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Envelhecer com Arte: o teatro e seus benefícios para a vida da pessoa idosa

Ana Paula Cordeiro*

publicado em 18/06/2010 como www.partes.com.br/terceiraidade/envelhecercomarte.asp

 

Ana Paula Cordeiro é formada em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista e é Mestre e Doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista. Atualmente é docente lotada no Departamento de Didática da Faculdade de Filosofia e Ciências – UNESP- Campus de Marília – SP. Coordena, desde 1999, o Projeto “Oficinas de Teatro da UNATI (Universidade Aberta à 3ª Idade) – UNESP de Marília”. Contato: napcordeiro@marilia.unesp.br .

Resumo

Este texto tem por objetivo apresentar o trabalho realizado pelo Projeto “Oficinas de Teatro da UNATI – UNESP de Marília”, vinculado ao Programa UNATI (Universidade Aberta à 3ª Idade) da UNESP. Por meio de oficinas de jogos teatrais e do diálogo democrático, a pessoa idosa é capaz de criar peças teatrais coletivas, tendo como mote suas memórias e histórias de vida. Além de experimentarem todo o processo de criação teatral, os participantes do Projeto convivem no ambiente universitário e aprendem, socializam-se, conhecem novas pessoas e tornam-se agentes pessoais de cultura, à medida que divulgam obras teatrais para a comunidade da qual participam.

Palavras – chave: Teatro, pessoa idosa, jogo teatral, criação coletiva.

Abstract

This text has like objective introduce the work that was realized for project “ UNATI Workshop theater – UNESP by Marília city”, linked in UNATI Program (Third elder Open University) by UNESP. Through the theaters games workshops and democratic dialogue, elderly people can be able make collectives theaters pieces, having like jest their memories and living histories. Beyond they experiment all the process by theatrical creation, the participants this Project live together with atmosphere of a university and they learn, socialize, knowing others peoples and turn into the personal agents of culture, according to disclose the theaters works to the community where they participate.

Key words: Theater, elderly people, theatrical games, collectives creation.

Algumas pessoas, à medida que o tempo passa, abrem mão de suas vontades e de seus sonhos, como o Rei de um Conto de Marina Colasanti (2003), que teve um dia uma ideia linda, “toda azul”. O que fazer com a ideia? Decidiu guardá-la, trancada, até saber o que fazer com ela. Mas a guardou por tantos anos que, quando foi buscá-la, já não sentia prazer ou alegria nela. Outras, no entanto, acalentam vivos dentro de si muitos sonhos e, mesmo que pareça que não há mais tempo para a realização deles, esperançosa e alegremente, se põem na busca da concretização do sonhado.

Fazer teatro: um sonho sonhado por muitas pessoas, participantes do Projeto “Oficinas de Teatro da UNATI (Universidade Aberta à 3ª Idade) – UNESP de Marília”. Para tanto, estas pessoas se despiram aos poucos da timidez, acreditaram em si mesmas, puseram de lado preconceitos, também não se importaram com o preconceito alheio e resolveram realizar o sonho acalentado.

O teatro sempre chamou a atenção e foi importante na vida dos participantes do Projeto de oficinas teatrais. Este faz parte de algo maior, o Programa UNATI (Universidade Aberta à 3ª Idade) da UNESP de Marília. Para participar da UNATI é preciso ter no mínimo 55 anos e matricular-se no Programa, que se configura como um trabalho de Extensão Universitária da UNESP que oferece palestras, cursos e oficinas aos alunos. Entre as atividades oferecidas, estão as Oficinas de Teatro, que acontecem semanalmente, todas as sextas feiras, na Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP de Marília.

O Projeto “Oficinas de Teatro da UNATI” surgiu no ano de 1999, quando eu era aluna do Programa de Pós Graduação em Educação, em nível de doutorado. Minhas inquietações se voltaram para os processos de envelhecimento humano e para os possíveis benefícios que o teatro poderia trazer para a vida da pessoa idosa. Os objetivos do Projeto: levar os participantes a conhecerem mais sobre teatro por meio de jogos teatrais, a fim de criarem seus próprios textos e peças coletivas; auxiliar, por meio do teatro, no processo de inserção da pessoa idosa no ambiente universitário; levar os participantes a falarem de si e de seu mundo, de suas histórias de vida e cotidianidade por meio das Oficinas de Teatro. Desta forma, os participantes passaram a criar textos, improvisar, montar e encenar as peças e espetáculos criados.

