João Gomes Moreira
www.partes.com.br/educacao/casodanbrown.asp
Revista Partes – Ano V – 09/03/2006
LIÇÕES SOBRE O CASO DAN BROWN [1]
João Gomes Moreira[2]
Resumo
Este ensaio apresenta uma breve noticia sobre o autor. Definição do conceito de plágio. Síntese do caso Dan Brown mediante relatos da mídia. Relação de alguns casos semelhantes nos ramos das ciências e literatura. Uma modesta proposta de exame (do caso) interdisciplinar baseado em metodologia científica, abordando o tipo de análise pelo método hipotético-dedutivo e documental. Descrição de algumas ferramentas, técnicas e tecnologias aplicadas à sistemática da perícia documental e tecnológica.
Palavras-chave: plágio, perícia, metodologia científica, método hipotético-dedutivo.
Abstract
This essay presents the one brief news on the author. Definition of the plagiarism concept. Synthesis of the Dan Brown case by means of stories of the media. Relation of some similar cases in the branches of sciences and literature. Modest a proposal of examination (of the case) to interdisciplinar established in scientific methodology, approaching the type of analysis for the hypothetical-deductive and documentary method. Description of some tools, techniques and technologies applied to the systematics of technological the documentary skill and.
Words-key: plagiarism, skill, scientific methodology, hypothetical-deductive method.
Introdução
“Só aprendemos bem as caminhadas ao avesso que não levam a
lugar algum. Só sabemos bem as palavras que nos mascaram e os gestos
que nos escondem. KURI, p.. 82. O negócio da Pia, Rio:Cátedra, 1972
Neste trabalho pretendemos elaborar uma discussão sobre a possibilidade de aplicação da metodologia científica para o desenvolvimento do processo de análise da acusação de plágio (do escritor de O Código Da Vinci) aventada pelos historiadores Richard Leigh e Michael Baigent. Estudo que busca através da interdisciplanariedade inovar estratégias de ensino. Estratégias mediadas pelos excertos dos subsídios das agências de notícias da atualidade.
1- Notícia sobre o autor
Dan Brown é um escritor norte americano, detentor de um BA em Inglês, membro da Psi Upsilon Fraternity e da Mensa Organization, nascido em 22 de junho de 1964. filho de Dick Brown e Connie Brown. Foi professor na Academy Phillips of Exeter. Casado com Blythe Brown e tem dois filhos. Escritor famoso que já lançou: Fortaleza Digital (2000); Anjos e Demônios (2001); Ponto de Impacto (2002); e o best-seller: Código Da Vinci (2003). Numa trajetória meteórica se vê, hoje, envolvido no segundo processo judicial de plágio.[3]
2- O que é plágio?
Plágio, segundo o dicionário Universal de Língua Portuguesa[4] plágio é “apresentar, como seu, trabalho literário ou científico copiado de obra alheia; copiar, reproduzir, fazendo passar por original; imitar servilmente (trabalho de outrem)”. No Brasil existe a Lei de Direitos Autorais 9.610/98 que declara que reproduzir integralmente um texto, mesmo indicando a fonte, mas sem a autorização do autor, pode constituir crime de violação de direitos autorais. O Código Penal Brasileiro especifica em seus artigos (184 a 196) as sanções referentes aos crimes contra a propriedade imaterial[5].
3 – Casos na Ciência[6]
- Alan Sokal físico norte americano publicou pela revista Social Text: “Transgressão das fronteiras: para uma hermenêutica transformativa de gravitação quântica”. A Revista Ingenium n. 88 declara: “uma das mais fantásticas e cruéis fraudes do mundo acadêmico”. Alan sokal denunciou a fraude e ciências humanas e ciências exatas, mais uma vez, em confronto direto. Defensores e acusadores duelaram incansavelmente. A celeuma levou Sokal juntamente com Bricmont a escrever em 1997 a obra: Imposturas Intelectuais. [7]
- 1759. Jean Le Rond D´Alembert foi acusado de plagiar Francis Bacon. D´Alambert e Diderot (entre outros) elaboraram a Enciclopédia Francesa. Em sua Nota Preliminar do Autor ele dá credito a contribuição do cientista inglês e se defende das acusações[8].
