Nair Lúcia de Britto
publicado em 02/05/2010
www.partes.com.br/reflexao/espiritualidade02.asp
OBSERVAI OS PÁSSAROS NO CÉU AZUL…
Os pássaros voam no céu azul…felizes e tranquilos! Nada os preocupam, apenas aproveitam o bens que Deus lhes deu: asas para voar e voz para cantar. Eles não se preocupam em amontoar o alimento com o qual se nutrem hoje e sentem instintivamente que Deus lhes permitirá que possam se alimentar também amanhã…
OBSERVAI OS LÍRIOS NOS CAMPOS…
Nem o rei Salomão com toda sua glória se vestiu de tanta beleza! Deus que cuida tão bem dos lírios dos campos, cuidará ainda melhor dos homens; mas a ausência de fé faz com que os homens se preocupem em juntar tesouros na Terra; tesouros que não lhes pertencerão por muito tempo…mas que ele julga ser uma garantia para sua sobrevivência. Os tesouros do coração, estes sim, são eternos; jamais serão corroídos pelo tempo nem roubados por algum ladrão. Esses são os únicos tesouros que se pode levar para o reino de Deus.
Isso não significa, porém, que devemos ficar passivos esperando que tudo caia do céu… porque esse pensamento seria uma contradição com a Lei do Trabalho e, consequentemente, com a Lei do Progresso. E se assim fizesse, o homem nunca teria saído do seu estado primitivo. Deus criou o homem sem roupa e sem abrigo, mas lhe deu inteligência para fabricá-los. Se o homem precisar de algum socorro material, Deus vai lhe inspirar ideias que o libertem dessa dificuldade.
Deus conhece todas as necessidades do homem e vem socorrê-lo dentro do que lhe é preciso. Mas a tendência do homem é ser insaciável e querer sempre mais… porque o necessário não lhe basta, é preciso o supérfluo para contentá-lo. Então busca incessantemente armazenar os tesouros da terra e se esquece dos tesouros do coração. É isso que Deus condena e o deixa sofrer as consequências de sua ambição desmedida para que aprenda a lição.
A Terra produziria o suficiente para alimentar todos seus habitantes se os homens soubessem administrar todos os bens que ela nos proporciona. Segundo às leis de justiça, da caridade e do amor ao próximo, o supérfluo momentâneo de um poderia suprir a carência momentânea do outro; e dessa forma não faltaria nada a ninguém.
Considerando-se um homem rico como um homem que tem uma quantidade grande de sementes; se ele espalhar essas sementes elas se multiplicarão para ele e para os outros. Mas se ele guarda essas sementes só para si e as esbanja com excessos, as sementes nada produzirão e se perderão na inutilidade.
Daí porque devemos nos preocupar mais em guardar os bens espirituais do que os bens materiais. Utilizando com inteligência, no próprio benefício e em benefício do progresso da humanidade, os bens materiais serão profícuos. Sem esquecer da caridade e da fraternidade, riquezas espirituais conquistadas pelo próprio homem, que as guardará no seu coração, com o cuidado de jamais permitir que o egoísmo as esmague.
Fonte de pesquisa: O Evangelho segundo o Espiritismo de Allan Kardec, cap. xxv
Nair Lúcia de Britto