Cultura

Cópia restaurada de Nosferatu na área externa do Auditório Ibirapuera

36ª. MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA EM SÃO PAULO

 

Cópia restaurada de Nosferatu na área externa do Auditório Ibirapuera

Exibição ao ar livre, na sexta-feira, 02 de novembro, às 20h00, terá acompanhamento da Orquestra Petrobras Sinfônica e do Coro Projeto X.

 

A 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo comemora o 90º aniversário de Nosferatu(1922), clássico mudo dirigido por F.W. Murnau, com projeção ao ar livre de cópia restaurada do filme na área externa do Auditório Ibirapuera. A exibição será acompanhada por trilha composta por Pierre Oser, maestro alemão que vem a São Paulo para reger a Orquestra Petrobras Sinfônica e o Coro Projeto X, em execução ao vivo de sua partitura.

Apesar de não autorizada, Nosferatu é a primeira adaptação do romance Drácula, de Bram Stoker, para o cinema. Murnau ignorou a negativa da viúva do escritor irlandês, Florence, de lhe conceder os direitos da obra, alterou os nomes dos personagens e prosseguiu com o projeto do filme. Na história, o agente imobiliário Hutter viaja até os Cárpatos para visitar um novo cliente, o excêntrico Conde Orlok. Aos poucos, ele descobre que Orlok é um vampiro. Antes que Hutter o impeça, Orlok consegue se mudar para Winsborg, onde Hutter mora com sua esposa Ellen. O vampiro espalha praga e morte pelo povoado até Ellen notar que ele sente uma forte atração por ela. Ao contrário de outros vampiros, Orlok tem sombra – como se vê na cena incansavelmente reproduzida em que o conde sobe as escadas para possuir Ellen.

Sobre a cópia

A restauração da cópia que vem a São Paulo foi realizada entre 2005 e 2006 por Luciano Berriatúa para a Fundação Friedrich-Wilhelm-Murnau, com base uma cópia de 1922, com os intertítulos e coloração original. O processo de restauração digital possibilitou a manutenção dos intertítulos originais, o que os diferencia das versões anteriores do filme, nas quais estes foram refeitos. O cuidado a recuperação da obra ainda inclui a eliminação de riscos, rasgos e arranhões, assim como o balanceamento de luz e densidade, trabalho feito manualmente, quadro por quadro, imagem por imagem.

F.W. Murnau

Murnau foi um dos mais importantes cineastas do cinema mudo e do cinema expressionista alemão. Além de Nosferatu(1922), seus filmes mais conhecidos desse período são A Última Gargalhada (1924) e Fausto (1926, 23ª Mostra). Mudou-se para os Estados Unidos na segunda metade dos anos 1920, onde realizou filmes como Aurora (1927) e Tabu (1931, 31ª Mostra), codirigido por Robert Flaherty. Murnau morreu em decorrência de um acidente de carro em Los Angeles, em 1933.

PIERRE OSER, compositor e maestro convidado

É compositor, músico e maestro em Munique, na Alemanha. Formou-se na JazzSchoolMuniche estudou piano clássico em Mainz e Munique, dando continuidade a seus estudos no Richard Strauss ConservatoireMunich. Trabalhou no Schauspielhaus Wien(Teatro de Viena) eno BayerischeStaatsschauspielMünchen(Teatro do Estado da Bavária em Munique).

Compôs trilhas para a TV, peças radiofônicas e teatrais, e para o cinema. Criou novas partituras para clássicos como Michael (1924), de Carl Theodor Dreyer,Aurora(1927), de F. W. Murnau, e A Morte Cansada(1921), de Fritz Lang.

A música para Nosferatu apresentada durante a 36ª Mostra é a segunda versão de Pierre para o clássico – a primeira foi criada em 2000 –, e foi composta em 2012 em homenagem ao centenário da morte de BramStoker (1847 – 1912), autor de Drácula, romance no qual o filme foi inspirado. Essa será a segunda apresentação da trilha original no mundo, composta para coral, percussão e orquestra de cordas, que teve sua première em Jacarta, na Indonésia.

Orquestra Petrobras Sinfônica

Criada em 1972 pelo maestro Armando Prazeres e patrocinada há 25 anos pela Petrobras, a Orquestra Petrobras Sinfônica se caracteriza pela luta em prol da democratização do acesso à música clássica. Regida e dirigida pelo consagrado maestro Isaac Karabtchevsky, a orquestra é hoje formada por 80 instrumentistas, e é a única do país gerida pelos próprios músicos, seguindo o modelo da Filarmônica de Viena. Em seu currículo, reúne apresentações regulares em temporadas no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Criou a série Metrônomo, na qual oferece concertos didáticos em escolas e projetos sociais.

NOSFERATU

1922 /PB/35mm / 94 min. / Ficção/Alemanha

Direção: F.W. Murnau

roteiro: Henrik Galeen

fotografia : Fritz Arno Wagner

música: Pierre Oser

elenco: Max Schreck, Gustav von Wangenheim, Greta Schröder

produtor :Enrico Dieckmann, Albin Grau

produção: Prana Film

NOSFERATU NO IBIRAPUERA

Sexta-feira, dia 2 de novembro, às 20h

Área externa do auditório do Ibirapuera

Entrada aberta e gratuita

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