- Luc Montaigner (França) X Robert Gallo (EUA)[9].
- O historiador da Universidade de Peruggia, Umberto Bartocci, descobriu que Olinto de Pretto, um cientista amador italiano, também publicara um trabalho com a mesma equação, um ano antes de Einstein. O jornal inglês The Guardian deu grande publicidade ao caso, e várias suspeitas de plágio foram levantadas em outros veículos de comunicação[10].
1989/1990(?). Fraude da Fusão a Frio. Em 23/03/1989 o cientista inglês Martin Fleischman e o cientista norte-americano Stanley Pons anunciaram ao mundo que eles haviam produzido energia mediante a fusão de núcleos de átomos usando equipamentos de bancada e em temperatura ambiente, daí a origem do termo “fusão a frio” anos mais tarde esta fraude foi descoberta e veio à tona expondo a vulnerabilidade tanto da mídia como da comunidade científica com relação à credibilidade de supostas descobertas científicas[11].
1986-1996 – Experimento transgênico realizado por David Baltimore (norte americano) e Thereza Imanishi-Kari (brasileira). Acusação infundada de Margaret Margaret O’Toole, membro da equipe de pesquisa (…talvez a sabotadora). O processo se arrastou por uma década[12]! Baltimore e Imanashi-Kari foram inocentados.
- O caso dos Irmãos Bogdanoff. Um dos maiores escândalos na comunidade científica européia e que eclipsou a física teórica[13]. Embuste.
- Peter Duesberg X Robert Gallo (…de novo) A hipótese de Peter Duesberg: AIDS: doença tóxica. A pesquisa de Duesberg foi bancada pelo National Cancer Institute (dos USA) em 91, aceita e publicada em 92[14].
- Denúncia de Francisco Rüdiger sobre dissertação de mestrado fraudada e apresentada na UFRGS[15].
- Denúncia de Ari Otti sobre fraude e falsidade ideológica de pesquisador que apresentou Dissertação de Mestrado na UFSC[16].
- Artigos fraudados e publicados na revista Science pelo pesquisador sul-coreano Woo-Suk Hwang[17]. Fraudes.
- Casos da Literatura
- Roland Chaudenay lança na França o “Dictionnaire des Plagiares” (Dicionário dos Plagiários, ed. Perrin, 320 páginas, 135 francos)[18].
- 1998. Carmen Formoso Lapido x Camilo José Cela. A primeira alegava que sua novela novela “Carmen, Carmela, Carmiña“, fora plagiada por Cela na obra “La Cruz de San Andrés“. caso controverso, pois a editora Planeta recebeu o livro de Lapido para um premio literário em Mais tarde, Cela recebeu a premiação. A memória cibernética (ciberespaço) não perdoou e nem esqueceu o fato[19].
- Ana Rosa Quintana acusada de plagiar em ‘Sabor a hiel’ de Danielle Steel e Angeles Mastretta[20].
- Dan Brown. Primeira acusação de plágio movida por Lewis Perdue. O último denunciou que a obra: O Código Da Vinci tinha elementos copiados de seus romances romances Daughter of God e The Da Vinci Legacy. Em agosto de 2005 Dan Brown ganhou o caso[21].
- Dan Brown. Segunda acusação de plágio.
5 – O que está em julgamento?