Atualmente há vinte pessoas participando das Oficinas, com idades que variam entre 55 e 90 anos. Sim, a aluna mais velha tem 90 anos e está sempre pronta para criar textos, realizar novos projetos e incentivar o grupo, nos momentos em que as propostas parecem ser difíceis. Quanto ao gênero, as mulheres são as maiores apreciadoras das oficinas. Há dezoito alunas e dois alunos matriculados. A turma atribui esta desproporção ao maior número de participantes mulheres no Programa UNATI e a uma maior inibição dos homens idosos em relação à exposição exigida pelo teatro. Ao todo, mais de cinquenta pessoas passaram pelas Oficinas. Destas, treze estão juntas desde o início.

Lembro-me com muita riqueza de detalhes de nossa primeira reunião: naquele momento só havia alunas matriculadas e todas muito animadas para participar das oficinas. Algumas nunca tinham participado de peças teatrais, mas outras já tinham experimentado o prazer de atuar num palco em diferentes momentos da vida, inclusive na própria UNATI, que já oferecia Oficinas Teatrais desde 1995. Mas o Projeto que eu propunha tinha características específicas e em nosso primeiro encontro eu busquei esclarecer o grupo sobre o trabalho a ser desenvolvido. Todas queriam ser atrizes, participar de uma peça teatral, mas a proposta que eu trazia era esta: as participantes não apenas atuariam, mas passariam por todo o processo de criação teatral, desde a elaboração de textos e peças coletivos, bem como pela montagem e encenação destas peças. Tudo seria resolvido grupalmente, por meio do diálogo e da auto – organização: cenários, figurinos, sonoplastia, iluminação.

Para algumas, a proposta pareceu muito complexa. Seria possível? Mas passado o susto inicial, a idéia ganhou força e aceitação entre o grupo. Iniciaríamos o trabalho com oficinas de jogos teatrais e de movimento. O jogo permite que o máximo de vivacidade aflore entre os jogadores, que precisam, no caso do jogo teatral, resolver problemas no “aqui e agora” do palco, por meio do improviso. Nas oficinas também buscaríamos resgatar histórias, depoimentos e memórias das participantes. Pedaços de vida, fragmentos para a composição de algo novo, coletivo, único.

Até aqui já é possível perceber que eu não busco trabalhar com o teatro de uma forma cristalizada, com peça pronta para ser estudada, montada e encenada. O mote do trabalho é o jogo teatral, essa coisa viva e mutante, que aguça a inteligência e imaginação do jogador. As peças criadas surgiram e surgem do processo de jogar, de improvisar, de recordar, de dialogar. Também viso desconstruir com a turma a ideias de que apenas alguns eleitos são capazes de produzir obras de arte. Desde a mais tenra juventude, quando comecei a participar de grupos de teatro e tomei contato com a obra de Augusto Boal, constatei que todos são capazes de criar, de atuar num palco e de fomentar a arte, como agentes pessoais de cultura. Na obra “Teatro do Oprimido”, Boal afirma que no princípio era o carnaval, a festa, o povo reunido nas ruas, em suas manifestações espontâneas.

Depois, as classes dominantes se apropriaram do teatro e construíram muros divisórios. Primeiro, dividiram o povo, separando atores de espectadores: gente que faz e gente que observa. Terminou-se a festa! Segundo, entre os atores, separou os protagonistas das massas: começou o doutrinamento coercitivo!

