio cultural pode ser identificado como tudo aquilo que constitui um bem apropriado pelo homem, com suas características únicas e particulares”. Segundo a UNESCO, “patrimônio cultural é composto por monumentos, grupos de edifícios ou sítios que tenham valor histórico, estético, arqueológico, científico, etnológico ou antropológico”.
Já o patrimônio histórico refere-se a um bem móvel, imóvel ou natural, que possua valor significativo para uma sociedade, podendo ser estético, artístico, documental, científico, social, espiritual ou ecológico. Outro foco de interesse são as construções representativas, que por seus estilos, época de construção, técnicas construtivas utilizadas, constitui o patrimônio arquitetônico.
A temática levantada nesse trabalho é de que por meio da organização, análise e estudo da problemática abordada a população perceba a importância do patrimônio histórico-cultural de Teresina e o valorize. Deste modo, será possível desenvolver o turismo cultural na cidade, possibilitando a sua proteção e conservação. A partir desta colocação, remete-se a seguinte problemática: Como a ausência de reconhecimento e valorização do patrimônio histórico-cultural, por parte da população local interfere no desenvolvimento do turismo cultural em Teresina?
A história do turismo revela que o mesmo sempre mostrou certa peculiaridade, ao colocar uma cultura como uma de suas finalidades, ideia amplamente reforçada enquanto alternativa à banalização da viagem, perante a perspectiva meramente consumista de outras formas de turismo. Trata-se assim de procurar ser original em tempos de massificação e de produtos industrializados, transformando a experiência turística enquanto expressão da pesquisa da autenticidade típica do homem moderno.
Hoje se entende que, além de proporcionar o conhecimento, os remanescentes materiais de cultura são testemunhos de experiências vividas, coletiva ou individualmente, e permitem aos homens partilhar uma mesma cultura e desenvolver a percepção de um conjunto de elementos comuns que fornecem o sentido de grupo e compõem a identidade social.
2. METODOLOGIA
Realizou-se o levantamento bibliográfico em livros, artigos científicos, revistas, legislação, pesquisa documental, sites oficiais, para obter um maior embasamento teórico sobre o tema abordado no sentido de desenvolver uma pesquisa sobre cultura, turismo, valorização do patrimônio histórico, metodologias para tombamento, relação do patrimônio com o poder público e comunidade local.
A análise qualitativa foi orientada através do estudo em torno do Turismo Cultural e patrimônio histórico-cultural de Teresina como fatores que podem fomentar o crescimento econômico e social local e ao mesmo tempo fortalecer a identidade cultural da região. Dessa maneira pretende-se estimular o surgimento de um sentimento de orgulho de pertencer a algo singular e diferente, e assim despertar o interesse da população autóctone, incentivando-os a realizar visitas aos monumentos tombados, aos prédios antigos, etc.
A pesquisa também teve por base a sugestão da inclusão da atividade turística no município como um importante estímulo para a conservação da herança cultural de uma localidade, pois se justifica como necessário para manter um atrativo turístico que gerará receitas no município como um todo e na própria manutenção do patrimônio histórico-cultural, contribuindo para a conservação e a revitalização dos lugares e bens históricos que passam a ter uma maior atenção por parte do poder público na sua revitalização e adequação à visitação de turistas e comunidade local.
Intencionou-se que o ordenamento e sistematização dos dados obtidos pela pesquisa, possam contribuir para a expansão do conhecimento e posterior aprofundamento para a solução do problema levantado com as alternativas sugeridas. Além de servir como fonte de pesquisa a posteriores trabalhos.
3. A RELAÇÃO TURISMO, PATRIMÔNIO E IDENTIDADE LOCAL
Atualmente um dos motivos mais comuns para se realizar uma viagem é conhecer o outro, a cultura e o costume de outros povos, para estar em contato com o desconhecido. Segundo Albano:
O turismo, por sua vez é um tema que motiva e mobiliza pessoas, por um lado é um negócio regido por leis de mercado, que fala através de cifras, por outro é uma prática cultural, ligada a fatores afetivos e simbólicos. Esse segmento denominado turismo cultural, favorece o contato entre as diversas populações de um mesmo país, contribuindo para um maior entendimento e compreensão das diferenças regionais e para o fortalecimento da identidade nacional (ALBANO, 2004, p.200).
