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Princípios que reúnem o trabalho na escola

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Além da responsabilidade (citada no editorial) outros princípios foram recolhidos em algum texto – sem crédito (se houver, perdão pela cópia indevida) perdido na pasta de um ex-professor que abandonou o magistério.

 

LIBERDADE – Direito de escolha, ou seja, a condição de poder saber escolher e ter a escolha feita como um direito de fato. Não se poderia falar em liberdade sem se considerar o direito de quem quer que seja, de tê-la, de fato, pela expressão do pensamento. Na formação do educando, prepará-la uma formação capaz de permitir escolher.

Enquanto Exercício da Vontade, compreende-se que a liberdade é o poder exercer a vontade que o indivíduo possua. Impedir que a vontade se expresse ou se manifeste no indivíduo, espontaneamente é um ato autoritário, é o uso da força, é a imposição e portanto, a contenção do crescimento do indivíduo que sem saber entender o que lhe diz respeito acaba tendo vontadeimpostas pelos veículos de massa e por outros menos massivos, mas nem por isso, menos nocivos.

Em geral as escolas fazem ao contrário por não estarem preparadas para a verdade que a liberdade pode mostrar. Sem contar que o próprio poder fala da liberdade, mas sempre criando mecanismos que a coíbam.

RESPEITO– Numa concepção mais ampla poderíamos dizer que respeitar seria compreender e acatar a dimensão humana do mundo. Equivale a dizer que o homem percebendo o mundo e como está ele composto, incluindo-se no mesmo mundo compreende e entende a coexistência dos fatores mais diversos como conta essa percepção, essa compreensão e a faz seu modo de preceder. É o zelo pela natureza, é o cuidado com os destinos que o planeta tomará pelas nossas ações é que resultará em nossa maior ou menor sobrevivência enquanto espécie. Mas, há a dimensão da convivência do homem com o próprio homem, para o que tornar-se fundamental entender e aceitar as diferenças entre o indivíduo, entre as classes sociais, entre os costumes regionais, entre as diferentes culturas, cooperando para a humanização do mundo. Isso aponta no sentido de participar e estimular o crescimento do outro, bem como atentar para colocar aquilo que esteja à altura do outro entender – adequando a linguagem ao universo emocional e intelectual do outro. Decorre disso, não permitir, não aceitar que de uma ou outra forma haja ridiculização posto que fere o “aceitar” e compreender as diferenças. Decorre também não emitir opiniões às costas do outro, porque não estimula a compreensão das diferenças, porque não proporciona o crescimento e a cooperação. Decorre também, acatar a vontade do grupo, em detrimento da sua própria, sem que isso incorre em ferir o principio maior que é o da aceitação das diferenças em busca do bem comum.

RESPONSABILIDADE– Ser responsável é sentir-se parte, é sentir-se criador, é sentir-se parceiro, isso em relação a qualquer coisa. Num desejo profundo de conservá-la para os outros tanto quanto para si. É não esperar que alguém faça algo que o outro deveria ter feito. É fazer sem esperar que aplaudam, é fazer, é participar como necessidade para o bem comum. Assumir sua responsabilidade é não esperar que os outros deixem seus compromissos para cuidarem dele. Enfim, é assumir a vida.

CRITICIDADE– É ver além da visão “ocular”. É ouvir o silêncio, o grito. É ler o que não está escrito. É a capacidade, enfim, de mostrar os desvios que possam comprometer os demais princípios – de liberdade, respeito, etc…

ORGANIZAÇÃO– É, mais que um princípio, um meio para que os mesmos se efetivem. É a condição para o estar junto, o conviver, enfim, parte do geral para o individual e deste, novamente para o coletivo, desde a percepção da dinâmica social, grupal, até a dinâmica pessoal, psicológica, trabalhando em harmonia em consonância, no mesmo ritmo, no mesmo compasso, para de tudo aproveitar e ter oportunidade de si mesmo como um todo para estar em contato com os demais, inteiramente.

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