Augusto dos Anjos (1884-1914)
Oh! Negro, oh! Filho da Hotentótia ufana,
Teus braços brônzeos como dois escudos, São dois colosso, dois gigantes mudos, Representado a integridade humana!
Nesses braços de força soberana
Gloriosamente à luz do sol desnudos
Ao bruto encontro dos ferrões agudos. Gemeu por muito tempo a alma africana! No colorido dos teus brônzeos braços,
Fulge o fogo mordente dos mormaços
E a chama fulge do solar brasido…
E eu cuido ver os múltiplos produtos
Da Terra – as flores e os metais e os frutos
Simbolizados nesse colorido