O povo oprimido se liberta. E outra vez conquista o teatro. É preciso derrubar muros! (BOAL, 1991, p.135)

Derrubar os muros dos próprios preconceitos e crenças que limitam a vida e impedem as pessoas de atuar: eis o desafio, a meta a ser alcançada. Desde o início, por meio do jogo teatral e da convivência grupal, foi possível construir, com os participantes, novas concepções a respeito da arte teatral. Nas primeiras oficinas, propusemos exercícios e jogos relacionados ao movimento, à percepção corporal e ao bom uso do espaço cênico. Depois as propostas ficaram mais complexas e em algumas oficinas buscamos suscitar as memórias e histórias de vida das pessoas com exercícios apropriados. Objetos, alimentos, odores e sabores: tudo o que pudesse suscitar recordações foi utilizado com as alunas.

Como exemplo destas propostas, cito uma oficina ocorrida em 1999. Na semana anterior a ela, pedi que as alunas trouxessem de casa alimentos de que gostassem. Um doce, uma fruta, biscoitos, chá, um prato quente, o que elas quisessem trazer. No dia marcado para esta proposta, os alimentos foram colocados no palco em cima de um balcão. Coloquei uma música suave de flautas e pedi que cada uma das alunas saboreasse os alimentos que quisesse, com calma e tranquilidade. Sugeri que, ao comerem, buscassem se recordar de algo bom que aquela mesa e aqueles alimentos pudessem evocar. A seguir começamos a conversar ao redor de nossa mesa improvisada no palco. Muitas lembranças foram evocadas a partir dos sabores, odores e cores dos alimentos trazidos. Lembranças da escola, de pessoas queridas, de gestos generosos, de lugares caros vieram à tona na conversa que tivemos ao redor da mesa.

A partir dos jogos e propostas, ideias começaram a surgir para a elaboração de textos coletivos. 1999 era o ano em que a Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP completava quarenta anos, pois esta faculdade nasceu de um antigo instituto isolado, a FAFI- Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Marília, em 1959. O grupo que se formou a partir do Projeto de Oficinas de Teatro foi convidado a apresentar seu trabalho por ocasião desta festividade. As alunas inicialmente relutaram, por receio do primeiro trabalho coletivo, mas a vontade de participar daquele momento histórico da Faculdade também era grande, como alunas da UNATI e das Oficinas Teatrais.

A partir de conversas com o grupo, ficou acordado que elaboraríamos um espetáculo com poemas, relatos e impressões do grupo a respeito da Universidade e de sua importância histórica para a cidade. A ideia principal: homenagear o homem comum, aquele, de cujo trabalho a História não fala. Em ocasiões festivas como essa, professores e intelectuais geralmente recebem homenagens, mas o intuito do grupo era falar dos alunos, funcionários, trabalhadores braçais, pessoas que, na maior parte das vezes não são lembradas. O grupo passou a trazer poemas, relatos e textos relacionados à universidade e à importância do homem comum no movimento da história. Cabe-me ressaltar que algumas alunas da UNATI foram também alunas da antiga FAFI. Outra aluna trabalhara por mais de trinta anos na instituição. Desta forma, buscaram criar um texto ressaltando a história da faculdade a partir da ótica do homem comum. Discutimos, para tanto, o poema de Bertold Brecht, “Perguntas de um trabalhador que lê”, entre outros textos e poemas. O primeiro trabalho do grupo recebeu o título: “Fragmentos da Vida” e contou com histórias, poemas e depoimentos das participantes do grupo. Foi apresentado inúmeras vezes, inclusive no Teatro Municipal da cidade de Marília.

A partir deste primeiro trabalho, muitos outros surgiram. Textos individuais e coletivos foram criados, com qualidades do ponto de vista literário. Os jogos teatrais continuaram sendo a base de todo o trabalho realizado. No ano de 2000, o grupo criou a peça “Os italianos”, que retrata a vida dos imigrantes italianos no município de Marília no momento de formação da cidade. Neste período o grupo já contava com participantes do sexo masculino (3 homens e vinte mulheres), que atuaram na peça e auxiliaram na elaboração das cenas. Todos os detalhes de uma montagem teatral já eram observados pelo grupo: elaboração de textos, cenários, figurinos, sonoplastia, organização espacial de cenas, decisão sobre locais e datas de apresentação, etc.

