Linha Aberta
Cerca de quatro mil pessoas protestam indignadas contra a sentença do julgamento do assassinato da líder rural Margarida Maria Alves, morta a tiros em 1983.
O júri popular acabou de anunciar a sentença absolvendo, por cinco votos contra dois, o latifundiário José Buarque de Gusmão Neto, acusado de ser o mandante do crime. Embora tivesse uma hora para decidir a sentença, os sete jurados anunciaram o resultado em cerca de 10 minutos.
Adja Brito, assessora do Diretório Regional do PT, chamou a atenção para o fato dos jurados não terem se pronunciado sobre a decisão e terem saído do julgamento de cabeças baixas, “como que envergonhados”. “Avaliamos que eles possam ter sido coagidos, pois a decisão parecia já estar definida de antemão, além de Gusmão ser conhecido no estado pela tranquilidade com que mata seus inimigos”, disse a petista. Adja informa que o promotor público já anunciou que recorrerá da sentença.