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Itaipu doa onça-pintada para Zoológico Municipal de Foz do Iguaçu

 

O animal vai para o Bosque Guarani, onde ganhará recinto próprio.

Tonhão, uma das quatro onças pintadas do Refúgio Biológico Bela Vista (RBV) de Itaipu, vai ser doado para o Zoológico Municipal de Foz do Iguaçu. Não é uma decisão unilateral. A transferência, autorizada pelo Ibama, dará mais conforto ao animal, que hoje está com 18 anos de idade e pesa mais de 90 quilos.

O translado deve acontecer na próxima quarta-feira (20). O horário ainda será confirmado. A transferência atende ao pedido da Prefeitura de Foz do Iguaçu. Mesmo na casa nova Tonhão continuará recebendo toda a atenção do pessoal do RBV. O Hospital Veterinário estará à disposição para eventuais tratamentos da onça.

Wanderlei, Rosana e Zalmir: “os cuidados com o Tonhão continuarão. Mesmo longe, manteremos contato e estaremos à disposição para eventuais tratamentos médicos”.

Um recinto especial – com espaço bem maior do que o local onde ele vive hoje – foi preparado para recepcionar o felino. Tonhão deve virar a atração principal do local, já que a onça-pintada é animal símbolo tanto do zoo quanto do Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as Cataratas do Iguaçu.

Tonhão está na Itaipu desde agosto de 2007. Foi a segunda onça-pintada trazida para o RBV. A onça macho foi transferida do zoológico das Centrais Elétricas de São Paulo (Cesp), de Ilha Solteira. Na época, o animal, que até então era chamado de Tonho, era considerado a principal esperança de procriação de Juma, a primeira onça do RBV.

 

O apelido no superlativo se deu em função do porte atlético do felino. Tonhão virou namorado de Juma, mas o acasalamento não resultou em filhotes. Depois do casal, o refúgio recebeu Valente e mais recentemente a onça Beyonça. Os dois foram resgatados na natureza.

Tonhão

Há duas semanas, o animal foi submetido a um procedimento de retirada de sêmen. Todo o material genético foi congelado em nitrogênio, a -196 graus Celsius, e armazenado no banco de germoplasma da Itaipu, para projetos futuros de reprodução.O trabalho, realizado no Hospital Veterinário do RBV, mobilizou um pequeno batalhão de profissionais e estudantes.

O pessoal do Refúgio aproveitou que Tonhão estava sedado para fazer um check-up. Um pouco de sangue foi coletado para exame laboratorial, as garras foram analisadas e os dentes receberam limpeza de tártaro e polimento. Ele também foi submetido a um eletrocardiograma.

Outras onças

Juma tem 20 anos e há onze anos vive no RBV. Antes disso, ela vivia na natureza, na região do Parque Nacional do Iguaçu, onde as onças costumam ser alvo de caçadores. Outro felino da mesma família é Valente, como foi batizado pelos próprios empregados da usina.

Valente tem seis anos e foi encontrado em uma fazenda do Mato Grosso do Sul, ainda filhotinho. Ele chegou ao refúgio poucas semanas antes de Tonhão.

Beyonça – um trocadilho com o nome da cantora norte-americana Beyoncè, é a caçula do grupo. Ela foi capturada na Ilha de Marajó (PA) e encaminhada para Foz do Iguaçu no dia 30 de agosto.

A ideia é que ela, no futuro, seja integrada ao programa de reprodução da unidade. Única fêmea adulta do RBV, Juma não está mais em fase reprodutiva. A idade reprodutiva das fêmeas é de dois aos 12 anos. Em cativeiro, esses animais podem viver até os 25 anos.

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