De modo geral, pode-se dizer que a cultura permeia todos os segmentos de turismo, uma vez que o turista é atraído pelo diferente, pelo novo, pelo característico. Qualquer que seja a motivação da viagem sempre haverá um elemento cultural a ser consumido entre toda a produção associada ao turismo: a gastronomia, a arte, o artesanato ou outros produtos locais, as paisagens naturais e culturais do receptivo, suas festas e celebrações, o patrimônio e a cultura viva presente nas ruas.
Considerando que toda região, cidade e lugar possui traços culturais próprios, de valor único para a população autóctone podendo ser utilizados a fim de valorizá-los, e ainda que a cidade de Teresina não pratica o segmento em sua totalidade e possui um importante acervo de bens culturais tombados, tornou-se oportuno aplicar este estudo no município, tendo como objetivo principal disponibilizar um estudo sistemático sobre a importância do patrimônio histórico-cultural local, para o desenvolvimento desse segmento na região.
De acordo com o IPHAN- Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Teresina conta com um número de 17 monumentos tombados e outros de igual importância que ainda não passaram pelo processo de tombamento, entre eles os mais importantes, estão o Palácio de Karnak, Igreja São Benedito, Teatro 4 de Setembro, Clube dos Diários,Cine Rex, Museu do Piauí, Estação Ferroviária, Floresta Fóssil, Casa da Cultura Barão de Gurguéia, Antiga Intendência de Teresina, Biblioteca Crowel de Carvalho, Casa de Dona Carlotinha, Companhia Editorial do Piauí (Comepi), Prédio da Prefeitura municipal, Edifício Chagas Rodrigues(DER), Grupo Escolar Gabriel Ferreira, Grupo Escolar Mathias Olympio, de valor social e cultura inestimável e de forte atratividade turística.
A maior parte destes bens está situada no centro de Teresina e este fato é, sem dúvida, favorável à atividade turística devido ao fácil acesso e proximidade de outros atrativos turísticos. Infelizmente esses bens não recebem a devida atenção por parte das autoridades públicas e principalmente pela população teresinense, fato que acaba dificultando a prática do turismo cultural local. A valorização da identidade cultural permite que se intensifique o sentimento de pertencimento à comunidade, tornando essencial o seu envolvimento no processo de identificação e planejamento turístico.
São comuns os casos em que o entorno dos bens apresenta problemas como a degradação social e urbana. Principalmente em relação aos atrativos localizados no centro, é significativa a existência de inibidores geográficos, tais como ruas e avenidas extremamente movimentadas, zonas de forte comércio informal. Estes elementos podem representar um empecilho à visitação turística. A partir dessa questão, Gastal reforça a importância do poder público nesse processo:
A intervenção política é obviamente decisiva, enquanto estratégia sustentável de atuação em relação à utilização de muitos recursos livres ou bens públicos, transformando recursos culturais em recursos turísticos, afetando meios e articulando uma relação equilibrada e pró ativa com os restantes setores da administração e empresarial do turismo (GASTAL, 2003, P.64)
Por isso, esse segmento de turismo só pode ser viabilizado com a efetiva inserção da área cultural e com o estabelecimento de uma rede de parcerias entre os diversos agentes culturais e os órgãos de turismo e meio ambiente.
Para vivenciar a cultura e o patrimônio de um lugar, o turista precisa encontrar lugares bem preservados, conservados e valorizados pela comunidade que o recebe, aí incluídos todos aqueles envolvidos, direta e indiretamente, com os serviços e produtos turísticos. Um exemplo a ser mencionado é o Projeto Reviver em São Luís- MA, onde foram realizadas obras de restauração dos casarões e prédios configurando-se hoje como um dos principais atrativos culturais visitados pelos turistas. Um caso de sucesso que traduz a importância da valorização dos bens culturais e da identidade local.
De acordo com o Ministério do turismo- MTUR (2007) são quatro as questões essenciais no turismo cultural:
1. Preservação, conservação e originalidade;
2. Desenvolvimento com base local (inclusão social e satisfação dos visitados);
3. Qualidade da experiência do turista (satisfação dos visitantes) e
4. Parcerias bem sucedidas entre agentes do turismo e gestores dos espaços culturais.
No entanto, quando se pensa em desenvolver o turismo em uma determinada região, as primeiras ações se voltam geralmente para o transporte, a hospedagem, alimentação e as opções de compra e lazer. Há sempre um pressuposto de que o turista irá descobrir por si só e maravilhar-se automaticamente com as belezas naturais, as edificações e monumentos históricos. Assim, pouca atenção é dada ao visitante em Teresina, no que se refere à informação sobre o lugar, seus habitantes, hábitos e costumes, sua história e suas lendas.
