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A Estatística e suas funções

A Estatística e suas funções

Marcelo dos Reis*

 

Marcelo dos Reis é aluno do sexto semestre de graduação em Licenciatura Plena em Matemática pela FAAL – Faculdade de Administração e Artes de Limeira

Resumo

O artigo apresenta algumas particularidades sobre a definição e o significado de estatística. Para isso, o artigo aborda alguns conceitos históricos desde a antiguidade. Além disso, o artigo apresenta alguns conceitos teóricos sobre estatística, como por exemplo, população, amostra, variável e probabilidade. Desta forma, o objetivo deste artigo é apresentar uma pequena revisão bibliográfica sobre a estatística. Os resultados mostram um pequeno resumo sobre a importância e alguns conceitos introdutórios, cuja contribuição é ressaltar a importância desta disciplina.

Palavras-chave: Estatística, Definição, Conceitos, Probabilidade.

Abstract

The article shows some peculiarities about the definition and significance of statistics. So, the article discusses some historical concepts since antiquity. In addition, the article presents some theoretical concepts about statistics, such as population, sample, variable and probability. Thus, the aim of this paper is to present a quick review of the statistics. The results show a short summary about the importance and some introductory concepts, whose contribution is to draft the importance of this issue.

Keywords: Statistics; Definition, Concepts, Probability.

 

Introdução

Na sociedade atual em que se valoriza cada vez mais a rapidez e a agilidade de informações, a Estatística se torna uma disciplina muito importante. Diferentes áreas do conhecimento, como a Educação, as Ciências Contábeis, a Administração de Empresas, a Informática, a Matemática, dentre outros, utilizam a Estatística para fazer inferência, tomar decisões e fazer previsões, a partir de dados numéricos.

 

Desenvolvimento

De acordo com as diversas e diferentes definições da palavra estatística verificadas em dicionários em geral, pode-se dizer, que Estatística é um ramo das matemáticas aplicadas cujos princípios decorrem da teoria das probabilidades. “Além disso, a estatística tem por objeto o estudo, bem como o agrupamento metódico, de séries de fatos ou de dados numéricos”.

Para Farhat (1998) a estatística pode ser definida como sendo um conjunto de procedimentos adotados para reunir, organizar, interpretar um conjunto de dados numéricos, para tirar conclusões ou fazer previsões a respeito de determinado fato.

A estatística não é um conceito contemporâneo, pois, desde a Idade Antiga, já é possível notar indícios de seus princípios, onde se afirma que a contagem populacional e territorial já era feita. Segundo Moreira (1966), em épocas bastante remotas já se fazia o recenseamento da população e extensão territorial do Império Romano.

Segundo Morettin (1982), o cidadão comum pensa em estatísticas como sendo colunas de números em páginas de esportes ou em seções econômicas de jornais, ilustradas com gráficos, pilhas de moedas ou linhas de pessoas. Porém, ressalta que o estatístico da atualidade, não apenas compila tabelas de dados e os ilustra graficamente, mas, ele trabalha em tarefas científicas e profissionais mais complexas. Assim, dentre estas tarefas, um estatístico, também planeja experimentos, interpreta dados obtidos de através de observações e apresenta os resultados de maneira a facilitar a tomada de decisões razoáveis.

Quando se fala em estatística, surgem conceitos como população, amostra, variável, segundo Castanheira e Pizarro (2003), população é o conjunto de estudantes de uma escola, cuja característica comum é o fato de serem alunos da mesma escola. Uma população pode ser finita ou infinita, por exemplo, a população de todos os carros que passam por uma cabine de pedágio em um determinado dia é finita. Já a população constituída de todos os resultados do lançamento de uma moeda em sucessivos lançamentos é infinita.

Uma amostra pode ser considerada como qualquer subconjunto que represente estatisticamente uma população. Para se obter uma amostra é preciso utilizar algumas técnicas que a torne confiável. Por exemplo, se o objetivo de uma determinada pesquisa for verificar a porcentagem da aquisição de eletrodomésticos no ano de 2009 no Brasil, nas camadas populares, neste caso, a amostra será composta por pessoas de baixa renda, preferencialmente de várias regiões do Brasil, de ambos os sexos, diversas faixas etárias, entre outras.