Outro trabalho realizado em 2000 foi a peça “Momentos do dia-a-dia”, que retrata situações de preconceitos sofridas pela mulher idosa no cotidiano: em casa, na rua, nas lojas, no trabalho, no trânsito. Esta peça foi apresentada, entre outras ocasiões, na “I Jornada Municipal do Idoso de Marília,” promovida pela prefeitura Municipal.

Em 2001 o grupo elaborou o espetáculo “O cravo e a rosa”, que retratou, por meio de danças, músicas e expressão corporal a infância e a juventude dos participantes nos anos de 1940 a 1950. Ainda em 2001, a partir de um dos exercícios de improvisação realizado com o grupo originou-se a ideia para a peça “Ditos, desditos e não ditos.” Em oficina realizada no primeiro semestre de 2001, os participantes do grupo contaram histórias, baseadas em ditos populares. Destas histórias contadas surgiu a ideia de elaborar uma peça coletiva baseada em ditos e provérbios populares. Ditos como “Quem conta um conto aumenta um ponto”, “Quem pode manda e quem tem juízo obedece”, “Visita sempre dá prazer: se não é quando chega é quando sai” deram o tom da peça de criação coletiva do grupo. O objetivo era apresentar, por meio da arte, o quanto de sabedoria e também de preconceitos e contradições há nos ditos populares, tão propalados no dia a dia. A peça tem uma hora de duração e foi a mais apresentada pelo grupo. As apresentações somam mais de vinte, em distintas cidades do Estado de São Paulo.

A partir de 2004 começou a tomar forma o último trabalho montado pelo grupo, intitulado “Contando coisas de amor”, um espetáculo que fala de amor por meio de poemas, músicas, coreografias, depoimentos, esquetes, “causos” e ambientação em velhos programas de rádio. O espetáculo foi apresentado de dezembro de 2006 a março de 2009. Neste ano de 2009 o espetáculo fez parte das comemorações do Jubileu de Ouro da FFC. O Projeto de Oficinas Teatrais comemorava dez anos de existência. Atualmente, em 2010, um novo trabalho está em fase de elaboração e novos alunos se uniram aos já participantes das Oficinas.

Escrever sobre a trajetória deste grupo de pessoas me leva a refletir sobre os benefícios que o teatro trouxe e traz para as vidas delas e também para a minha, como coordenadora deste trabalho. Em primeiro lugar, o teatro é uma forma de arte muita completa e complexa. Por meio da linguagem teatral outras formas de arte foram trabalhadas com o grupo: as artes visuais, com a criação de cenários e figurinos; a arte musical, com a elaboração das sonoplastias das peças; a literatura, com estudos de textos, poemas e com as criações individuais e coletivas dos participantes. Todos passaram pelo processo completo de elaboração teatral, criando textos, montando as peças e apresentando seus trabalhos para os mais variados públicos.

Em segundo lugar, por meio do jogo, há um estímulo à criatividade, ao improviso, à resolução de problemas. Também a memória e a cotidianidade dos alunos e alunas foram valorizadas, compartilhadas e utilizadas como mote para suas criações. O ato de rememorar tem uma importância muito grande em nossas vidas. A pessoa idosa sente que suas memórias continuam vivas e que elas estão a serviço de construções no tempo presente.

A respeito da memória da pessoa idosa, Ecléa Bosi nos diz que

[…] a velhice é o momento de desempenhar a alta função da lembrança. Não porque as sensações enfraquecem, mas porque o interesse se desloca, as reflexões seguem outra linha e dobram-se sobre a quintessência do vivido. Cresce a nitidez e o número das imagens de outrora e esta faculdade de relembrar exige um espírito desperto, a capacidade de não confundir a vida atual com a que passou, de reconhecer as lembranças e opô-las às imagens de agora (BOSI, 1979, p.39).

Por meio das conversas, da convivência grupal, das construções coletivas, formou-se um grupo sólido, que se comunica entre e si e com a comunidade acadêmica da qual faz parte por meio de suas obras. Novos contatos, novas gentes passam a fazer parte das vidas destas pessoas, que colocaram em prática o sonho de atuar.

