Diminuição da variabilidade genética coloca várias espécies em risco de extinção.
Assunto será apresentado na Reunião Regional da SBPC
Plantas, animais e peixes da Amazônia podem estar correndo risco de extinção sem que a causa do problema esteja diretamente ligada à destruição do seu ecossistema. “Muitas espécies estão ameaçadas pela diminuição de sua variabilidade genética, por viverem isoladas em bolsões”, alerta a bióloga Vera Maria Almeida Val, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). “É a chamada erosão genética, tão perigosa quanto a destruição de um ecossistema, mas mais lenta”, diz a pesquisadora que falará sobre esse assunto em uma palestra no dia 19 de março, durante a Reunião Regional da SBPC em Tabatinga evento que a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência promove de
Segunda a pesquisadora, uma estrada que corta uma floresta ou um lago que se forma separado do fluxo de um rio podem parecer inofensivos para a sobrevivência das espécies desses ecossistemas, mas não são. “Quando se criam ‘bolsões’ em ecossistemas há um aumento de consanguinidade entre as espécies, o que diminuí sua capacidade de adaptação e eleva o risco de extinção”, explica. “Qualquer fator que bloqueie o fluxo gênico de uma espécie pode levar à erosão genética”.
Especialista em ecofisiologia de peixes, a pesquisadora conta que o INPA e outras instituições de ensino superior da Amazônia vêm realizando diversas pesquisas com peixes comerciais da região para avaliar a erosão genética