Segundo Castanheira e Pizarro (2003) uma variável é um símbolo, representado por uma letra, que representa um elemento qualquer de um conjunto denominado domínio dessa variável. Uma variável pode representar a qualidade de uma determinada variável, neste caso, ela denomina-se qualitativa, quando se baseiam em qualidades e assim não podem ser mensuráveis numericamente, ou quantitativa, classificada como contínua ou discreta. Contínua quando ela assume qualquer valor em um determinado intervalo e, discreta, quando assume valores pontuais em um determinado conjunto de dados.

Outro conceito importante e diretamente relacionado com a estatística é a probabilidade. Segundo Downing e Clark (2000), a probabilidade e a estatística estão estreitamente relacionadas, porque formulam tipos opostos de questões. Na probabilidade, o funcionamento de um processo é conhecido e se deseja fazer previsões sobre resultados futuros de tal processo. Já na estatística, o funcionamento do processo é desconhecido, mas é possível observar seus resultados e utilizar informações sobre estes resultados, para conhecer a natureza do processo.

O estudo da probabilidade teve início, historicamente, com jogos de azar, quando o interesse era conhecer as chances de ganhar ou perder uma determinada aposta. Assim, na natureza, a probabilidade se ocupa em estudar fenômenos aleatórios, associados a valores numéricos.

Os conceitos e ideias sobre probabilidade utilizam processos aleatórios, que muitas vezes são de conhecimentos de senso comum, como por exemplo, a jogada de uma moeda, o lançamento de dados e a extração de cartas de um baralho. Conhecer como os conceitos de estatística são aplicados em situações com processos conhecidos, ajuda a na realização de inferências estatísticas, quando os processos são desconhecidos. Considerando, por exemplo, uma caixa com quarenta fichas azuis e sessenta vermelhas; da qual, 10 fichas são extraídas aleatoriamente. Pela teoria da probabilidade é possível calcular a probabilidade de que, das dez fichas extraídas, exatamente seis sejam vermelhas.

Outro exemplo é a situação em que, antes de uma eleição, seja realizada uma pesquisa para perguntar a mil pessoas, selecionada aleatoriamente, o nome do seu candidato a presidente. Não é possível calcular a probabilidade de que 60% das pessoas da amostra concordem com sua preferência, pois o leitor não conhece as preferências de todas as pessoas da população. Porém, utilizando a inferência estatística é possível estimar as preferências da população com relação ao nome do presidente, com base nas preferências das pessoas da amostra, é importante destacar que estes exemplos são apenas uma pequena amostra extraída de uma população.

 

Considerações Finais

A estatística está presente na vida do homem desde a antiguidade, por meio da contagem populacional e marcação territorial, desta forma, participa-se diretamente da administração do reinado dos romanos. Nos dias atuais, tais atribuições são de responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, que a realiza por meio do Censo Populacional.

Além disso, outro fato apresentado neste estudo é a capacidade da estatística para analisar dados, seja em um âmbito profissional ou pessoal, com a função de decidir qual a melhor opção a ser seguida.

Deste modo, nota-se que a estatística tem uma grande contribuição para o avanço da humanidade, especialmente no que diz respeito à transmissão de informação e tomada de decisões.

Referências Bibliográficas

http://www.dicionariodoaurelio.com/dicionario.php?P=Estatistica, acessado em 07/12/2009 às 17h51min.

CASTANHEIRA, Luiz Batista e PIZARRO, Maria de Lourdes Pimentel, Estatística e Probabilidade, São Paulo, Editora G. S. P. 2003.

DOWNING, Douglas e CLARK, Jeffrey, Estatística Aplicada –, São Paulo, Editora Saraiva, 2000.

FARHAT, Cecília Aparecida Vaiano, Introdução à Estatística Aplicada, São Paulo, Editora FTD, 1998.

MOREIRA, José Santos, Elementos de Estatística, São Paulo, Editora Atlas, 1996.

MORETTIN, Pedro Alberto, Introdução à Estatística para Ciências Exatas, São Paulo, Editora Atual, 1981.

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