Um tribunal de Londres iniciou em 27/02/2006 a primeira sessão do julgamento a respeito da acusação levantada por dois historiadores em desfavor de Dan Brown. Richard Leigh e Michael Baigent acreditam que o escritor best-seller cometeu o “pecado capital do mundo do conhecimento que é o plágio” (Praxedes, 2003). Para os historiadores “toda a arquitetura” fora copiada da obra de não-ficção publicada em 1982 “O Santo Graal e a Linhagem Sagrada“, e, serviu de base para a composição do livro “O Código Da Vinci“. Este é o caso está se tornando o mais polêmico e glamouroso do Século XXI. Pois é:
O thriller religioso de Brown já vendeu mais de 36[22] milhões de cópias em todo o mundo e desagradou os católicos ao sugerir que Jesus casou-se com Maria Madalena e teve um filho com ela. A mesma teoria é sustentada em “O Santo Graal e a Linhagem Sagrada” (REUTERS, 2006).
Além disso uma grande adaptação da obra, um filme produzido pela Sony Pictures, baseado na obra, está para ser lançado em maio do corrente ano. As cifras são vultosas! A indenização requerida é de cerca de 2 milhões de dólares. Uma intrigante menção aparece no texto: “Analistas apontam que o nome de um personagem importante do livro de Brown, sir Leigh Teabing, é um anagrama de Leigh e Baigent.” (REUTERS, 2006). …Isso também pode ser uma sutil forma de ultraje. Outro jornal em 28/02/2006 ponderou: “O julgamento, que pode durar mais de duas semanas, pode ter repercussões sobre as leis de direitos autorais, já que estabelecerá até que ponto um escritor pode utilizar a pesquisa em outros livros para elaborar sua obra”, (OESP, 2006).
5.1 As Audiências
Em 12/03 – O feitiço vira contra o feiticeiro.
o advogado da editora – que publicou também O Sangue de Cristo… – leu em tribunal excertos de temas tratados no livro de Leigh que já haviam aparecido noutros romances, e numa linguagem muito semelhante à que ele utilizou. À pergunta que se impunha, formulada pelo advogado John Baldwin , “também os copiou?”, Leigh terá respondido que os exemplos em causa não eram cópias, mas sim repetições.(SIC) “Se algumas frases não são minhas, é porque me agradaram o suficiente para me apropriar delas”, acrescentou, depois de garantir serem suas muitas das formulações de O Sangue de Cristo… (DIARIO DE NOTICIAS, 2006)
Em 13/03 – Um pouco de arrogância não faz mal…
O escritor [Dan Brown] afirma ter ido além de suas obrigações ao mencionar o nome dos dois por serem aqueles que tornaram a teoria mais conhecida. “Gostaria de reafirmar que fiquei espantado com a opção dos requerentes de abrir um processo de plágio”, diz a nota. “Para eles sugerirem, como entendo que tenham feito, que eu me apropriei e explorei o trabalho deles é simplesmente não verdadeiro.” Em depoimento, Brown disse que sua mulher, Blythe, fez a maior parte da pesquisa (GRIFO NOSSO) e que ela “é profundamente apaixonada pelo feminino sagrado” (BBC, 2006).
O costume de fazer pesquisa prévia para escrita (em trabalho de criação literária) é prática consagrada por escritores tais como: Émile Zola, Michael Crichton, Sidney Sheldon, Arthur Clarke, Isaac Asimov e Scott Turow, (embora estes dois últimos apoiam-se primeiramente em experiências de seus respectivos ofícios).
Teoria da Conspiração?
Como o processo é movido por dois autores publicados pela mesma editora que lançou “O código Da Vinci” os caçadores de teorias de conspiração vêem elementos que podem relacionar com uma conspiração com fins de ampliação de lucros. Tal idéia está expressa nas seguintes observações:
O sucesso fenomenal da obra de Brown levou as vendas de “The Holy Blood” a aumentar nos últimos anos, e o próprio julgamento as multiplicou por sete na Grã-Bretanha. Dezenas de jornalistas de todo o mundo vêm acompanhando cada virada do processo e brincam, dizendo farejar uma teoria conspiratória digna do próprio “Código Da Vinci” (O GLOBO, 2006).
Alguns Contrastes:
Os personagens principais da polêmica revelam alguns contrastes curiosos.