Conforme Funari e Pinsk (2005), a construção do patrimônio histórico-cultural depende das concepções que cada época tem a respeito do que, para quem e por que conservar. A conservação resulta da possível negociação entre os diversos setores sociais, articulando cidadãos e poder público.
Patrimônio é aquilo que representa uma comunidade, é algo que tem uma identidade cultural estabelecida. A palavra patrimônio refere-se também a uma escolha oficial de determinados bens para representar o passado histórico e cultural de uma sociedade. A escolha de determinado patrimônio como símbolo nacional, regional ou local é feita por órgãos oficiais de preservação, o que sempre envolve exclusões.
O envolvimento com o patrimônio, todavia, pode-se estabelecer na medida em que ele for incorporado ao cotidiano de forma gradativa. Um dos recursos é o redescobrimento da memória: o passeio pelo centro da cidade ganha colorido quando compartilhado por antigos moradores da cidade. Relembram acontecimentos, identificam edificações inexistentes, apontam peculiaridades de tempos idos: o antigo cinema hoje convertido em espaço religioso, os logradouros que tiveram o desenho alterado, obras de arte removidas, para intensificar o tráfego local. A narrativa marcada pela recordação vem carregada de emoção e o passado ganha aspecto positivo.
A ideia deste trabalho é exatamente de tornar possível o conhecimento dos moradores de Teresina sobre o patrimônio histórico-cultural local, para assim poder valorizá-lo e divulgá-lo de forma positiva para os visitantes. Essa pesquisa poderá ajudar aos municípios a se conscientizar sobre a necessidade de preservar o patrimônio cultural, em incentivar a sua diversidade e acima de tudo, a melhor compreender a importância de sua participação nesse processo e usufruto de seus resultados.
Dessa maneira, acredita-se que a conservação e valorização dos bens do patrimônio serão possíveis, por meio do desenvolvimento da atividade turística cultural, que permitirá a sociedade ter maiores oportunidades de perceber a si própria. Conforme Dencker:
“A exploração comercial do patrimônio cultural mediante sua conversão em atrativo turístico tem sido apontada como a opção que mais assegura sua reabilitação e conservação. O patrimônio passa a ser tratado como mercadoria e bem de consumo, deixa de ser pensado apenas por sua importância coletiva para os moradores, como lugar de memória. É justamente esse caráter identitário que passa as ser valorizado pelo empreendedor como o diferencial do empreendimento turístico e da localidade com um todo.” (DENCKER, 2004, P.77).
Deve-se também levar em consideração que a implantação da atividade turística envolve riscos que são próprios de sua natureza: as trocas sociais e culturais podem provocar rupturas. Para evitar a ruptura dos moradores com sua história, faz-se necessário facilitar o acesso educativo-cultural, estabelecendo processos de interpretação dos bens, cuja metodologia envolva a comunidade, de forma que os moradores se tornem guardiões do seu passado, além de criar uma política de preservação, evitando atividades que comprometam sua estrutura.
Para manter a identificação com o morador, uma boa estratégia é incluir o patrimônio nas atividades recreacionais da comunidade, com reorientação do uso de edifícios. Planejamento, gestão e análise dos produtos oferecidos devem visar ao controle de resíduos, deterioração e do entorno em virtude frequente de visitantes.
Dessa forma, é preciso que as iniciativas de estimulo ao turismo sejam direcionadas de maneira que permitam a expressão da diversidade e da especificidade de cada comunidade, sem que essas expressões se transformem em mercadorias confeccionadas ao gosto médio do turista. Por outro lado, a manutenção das identidades é fator importante para atrair a atenção dos turistas, visto que estes buscam na singularidade local, alternativas de lazer, entretenimento, promoção e aumento do conhecimento próprio.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No contexto atual faz-se necessário discutir a importância do patrimônio como expressão de cultura e de identidade. O conhecimento e a valorização dos bens culturais contribuem para o despertar da cidadania que expressam a história e a tradição local e regional, por isso, acredita-se que o patrimônio aguça o sentimento de pertencimento. Sua revitalização é uma alternativa para o desenvolvimento que viabiliza a inserção social da comunidade. Representa, ainda, um caminho para a dinamização do turismo.
