Mudando de Rota
Por Madalena Carvalho
Revista Partes – Ano IV – setembro de 2004 – nº49
Recentemente fui convidada por uma profissional que atua numa das 100 melhores empresas para se trabalhar (Publicação da Revista Exame) a orientá-la num processo de mudança de emprego. Este tipo de comportamento nos faz pensar em qual é o melhor momento para se mudar de rota. Eu mesma cometi a “boa loucura” de sair de uma multinacional após dez anos de trabalho.
Considero uma “boa loucura” porque esta atitude, repudiada na época por muitos, (amigos, chefes, parentes) me abriu novos horizontes e me tirou a visão míope que eu tinha das organizações. Ao ter a coragem de entrar no programa de voluntariado, não imaginava o quanto eu aprenderia fora do ambiente em que estava acostumada a lidar.
Mas voltando ao ponto inicial; o que leva um profissional, que muitas vezes trabalha numa empresa forte a querer sair?
Talvez algumas questões devam ser respondidas para que venha a certeza da mudança.
Encerrou-se uma etapa na carreira?
Há paixão e desejo pelo trabalho?
Há oportunidade de desenvolvimento?
Respondendo estas perguntas podemos fazer um contraponto entre o continuar ou o sair. Na maioria das vezes podemos chegar a conclusão que permanecer na mesma empresa ainda é a melhor opção, principalmente nos dias atuais, onde o mercado de trabalho oferece poucas chances, principalmente nos grandes centros urbanos.
É preciso fazer uma autoanálise bastante equilibrada para evitar o autoengano; e aconselhar-se com colegas e especialistas da área para evitar uma atitude impensada. Como qualquer outra atividade, mudar de emprego requer um planejamento sério e coerente que vá de encontro com nossos objetivos e oportunidades existentes.