Gilberto da Silva Reflexão

Marx e a Revolução

Marx e a Revolução
Por Gilberto da Silva

Revista Partes – Ano V – novembro de 2004 – nº 51

 

 

Quer queiramos ou não é em Karl Marx que encontramos o clássico conceito de revolução. Para o bem ou para o mal. O Manifesto Comunista traz uma atualidade ao captar na fonte a extraordinária vitalidade do Capital. No 18 de Brumário de Luis Bonaparte e em As Lutas de Classes na França esses temas complexos retornam.

 

Daniel Bem Said afirma “O oprimido é condenado à resistir sob pena de ser pura e simplesmente esmagado”.[1]

O poder nunca é cedido voluntariamente. Para obtê-lo é necessário conquistá-lo. Por motivos óbvios, os poderes existentes resistirão às mudanças. É preciso contorná-los ou forçá-los a se submeterem. “Acredito ter descoberto alguns métodos cruéis e inusitados de destruir sua resistência”, conta Monbiot2].
Devemos, nesse contexto destacar que A ERA DO CONSENSO alcançou na Europa repercussão semelhante à dos livros Império, de Michael Hardt e Toni Negri, e Sem Logo, de Naomi Klein.
Os livros acima citados são de extrema importância para a compreensão do mundo globalizado.

 

Dominados e dominadores

A história da humanidade carrega consigo um problema de difícil, mas não impossível, solução: é o problema da dominação dos povos e também da dominação voluntária (ela existe, afinal?). Por mais que se pretenda justificá-la, a reação dos dominados é sempre de intolerância e de inconformismo, com atentados, golpes e revoluções, no objetivo de sacudir o jugo da invasão.
Coisa da física, para toda ação há uma reação!

 

 

[1] Daniel Bensaid- Atualidade do Manifesto Comunista. Texto apresentado no Congresso Internacional dos 150 do Manifesto Comunista em Paris, 1998. tradução de João Machado Borges Neto. Cadernos Em Tempo, 310. outubro de 1999. São Paulo. Edições Em Tempo.

 

[2] George Monbiot em ERA DO CONSENSO – Um manifesto para uma nova ordem mundial (The age of consent) em ERA DO CONSENSO – Um manifesto para uma nova ordem mundial (The age of consent) Tradução de Renato Bittencourt – Editora Record – 2004.

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