Por Gilberto Wiesel
Revista Partes – Ano V – fevereiro de 2005 – nº 54
Nunca se falou tanto em determinação. De uns tempos para cá esta característica se tornou fator indispensável para que se alcancem as mais altas vitórias. Entende-se por determinação a capacidade de objetivar um destino e criar as condições suficientes para alcançá-lo. Mas, por que poucos realizam, se tantos sonham? É porque poucos associam a determinação com a disciplina. É fundamental que ambas interajam. Na medida que nos tornamos disciplinados nas pequenas coisas ou nas grandes ações, conquistamos um autocontrole que se traduzirá em autoconfiança. Isto permitirá a determinação. Ela nada mais é do que a nossa certeza e convicção sobre algo. Daí, para a realização, é um passo. É bom que se esclareça que a determinação não é uma virtude comum. Ela é mais rara do que a inspiração e a genialidade. A procrastinação ainda é a atitude mais comum no nosso meio. A todo o momento adiamos atividades, decisões, encontros com uma displicência incrível. Isso facilita o autoboicote e abre um grande precedente que é a desesperança. Afinal, as conquistas existem para nos alegrar e nos fazer seguir em frente, mas se nos autoboicotamos, seremos exemplo de quê? Para quem? As nossas emoções até podem ser inconstantes e subestimadas, mas a disciplina não. É ser ou não ser! Ela é o reflexo do nosso talento e sua conseqüência é a certeza de que construiremos algo que nasceu da determinação em realizar algo diferente. Ser determinado é saber o ponto de partida, o caminho e o ponto de chegada. |
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