Durante mais de três dias da semana passada, Michael Baigent, que fala em tom polido, usa terno e tem ar de professor universitário, foi interrogado de maneira implacável pelo advogado da Random House, John Baldwin, sobre até que ponto “The Holy Blood” e “O Código Da Vinci” de fato se sobrepõem. Em vários momentos ele foi obrigado a retroceder em relação a afirmações específicas feitas por ele e Leigh e a abrandar o tom de seu depoimento, que se estendeu por 146 páginas (do total de 475. GRIFO NOSSO).
Na sexta-feira, foi a vez de Leigh depor, e ele imediatamente partiu para o ataque, acusando Dan Brown de roubar suas idéias e Baldwin de agir com descortesia. Durante sua passagem muito mais breve pelo banco das testemunhas, Leigh foi interrogado sobre a originalidade de sua própria obra, publicada em 1982(GRIFO NOSSO).
Dan Brown acompanhou a maior parte dos procedimentos na primeira fileira dos bancos reservados ao público, aparentando calma e ocasionalmente conversando com seu advogado ou passando um bilhete para algum integrante da equipe da Random House.
O autor de 41 anos evita estar ao centro das atenções, mas ter que se acostumar a isso nesta segunda-feira, quando será interrogado pelo advogado dos autores da ação, Jonathan Rayner James.
Mas até agora o astro do julgamento tem sido o juiz Peter Smith, que consegue abrir caminho em meio a argumentos legais labirínticos com clareza e brevidade, além de injetar doses de humor nos procedimentos.
Quando ele afaga seu bigode volumoso e faz observações calmas, o tribunal lotado faz silêncio, ansioso por ouvir cada palavra.
Na semana passada, quando Leigh reclamou que Dan Brown deu crédito insuficiente a ele e seus co-autores por suas pesquisas, Smith o lembrou que “The Holy Blood” foi mencionado no romance – um dos personagens tem um nome que um anagrama de “Baigent” e “Leigh“(GRIFO NOSSO). [Reconhecimento ou” ato falho”?] Leigh respondeu que isso não bastava. Mas, nesse momento, o caso todo parecia estar se resumindo à simples solicitação de um agradecimento, (O GLOBO, 2006).
14/03/2006 – Advogado suspeita que Dan Brown mentiu
O advogado dos dois historiadores disse nesta terça-feira que o escritor pode ter mentido em seu testemunho.
Brown alega em sua defesa que escreveu a sinopse[23] de seu livro antes de conhecer “The Holy Blood, and the Holy Grail” (“O Santo Graal e a Linhagem Sagrada“, publicado no Brasil pela editora Nova Fronteira), dos historiadores Michael Baigent e Richard Leigh, publicado em 1982. Mas o advogado Jonathan Rayner James mostrou que “O Santo Graal” é indicado como leitura essencial num dos livros usados por Brown durante a pesquisa para escrever a sinopse de “O código Da Vinci”.
Eu já tinha tudo de que precisava para aquela sinopse. Estou olhando para o plano geral, não para os detalhes – respondeu Brown, em seu segundo dia no banco de testemunhas. (O GLOBO, 2006).
É aqui que está o nó górdio do caso, porque o trabalho de criação literária precisa ser “selecionado e organizado. Esta seleção e organização do material é a mais importante operação feita pelo artista já que é através dela que ele vai se definir e se vai revelar” (Ataíde, 1974, p.21,22).
Quando Dan Brown procurou provar que documentos atribuídos a sua mulher não eram obra dela, o tribunal ouviu discussões sobre as diferenças entre a pontuação e a ortografia britânicas e americanas (Ultimo Segundo, 2006).
16-03 O principal objetivo da corte
O principal objetivo da corte é determinar quando Brown e sua esposa[24] entraram em contato com informações tiradas de O Santo Graal e a Linhagem Sagrada. O resultado, até o momento, foi um relatório de 69 páginas que explica detalhadamente como Brown pesquisa seus temas (Fortunato, 2006).