Também caem por terra muitos mitos que cercam a questão do envelhecimento: crenças errôneas de que a pessoa idosa é inflexível, de que não aceita com facilidade novas ideias, de que sua capacidade cognitiva e criativa vai diminuindo com o passar dos anos. Muitíssimo pelo contrário, os alunos e alunas da UNATI, por meio de seus trabalhos, comprovam que, se existe o estímulo adequado, se o desejo pela aprendizagem não fenecer, há muito o que aprender e a memória, a cognição, a capacidade de criação e a vontade de experimentar algo novo não se perdem nos corredores do tempo. Não nego e os alunos e alunas também não: há perdas com o passar dos anos. Mas também existem ganhos, também pode haver satisfação, criação, sucesso e conquistas.

Quanto às conquistas, além das pessoas participantes das Oficinas terem criado, montado e atuado em peças teatrais, outro desafio foi aceito pelo grupo: desfilar, no ano de 2009, em uma escola de samba no carnaval da cidade. Inspiradas no espetáculo “Contando coisas de amor”, formaram uma ala, baseada no samba enredo da escola, intitulado “O jogo em jogo”. A ala “O jogo do amor” desfilou na Avenida, com suas fantasias e personagens, oferecendo alegria e sorrisos a todos os espectadores, por vários quarteirões. Duas de nossas alunas, as mais idosas do grupo, desfilaram em cadeiras de rodas, pois uma era cadeirante e a outra, não conseguiria atravessar a pé a Avenida.

Deparamos com possibilidades e impossibilidades, comuns às vidas de todos. No entanto, o que diria Augusto Boal, se tivesse conhecido estas pessoas tão corajosas, tão despidas de seus medos e receios a ponto de serem capazes de desfilar seus personagens na Avenida do Samba por inúmeros quarteirões e para um público enorme? Talvez ele dissesse que o oprimido se levanta e toma novamente as ruas. Sim, o idoso, independentemente da classe social, sofre com as vicissitudes do tempo, mas sofre ainda mais com os preconceitos e com o processo velado de cerceamento e opressão social a que é submetido. Simples frases como “ele não tem mais idade para isso”, podem ter um efeito altamente inibidor para a vida do idoso. Muitos, com certeza desistirão dos seus sonhos, internalizando a crença de que “não têm mais idade” para isso ou para aquilo, sem perceberem o quão ideológicas são estas crenças e a quem interessa perpetuá-las.

Não é meu objetivo criticar os que desistem de acalentar sonhos, sei da força da opressão que se abate sobre a pessoa idosa. Quero apenas aqui, encerrar este texto, mostrando que talvez valha muito a pena despir-se dos próprios medos e esquecer-se um pouco de ver o mundo pelo olhar do “outro”, que tantas vezes nos cerceia. E acreditar que, em qualquer idade, apesar das limitações, é, sim, possível “teatrar”, criar, atuar num palco, confraternizar, aprender, estudar e fazer tudo o mais que se deseje com intensidade e prazer.

Referências Bibliográficas

BOAL, Augusto. Teatro do Oprimido e Outras Poéticas Políticas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991.

BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: Queiroz, 1979.

COLASANTI, Marina. Uma idéia toda azul. São Paulo: Global, 2003.

CORDEIRO, Ana Paula. Oficinas de Teatro da UNATI (Universidade Aberta à 3ª Idade) – UNESP de Marília: a arte e o lúdico como elementos libertadores dos processos de criação teatral da pessoa idosa. 2003, 247 p. Tese (Doutorado em Educação) FFC. UNESP. Marília.

* É formada em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista e é Mestre e Doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista. Atualmente é docente lotada no Departamento de Didática da Faculdade de Filosofia e Ciências – UNESP- Campus de Marília – SP. Coordena, desde 1999, o Projeto “Oficinas de Teatro da UNATI (Universidade Aberta à 3ª Idade) – UNESP de Marília”. Contato: napcordeiro@marilia.unesp.br .

Como referenciar este texto:

CORDEIRO, Ana Paula. Envelhecer com Arte: O Teatro e seus Benefícios Para a Vida da Pessoa Idosa. Partes. Junho de 2010. Disponível em: <http://>

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