Em questão

Copa à moda brasileira

Por Ana Marina Godoy

Ana Marina Godoy é turismóloga. Editora de Turismo da Partes.
anamarinagodoy@ig.com.br

O Brasil está se assumindo: verde e amarelo por todos os cantos. E não só nas bandeiras – de todos os tamanhos – penduradas em janelas, beirais, escadarias ou ao vento… e também no vestir do brasileiro: o principal!
Terminou a adolescência deste jovem país? Auto-afirmação? A gente levanta a bola e questiona. O que é evidente é a psicologia da alegria parando o país e – , pelo menos, por enquanto…! – vencendo.

O contemporâneo jeans alia-se ao expansivo amarelo “canarinho”; romantizações da moda – babadinhos, vestidinhos e sainhas estão nessa!- também são feitas e desfiladas em tons diversos de verde e amarelo, honrando a pátria, assumindo a alegria do ser brasileiro.
É tempo de festa! Muita festa!!! E que ela se sustente até o levantar da Copa do Mundo pela sexta vez por parte da seleção brasileira de futebol. Até lá…estilistas e guarda-roupas amadurecem a identidade numa busca de brasilidade.

Materiais orgânicos são bem-vindos para cooperar com a sustentabilidade planetária. O natural aparece como eco em meio às selvas urbanas.
Mas o que flui mesmo é a “bola cheia” dos brasileiros: bonitos por natureza. Fácil é ficar chique quando a alma é recheada com o que há de mais nobres: desde o honrar à camisa até a esperança da conquista de mais um campeonato…muito além de dribles com tênis estrangeiros.

Em meio a uniformes que chamam à memória cinematográficos piqueniques ou a outros – azuis – que enegrecem em empates, o verde e o amarelo – combinados -, com jeitinho de um, começa a tornar clássico o que até não muitos anos era brega assumir: o pertencer à pátria-mãe-gentil. Deixa de ser turístico e exótico para ser, de fato: estar e permanecer. Por aí, um Estado (de arte) comunicando a ginga autêntica do Pertencer e do Integrar.

O brasileiro, dentro do campo ou como parte da torcida na Alemanha ou, ainda, sendo um alguém mais de algum canto desse grande coração-Brasil, hoje brilha com a sua casual sensualidade e esbanja brilho nos olhos.
Estrela, assim, o luxo brasileiro às passarelas europeias. Cristais se rendem à genialidade dos fashionistas canarinhos. Agora, além das pedras brasileiras terem espaço – e devido valor – em caras e afamadas joalherias internacionais, o verde e o amarelo, juntinhos, em par, se transformam no que é sofisticado: um gol!

Com arte e tecnologia desenvolvamos e finalizemos: o campo é nosso. (A) Copa à moda (típica de sempre!), Brasil.


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publicado em 12/05/2006
Por Ana Marina Godoy

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