18-03 Mea-culpa?
O escritor Dan Brown, autor de “O código Da Vinci”, admitiu na última quarta-feira que utilizou em seu livro algumas das idéias dos dois historiadores que o acusam de plágio, mas ressaltou que o best-seller trata de outros temas igualmente importantes (O Globo, 2006, GRIFO NOSSO).
6 – UMA MODESTA PROPOSTA
A ciência não é uma forma de magia negra. Antes de encontrar o caminho certo, percorrem-se mil vielas sem saída; antes que surja um Darwin ou um Einstein são milhares de amadores que ensaiam suas forcas por essas vielas. GOULD, L. G.
Um exame das matérias divulgadas pelos meios de comunicação de massa permite a elaboração de um paralelismo dos prováveis procedimentos do desenvolvimento da perícia e/ou do julgamento e os postulados consagrados pela metodologia científica[25]. Pois Cervo & Bervian (apud Lakatos & Marconi, 1988, p. 40) declaram:
Em seu sentido mais geral, o método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um fim dado ou um resultado desejado. Nas ciências, entende-se por método o conjunto de processos que o espírito humano deve empregar na investigação e demonstração da verdade.
Os estudantes universitários, muitas vezes imaginam que a metodologia científica seja uma disciplina, (apenas) necessária para aqueles acadêmicos que seguirão carreira de pesquisador. Mas é necessário enfatizar que:
Os estudantes universitários treinam passos no caminho da ciência. Isto é verdade. Mas, para treinar passos no caminho da ciência, devem não só imbuir-se de espírito científico e de mentalidade científica, mas também instrumentar-se e habilitar-se a trabalhar com critérios de ciência. Devem, ainda, estar em condições de realizar os trabalhos de pesquisa que lhes forem sendo gradativamente solicitados, de acordo com as normas da metodologia científica. (RUIZ, 1996, P. 46).
O estudo e exercício constante de Metodologia Científica não só tem caráter propedêutico e instrumental, mas também será de grande valia para o desenvolvimento de outras habilidades tais como: aperfeiçoamento de leitura, escrita, procedimentos de organização, exposição, análise e síntese de pensamentos e idéias.
Entre as características do conhecimento científico arroladas por Lakatos & Marconi (1988, p.31,32) destacamos: é analítico em virtude de abordar um fato, processo ou fenômeno, decompor o todo em suas partes componentes; o procedimento científico de análise conduzir à síntese. Embora os mass-media não tenham explicitado qual a metodologia definida pelo juiz para a condução do julgamento do caso, algumas frases dão uma indicação de que haverá um método específico para a busca da verdade. Assim reportamos ao enunciado de Bunge (apud Lakatos & Marconi, 1988, p. 41) quando declara: “Método científico é um conjunto de procedimentos por intermédio dos quais a) se propõe os problemas científicos e b) colocam-se à prova as hipóteses científicas”. Assim o tribunal precisa lançar mão da técnica de análise para tentar verificar (validar ou refutar) as hipóteses apontadas pelos envolvidos no caso. Pois “a análise e a síntese podem operar sobre fatos, coisas ou seres concretos, sejam materiais ou espirituais, no âmbito das ciências factuais, ou sobre idéias mais ou menos abstratas ou gerais, como nas ciências formais ou na filosofia (Lakatos & Marconi, 1988, p.45). A lógica é a companheira indissociável da metodologia no processo de pesquisa. Porque:
para a metodologia é de vital importância compreender que, no modelo dedutivo, a necessidade de explicação não reside nas premissas, mas, ao contrário, na relação entre as premissas e a conclusão (que acarretam). Por outro lado, não é necessário que o princípio geral aduzido seja uma lei causal: a explicação de porque algo deve ser como é não está limitada a esse algo ser feito de certas causas (Lakatos & Marconi, 1988, p.60, 61).
