(por Ana Marina Godoy, de Curitiba/PR)
Do imaginário espanhol – que meu sobrenome honra – faz parte a elegância de roupas rubro-negras. Combinação que foi disseminada e aceita em todo o mundo como de classe A. E não decepcionando as expectativas de flamenguistas e atleticanos paranaenses neste último domingo de novembro de 2009.
Jogos de conquistas, como o elegante e sedutor ritmo flamenco propicia em expressões de palco. Exige sangue nas veias e força…física e de alma. Haja coração! Tanto no Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, quanto na Arena da Baixada, em Curitiba.
Sem baixarias, controlando nervos, jogando bola, dando show para as torcidas e pondo os corações a teste, o Flamengo carioca desencantou na minha abençoada terra: Campinas, a “princesinha do oeste”. Interior chique: mais de um milhão de habitantes e um terço das indústrias paulistas. O placar de 2 x 0 contra o Corinthians surpreendeu: o rubro-negro foi para o ataque, sem depender de situações de contra-ataque para fazer a rede balançar. O “imperador” mandou seus substitutos. Que reinaram com categoria de campeões.
E o “olé” também ocorreu na capital paranaense: Atlético Paranaense mostrou que o Furacão existe também contra “gloriosos” e tem raça e classe rubro-negra. Os (também) 2 x 0 do Atlético contra o Botafogo garantiram o Furacão na série A no Brasileirão de 2010.
Muita matemática para várias equipes em todas as partes da tabela: campeão, libertadores, sul-americana, zona de rebaixamento. Mas os rubro-negros reinam, seja qual for o resultado que vier na última rodada. E têm duas semanas pela frente só de alegria. Para os cariocas por sonhar com o campeonato, a taça na mão ou disputar a Libertadores da América, e para o Atlético por se manter na 1ª. divisão: ufa! E pelo jogo deste domingo…olé!
Meu sobrenome espanhol, minha paixão pelo Atlético paranaense, meu orgulho por ser campineira: tudo isso pintado em rubro-negro ilustrado neste domingo, 29 de novembro de 2009.
Apesar dos pesares: da “dança das cadeiras” na Arena da Baixada com gente andando por onde quiser e arranjando confusão pra ter um lugar com teto – para fugir do sol e da chuva por pagarem o mesmo tanto que aqueles que têm teto…, mas foram oportunistas , no melhor dos sentidos, e souberam escolher as cadeiras que escolheram… e tudo isso gerando atritos dentro da própria torcida com a diretoria não, sequer, respondendo emails dos leais torcedores: não vestimos a camisa da diretoria, mas, sim, do CAP, Clube Atlético Paranaense), apesar da falta de identidade que estão gerando fazendo com tantos uniformes sem o essencial rubro-negro do hino (o uniforme do final do ano passado parecia o do Internacional; o que está sendo difundido agora até na vitrine da loja do estádio parece o do São Paulo), apesar da falta de respeito para com os associados (que têm suas carteirinhas de “Sócio Furacão” vencidas e nem trocar o cartão o clube faz a fim de economizar no material, sobrando na falta de respeito aos atleticanos de coração: aumento de mensalidade…burlando contrato), apesar do torcedor ser “sócio sofredor” (cardiologista de plantão deveria fazer parte do plano de sócio!) por não saber onde o time abrigará – com dignidade e elegância rubro-negra todos os seus torcedores enquanto termina a Arena da Baixada para receber a Copa do Mundo) … apesar de tudo isso… é paixão que não tenho como negar.
Afinal, o hino assume a sabedoria: “a camisa rubro-negra só se veste por amor”. Se fosse por razão… mas não é! Ufa! Olé!
Saudações rubro-negras!