Vive-se em uma sociedade de avanços tecnológicos, de facilidade de comunicação e de deslocamento de pessoas, de integração econômica, política e cultural, em que a globalização tornou-se algo comum no cotidiano das pessoas. É preciso redescobrir o valor típico e identitário em contraposição ao global, as manifestações culturais, as tradições e as peculiaridades, reaprende-se a olhar para o patrimônio como um bem que representa identidade e que exterioriza o valor de uma cultura, de algo que pode ser a característica de uma conjuntura histórica, a leitura de uma concepção social ou a manifestação de uma tradição.
O crescimento desordenado das cidades, a especulação imobiliária, as mudanças dos comportamentos, os novos valores e estilos de vida podem gerar impactos irreversíveis nos bens constituintes do patrimônio, pois são fatores resultantes da vida capitalista da sociedade globalizada. Por outro lado, a revitalização é o movimento contrário, pois indica a retomada das discussões sobre preservação, conservação e restauração do patrimônio e, essencialmente, a preocupação com espaços e manifestações que permitem o olhar, a convivência, o conhecimento e a interação com valores, símbolos e manifestações.
Dessa maneira afirma-se que a valorização do patrimônio histórico-cultural na cidade de Teresina será alcançada se houver uma plena conscientização por parte de toda a sociedade e dos órgãos públicos do seu significado na construção da identidade local e da importância da conservação e divulgação dos bens culturais. Acredita-se que através do reconhecimento do patrimônio e das tradições culturais será possível desenvolver a atividade turística cultural na região, gerando uma diversidade de benefícios sociais e econômicos para todos os agentes envolvidos em um mesmo intuito.
5. REFERÊNCIAS
ALBANO, Celina e MARIS, Stela. Interpretar o patrimônio: um exercício do olhar. Belo Horizonte: Território Brasilis/ Editora UFMG, 2002.
BENI, Mário Carlos. Análise Estrutural do Turismo. 11 ed ver e atualiz. São Paulo: Pioneira thomson Learning, 2006.
Carta CEPRO. Teresina – PI, 2008.
DENKER, Ada de Freitas Maneti (Coord). Planejamento e Gestão em Turismo e Hospitalidade. São Paulo: Pioneira Thomsom Learning, 2004.
DIAS, Reinaldo. Introdução ao Turismo. São Paulo: Atlas, 2005.
FUNARI, Pedro Paulo e PINSK, Jaime (Orgs). Turismo e Patrimônio Cultural. São Paulo: Contexto, 2005, 4 ed (Coleção Turismo Contexto).
GASTAL, Susana, CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos (orgs). Turismo na pós-modernidade: (des) inquietações. Porto Alegre, EDIPUCRS, 2003. (Coleção Comunicação).
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar Projetos de Pesquisa. 4 ed-11.reimpr. São Paulo: Atlas, 2008.
MAZZOTTI, Alda Judith Alves, GEWANDSZNAJDER, Fernando. O método nas Ciências Naturais e Sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. 2 ed.São Paulo: Thomsom Learning.
SANTOS, José Luís dos. O que é cultura. 16 ed. São Paulo: Brasiliense, 2003 (Coleção Primeiros Passos).
UNESCO [Informações dispersas]. Disponível em < www.unesco.org.br>. Acesso em:17 mar, 2010.
[1] Jaciara Karolyne Bezerra da COSTA
Acadêmica do 7º Bloco do Curso de Bacharelado em Turismo, da Universidade Estadual do Piauí – UESPI
C.V.: http://lattes.cnpq.br/2765420308512427
E-mail: jacikarolyne@hotmail.com
[2] Andréia Magalhães da ROCHA
Acadêmica do 7º Bloco do Curso de Bacharelado em Turismo, da Universidade Estadual do Piauí – UESPI
C.V.: http://lattes.cnpq.br/7107853585540338
E-mail: andreiamdr@hotmail.com
[3] Roberta Celestino FERREIRA
Mestranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente, pela Universidade Federal do Piauí – UFPI, Bacharel em Turismo pela Faculdade Piauiense – FAP, especialista em Turismo com Ênfase em Projetos Turísticos pela Universidade Gama Filho – UGF
C.V.: http://lattes.cnpq.br/2617714669449640
E-mail: robertacelestino_the@hotmail.com