O estudo dos relatos dos meios de comunicação de massa possibilita perceber certas evidencias, (prováveis) do método hipotético-dedutivo. Segundo Popper “toda pesquisa tem sua origem num problema para o qual se procura uma solução, através de tentativas (conjecturas, hipóteses, teorias) e eliminação de erros” (cf. Lakatos & Marconi, 1988, p.64).
Podemos supor que o júri e os peritos precisarão lançar mão de técnicas e ferramentas de Inteligência Artificial (softwares tais como: Plagirism, Plagiarism Checker e o Turnitin. que possam auxiliar no processo do exame mediante a heurística[26]. Quiçá até um algoritmo[27] confeccionado por peritos em investigação de casos semelhantes. Para este fato acreditamos que o método de abordagem mais eficaz seja o hipotético-dedutivo. Pois os pesquisadores precisão investigar hipóteses e variáveis que corroborarão para a formulação de uma conjectura. “Se a conjectura resistir a testes severos, estará “corroborada”, não confirmada, como querem os indutivistas” (Popper apud Lakatos & Marconi, 1988, p.67). E o principal método de procedimentos o documental.
6.1 Outras Ferramentas, Técnicas e Tecnologias
Os peritos têm atualmente uma variedade de ferramentas auxiliares que podem ser úteis para em casos similares buscar a verdade. Por exemplo podemos mencionar: o lendário Polígrafo (popular máquina “detector de mentiras” conta com mais de cinqüenta anos) os Analisadores Discursivos (Text Analyser); Exame de Ressonância do cérebro; Voice Stress Analyser; Brain Fingersprints. Além evidentemente de análise de linguagem corporal e da observação e análise comunicação e expressão oral.
O crescente movimento de globalização econômica aponta para a o crescimento e acirramento das “guerras da informação” (Toffler, 1993). Duelo de crackers x hackers; cientistas da computação x criptógrafos; pesquisadores x sabotadores, espiões, usurpadores de (propriedade industrial e intelectual). Um aspecto positivo desta corrida tecnológica é a crescente demanda por trabalhadores especialistas em perícia documental e tecnológica. Cursos de formação nestas áreas podem ser um diferencial determinante para um “lugar ao sol” e carreira com tarefas dinâmicas e lucrativas e no futuro.
Conclusão
Através deste ensaio procuramos explorar a possibilidade de aplicação do aparato conceitual da metodologia científica para o uso em um caso real de investigação em busca (confirmar ou negar o suposto plágio) da verdade. Muito embora, no processo de busca a ciência consegue ficar sempre um pouco aquém da mesma. Mas o exercício de levantamento bibliográfico permitiu observar lacunas na condução do julgamento do caso. Constatamos também, ao longo do tempo de pesquisa e reflexão, a dificuldade que existe em realizar e descrever (explicitar) um estudo transdisciplinar. Parece-nos que o uso conjugado de ferramentas, técnicas e tecnologias devem prover auxílio significativo, e corroborar, para se chegar a uma conjectura crível. Ressaltamos que a demanda por especialistas em perícia documental e tecnológica no século XXI tende a crescer exponencialmente.
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[1] Este ensaio foi produzindo em fevereiro e março de 2006. As lições estão baseadas nos textos jornalísticos (on line) referentes ao julgamento da acusação de plágio do livro Código da Vinci.
[2] João Gomes Moreira. Tecnólogo em Processamento de Dados, Especialista em Administração e Planejamento para Docentes, Mestre em Educação pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo, UNASP. Ph.D. em Ciência da Informação pela American World University, AWU – IOWA/USA. Integrante do Grupo de Pesquisa – PRAXIS – Universidade Federal de Rondônia, UNIR.
[3] The Official Web Site of Bestselling Author Dan Brown . Official site includes author biography, information about his books, and background and trivia about codes and espionage. www.danbrown.com/ ou http://www.nndb.com/people/977/000027896/.
[4] Dicionário Universal de Língua Portuguesa. http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx. Acesso em: 18 mar. 2006.
[5] Para uma compreensão mais ampla consultar o artigo: NOÇÕES SOBRE DIREITO AUTORAL de Lincoln Antônio de Castro. www.uff.br/direito/artigos/lac-03.htm. [Arts. 5; 215; 216; CF].
[6] . As listas não são exaustivas. Alguns foram denúncias falsas, infundadas.
[7] Embora haja diversas referências sobre este terrível caso sugiro consulta a: http://www.gradiva.pt/livro.asp?L=2102.
[8] http://www.antorcha.net/biblioteca_virtual/filosofia/enciclopedia/caratula.html. Chantal López y Omar Cortés
[9] http://www.globo.com/noticias/saude/especiais/aids/gallo.htm em 2002.
- [10]. http://www.albert.einstein.nom.br/plagio.html O plágio de Einstein. CARLOS ALBERTO DOS SANTOS. Porto Alegre: WS Editor, 2003. © 2005 .
[11] http://www.anup.com.br/txt/pesquisa/2005/pesquisa_016.html Dados de Pesquisas Relacionadas com a Educação Superior. ANO 3, Nº 016, Brasília, 29 de Abril de 2005. Associação Nacional das Universidades Particulares. Para maiores informações contatar:
[12] http://www.taniamenai.com/folio2/2002/07/david_baltimore.html. Verdade científica . OSMAR FREITAS JR., DE BOSTON . . http://www.terra.com.br/istoe/internac/139630.htm . 03-07-1996.
[13] In. Revista Ingenium. N. 88. Os irmãos Bogdanoff . http://www.ordemengenheiros.pt/Default.aspx?tabid=1551
irmãos Bogdanoff, o melhor ponto de partida é a página Web de John Baez: http://math.ucr.edu/home/ baez/bogdanoff/.
[14] Polêmica sobre a descoberta da AIDS. http://www.ucb.br/prg/comsocial/cceh/gallo_duesberg.htm .
[15] Artigo “Legitimação acadêmica do plágio”. Complemento do artigo “Fraude expõe decadência da universidade”, publicado na edição 209 do OI.
RÜDIGER, Francisco. Fraude expõe decadência da universidade. Disponível em: <http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos/da050220031.htm> [publicado em 29-01-2003. Observatório da Imprensa. N. 209, 210. ISSN- 1519-7670] acesso em: 20 mar. 2006.
[16] COQUEIRO, J.C. INFORME JC – 14/3/2005. http://www.oobservador.com/categoria_news.asp?IDCategory=44 no G o o g l e. obtida em 12 mar. 2006 11:52:48 GMT.4:08 www.OGUAPORE.com .
[17] Izique, Claudia. Era tudo mentira verdade. www.fapesp.br/materia.php?data%5Bid_materia%5D=2254
[18] . CARVALHO, BERNARDO. Recente lançamento do “Dicionário dos Plagiários” é motivo de inquietação na França. http://almanaque.folha.uol.com.br/ilustrada_14jul1990.htm. Acesso em 21 mar. 2006.
[19] LETRALIA declara: “El escritor Camilo José Cela no será enjuiciado por el supuesto plagio del que le acusara en 1998 la escritora Carmen Formoso Lapido, ya que la jueza Eugenia Canal Bedía, de Barcelona, desestimó la querella al considerarla inconsistente, pese a que reconoció haber hallado “coincidencias genéricas argumentales”. Juzgado de Barcelona desestimó juicio contra Cela http://www.letralia.com/74/notic074.htm . Acesso em 20 mar. 2006. GALLARDO ORTIZ, Miguel Angel contradiz afirmando: “Antes de hacer un dictamen pericial, hay que clarificar al máximo su proposición. Hasta donde yo sé, nadie ha pedido expresamente una prueba pericial adecuada porque los documentos firmados por los catedráticos Sergio Beser y Luis Izquierdo (este último lo titula “Balance de dos novelas”), en mi modesta opinión, NO ESTÁN CORRECTAMENTE PLANTEADOS EN TÉRMINOS PERICIALES, dicho sea sin ningún ánimo de ofender ni a los autores, ni a las partes legítimamente más interesadas”. Disponível em: <http:www.cita.es/plagio> acesso em 20 mar. 2006. de igual modo GARCÍA YEBRA, Tomás não crê na inocência de Cela. Ele escreveu um livro denominado: Desmontando a Cela. Disponível em <http://news.bbc.co.uk/hi/spanish/misc/newsid_2316000/2316267.stm>. Acesso em 20 mar. 2006. Outras referências:
Una noticia sacude el mundo de las letras: Acusan de plagio al Nobel de literatura Camilo José Cela. http://www.mujeresdeltercermilenio.hpg.ig.com.br/camilojosecelaplagio.htm. . http://www.cincodias.com/especiales/especiales/2001/especial2001/html/cul2.html .
[20] La epidemia de los plagios ELENA MARTÍN
http://www.cincodias.com/especiales/especiales/2001/especial2001/html/cul2.html .
[21] OESP. Juiz rejeita acusação de plágio contra Dan Brown. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/arteelazer/letras/noticias/2005/ago/06/9.htm> acesso em: 11 fev. 2006.
[22] Alguns jornais apontam mais de 40 milhões.
[23] A tradução cabível é esquema. Para familiarizar-se com a tipologia adotada nos manuais brasileiros de produção de texto. “O esquema é um mapa. O esquema é um guia. Não haverá lugar para desvios ou retrocessos se tivermos, anteriormente, traçado o nosso roteiro”. P. 28. RODRIGUES, Paulo S. Técnicas de Redação. Londrina: EDUEL, 1998. Luci Prudente de Mello é professora de Língua e Literatura Portuguesa e Redação no Colégio Assunção, em São Paulo. http://vestibular.terra.com.br/interna/0,,OI757139-EI5091,00.html 21 mar. 2006. Saiba como fazer uma boa redação e se sair bem no vestibular.
[24] . causa estranheza, para dizer o mínimo, o fato do juiz não convocar a parceira de Dan Brown. Isso me faz lembrar a seguinte história da sabedoria popular: um velho procurou um oftalmologista, um mês depois de Ter sido operado. Explicou-lhe o que estava sentindo. O médico pediu-lhe os óculos. Examinou as lentes e o grau. Conferiu a receita com a leitura dos aparelhos. Não constatando nada, despediu o paciente. Este saiu perplexo da sala- o médico não examinara seus olhos. Passos. Mauro. In: Avaliando a educação dos adultos. Revista Dois Pontos. Vol. II, n. 13, ago. 1992.
[25]. Existem pelo menos quatro hipóteses (1-acusação falsa; 2-plágio por Dan Brown; 2-plágio por Blythe; plágio pela editora) para serem averiguadas e os elementos complicadores são as variáveis de cada uma deles. Um exercício de dedução lógica pode ser necessário para desvendar esse mistério. Talvez as empresas de entretenimento e vídeo games terão aqui um filão a ser explorado!
[26] O conhecimento pode ser dividido em 2 grandes categorias: o fatual e o heurístico. O conhecimento heurístico é composto por intuições, associações, regras de julgamento, estruturas de preferência, processos de inferência que, combinados com o conhecimento factual, sobre um assunto específico, levam o homem a apresentar o comportamento inteligente (cf. Meirelles, Fernando de S. Informática: novas aplicações com microcomputadores, São Paulo: MakronBooks, 1994, p. 430).
[27] UM algoritmo é um procedimento à prova de falhas, que sem dúvida cumprirá uma meta específica. A palavra “algoritmo” vem do nome do matemático árabe al-Khwarizmi, que escreveu uma extensa lista de algoritmos no século IX. 81. HILLIS, DANIEL. O Padrão gravado na pedra. Rio: Rocco, 2000.